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Previous issue date: 2008 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A doença de Chagas ainda é um problema concreto e impactante na América
Latina, sob múltiplos aspectos vinculados às questões da iniqüidade social e ao processo
de globalização. A enfermidade, a despeito de dificuldades financeiras e políticas, tem
sido controlada, restando um horizonte de duas ou três décadas necessárias à
consolidação do controle, aperfeiçoamento da vigilância e terapia adequada aos
indivíduos já infectados. Desde a descoberta da doença de Chagas, em 1909, a procura
por uma terapia efetiva para os dois estágios da doença, fase aguda e, principalmente, a
fase crônica, é um desafio para muitos pesquisadores. Nos dias de hoje, somente duas
drogas estão em uso para o combate da doença de Chagas, o Nifurtimox e o
Benznidazol, conhecidos comercialmente por Lampit® e Rochagan®, respectivamente.
Esta atual terapia não é efetiva principalmente na fase crônica da doença além de
proporcionar vários efeitos adversos. Atualmente, vários trabalhos relatam que
compostos que possuem a porção tiossemicarbazona apresentam uma potencial
atividade antichagásica devido a uma possível inibição da enzima cruzaína do
Trypanosoma cruzi (TCC). A cruzaína é uma enzima responsável pela replicação
intracelular do T. cruzi e, devido a esta função, é um alvo explorado para o
desenvolvimento de novas drogas potencialmente antichagásicas. Neste trabalho,
objetivou-se a síntese, estudos de docking na cruzaína e a avaliação antichagásica de
derivados tiossemicarbazônicos e tiazolinônicos. Inicialmente foram sintetizadas aril-4-
oxotiazolilhidrazonas onde obtivemos nove compostos. Os produtos obtidos foram
submetidos a ensaios de atividade antichagásica in vitro e a estudos de docking na
TCC. O estudo revelou que os produtos obtidos apresentaram atividade antichagásica e
interação com a cruzaína do T. cruzi. Da série obtida, o composto N-(4-oxo-5-etil-2 -
tiazolin-2-il)-N -feniltio-(Z)-etilidenohidrazona (6f) foi o mais promissor, onde
mostrou-se ativo em concentrações não citotóxicas às células de mamíferos e
apresentou atividade antichagásica comparável com a das drogas de uso padrão
utilizadas até hoje, o Nifurtimox e o Benznidazol. Os estudos de docking revelaram
que há interação do composto 6f com a TCC de modo semelhante ao benzinidazol e ao
ligante 186 . Por último, foram sintetizadas novas Aril-4-Oxotiazolil-hidrazonas que
foram submetidas à avaliação da atividade antichagásica in vitro. Foram obtidos
quatorze compostos, onde o 2-[(p-metilpeniltio-(Z)-etilideno) hidrazona]-5-metil-1,3-
tiazol-4(5H)-ona (6f), 2-[(p-bromofeniltio-(Z)-etilideno) hidrazona]-5-etil-1,3-tiazol-
4(5H)-ona (6i) e o 2-[(feniltio-(Z)-3-butilideno)hidrazona]-1,3-tiazol-4(5H)-ona (6j)
apresentaram as melhores atividades antichagásicas. O composto 6j, em concentração
não citotóxica a células de mamíferos, apresentou atividade semelhante a dos padrões
utilizados, o Nifurtimox e o Benznidazol. Nossos resultados demandam continuidade e
nos leva a concluir que tais compostos são promissores no combate a doença de Chagas
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3178 |
Date | 31 January 2008 |
Creators | Veríssimo de Oliveira Cardoso, Marcos |
Contributors | Cristina Lima Leite, Ana |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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