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Trabalhadoras do Care na Saúde Mental: Contribuições marxianas para a profissionalização do cuidado feminino

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-10-17T17:42:07Z
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Previous issue date: 2016-08-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The thesis presented seeks to propose a care approach based the theoretical foundations of Marxism, objectifying to contribute to the professionalization of this work. Changes in the world of work, caused by the productive restructuring and by neoliberalism, from the 1970s, provoked new settings on the social and sexual division of labor, both in the productive sphere and in reproductive. The participation of women in the productive sphere occurred in a contradictory manner, since it was marked by precariousness, the labor flexibilization, outsourcing contract and particularly in jobs in the service sector. With the globalization of the commodification of welfare, new occupations have emerged and allowed the inclusion of many women in the formal and informal labor market. Given this reality, the feminine care suffered its commodification and has been internationally demanded as work. Our research aims to identify the new settings that require the professionalization of feminine care in the contemporary international scene, seeking to differentiate housework care work, from the theories of care, and to propose a new approach to this category, based at historical and dialectical materialism. Regarding field research we highlight the caregivers who work in mental health policy, more specifically those working in residential care homes in the municipality of Rio de Janeiro and also two courses that were offered to this audience in the Polytechnic Health School Joaquim Venancio in the Oswaldo Cruz Foundation. The survey results allow us to state that this work is performed mostly by black women, belonging to the impoverished sections of society, which enables us to demonstrate that invisibility and subordination of professions, occupations and functions carried out by women are still permeated by inequalities / class oppressions, gender and race / ethnicity, and are linked to a essentialization and naturalization said female standards. All this directly implies not professionalisation and recognition of this type of work / A tese apresentada busca propor uma abordagem do care baseada nos fundamentos teóricos do marxismo, objetivando contribuir para a profissionalização desse trabalho. As mudanças no mundo do trabalho, ocasionadas pela reestruturação produtiva e pelo neoliberalismo, a partir dos anos 1970, proporcionaram novas configurações na divisão social e sexual do trabalho, tanto na esfera produtiva quanto na reprodutiva. A participação das mulheres na esfera produtiva ocorreu de forma contraditória, uma vez que foi marcada pela precarização, a flexibilização, a terceirização e, principalmente, em trabalhos do setor de serviços. Com a mundialização da mercantilização do bem-estar, novas ocupações surgiram e possibilitaram a inserção de muitas mulheres no mercado de trabalho formal e informal. Diante dessa realidade, o cuidado feminino sofreu sua mercantilização e vem sendo demandado internacionalmente como trabalho. Nossa investigação dedicou-se a identificar as novas configurações que demandam a profissionalização do cuidado feminino no cenário internacional contemporâneo, procurando diferenciar o trabalho doméstico do trabalho de cuidados, a partir das teorias do care, além de propor uma nova abordagem desta categoria, fundamentada pelo materialismo histórico-dialético. Em relação à pesquisa de campo demos destaque às cuidadoras que atuam na política de saúde mental, mais especificamente aquelas que trabalham nos serviços residenciais terapêuticos do município do Rio de Janeiro e também de dois cursos que eram oferecidos para esse público pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da FundaçãoOswaldo Cruz. Os resultados da pesquisa permitem afirmar que esse trabalho é executado, majoritariamente, por mulheres negras, pertencentes às camadas empobrecidas da sociedade, o que nos possibilita demonstrar que a invisibilidade e a subalternidade das profissões, ocupações e funções exercidas pelas mulheres ainda são permeadas pelas desigualdades/opressões de classe, gênero e raça/etnia, além de estarem vinculadas a uma essencialização e naturalização de padrões ditos femininos. Tudo isso implica diretamente a não profissionalização e reconhecimento desse tipo de trabalho

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19193
Date19 August 2016
CreatorsPassos, Rachel Gouveia
ContributorsBarroco, Maria Lúcia Silva
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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