Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2010. / Submitted by Shayane Marques Zica (marquacizh@uol.com.br) on 2011-02-21T20:44:15Z
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2010_EmilioFernandesVasquesJunior.pdf: 1760562 bytes, checksum: 6d6f3ce758b25c66ea45ddfe052751b8 (MD5) / A história do tratamento dos indivíduos com transtornos mentais evolui de uma época em que eram associados ao sobrenatural, seguido do entendimento por Philippe Pinel, na França do século XVIII, de que eram pessoas doentes e que necessitavam de tratamento, ficando isolados em hospitais. Este olhar alienista perdurou no Brasil com a construção de macro-hospitais na década de 40 e 50, manteve-se até a década de 70, época em que o tratamento baseava-se apenas no controle dos sintomas. No mesmo período, surgem movimentos questionando o tratamento asilar e um novo paradigma, no qual prevalece não mais focar na doença, e sim, produzir a saúde mental. A partir deste fato, um novo olhar, focado na participação e reinserção do usuário na família e na sociedade, tem como base o fechamento gradativo dos manicômios e a substituição por pequenas unidades de tratamento ambulatorial, denominadas Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Nessas duas últimas décadas, cresceu muito também o interesse em se estudar a qualidade de vida dos portadores de transtornos mentais e as repercussões desta qualidade sobre o dia-a-dia. Observa-se que a qualidade de vida dessas pessoas não está relacionada apenas com a possibilidade de vida mais longa, pois viver com o transtorno é deparar-se com situações de discriminação, abandono, segregação, estigmatização, falta de recursos sociais e financeiros, ruptura nas relações afetivas e problemas com a sexualidade. Este trabalho traz uma avaliação da qualidade de vida dos usuários do CAPS de Palmas, realizado no ano de 2009, por intermédio da utilização do Wisconsin - quality of life index (WQLI). Os dados foram analisados mediante estatísticas descritivas e de teste de χ2 com α = 0,05.Tratam-se de usuários, em sua maioria, jovens, solteiros, com baixa escolaridade, que vivem com os familiares e não possuem trabalho remunerado. A maioria está satisfeita com relação à sua vivência, acham que seu estado emocional e sua saúde física são bons, seguem as indicações médicas e acham fundamental a medicação para sua melhora, além de não considerarem os sintomas como importantes para sua qualidade de vida que foi considerada boa. As queixas se referem à falta de emprego e de apoio inconstante da família. Isso demonstra que, em uma análise com base subjetiva, apresentam uma boa qualidade de vida, contudo, se considerado critérios objetivos, fatores importantes, como emprego e suporte social mais estável, ainda são insatisfatórios e demonstram a necessidade de aprimoramento dos serviços nesta direção. __________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The history of treatment of individuals with mental disorders has evolved from a time when they were associated with the supernatural, followed by the understanding by Philippe Pinel in France in the eighteen century that they were sick and in need of treatment, being isolated in hospitals. This look alienist persisted in Brazil with the construction of large hospitals in the 40 and 50 remained until the '70s, in which treatment was based only on symptom control. At the same time, movements arise questioning asylum and a new treatment paradigm, in which prevails no more focus on disease, but rather produce mental health. From this fact, a new look, focusing on user participation and reintegration into the family and society, is based on the gradual closure of asylums and replacing them with small units of outpatient treatment, called Center of Psychosocial Attention (CAPS). In these last two decades has grown too much interest in studying the quality of life of people with mental disorders and impact of quality on the day - day. Well, it is observed that the quality of life of these people is not only related to the possibility of longer life, for living with this disorder are faced with discrimination, abandonment, separation, stigma, lack of social resources and financial breakdown in relationships and problems with sexuality. This paper provides an assessment of quality of life of users of CAPS Palmas conducted in 2009 using the Wisconsin - quality of life index (WQLI). Data were analyzed with descriptive statistics and test χ2 test with α = 0.05. It's users, mostly young, unmarried, low education, living with relatives and has no paid work. Most are satisfied with respect to their experience, think that your emotional state and physical health are good, follow the medical indications and find essential medications for its improvement as well as the symptoms do not consider as important to their quality of life that was considered good. Complain of lack of employment and family support fickle. This demonstrates that an analysis based on subjective provide a good quality of life, however, objective criteria are considered important factors such as employment and social support more stable, are still not satisfactory and demonstrate the need for improved services in that direction.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/7225 |
Date | 02 August 2010 |
Creators | Vasques Junior, Emilio Fernando |
Contributors | Tomaz, Carlos Alberto Bezerra |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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