Tentar desvelar a intencionalidade própria do anthropos (ser agónico ou ser para a felicidade) é a tarefa que esta dissertação empreende, a partir da análise do pensamento de Karl Jaspers - a sua prioridade consistia no estudo da realidade humana, - no sentido de explorar a questão dos limites inscritos no humanismo existencialista. Explorando o tema tipicamente existencial da subjectividade irredutível do ser humano, Jaspers vai ao encontro da questão dos limites que pertencem ao actuar humano sobre o mundo, nomeadamente, no domínio da educação. Educar para as situações-limites é educar para o ser próprio do homem, é confrontá-lo consigo mesmo, com a sua própria verdade, é aceitar os desafios que a experiência e a vivência do limite suscitam, é descobrir a situacionalidade própria do homem: um ser que deve morrer, que sofre, que luta, que é culpável e, sobretudo que fracassa - esta é a educação autêntica. É precisamente a partir da tomada de consciência dos limites e, portanto da sua finitude, que o anthropos reconhece a necessidade de promover e de ser homo educandus, assente numa pedagogia que se quer existencial, isto é, numa pedagogia das situações-limite, no fundo, numa teleologia crítica, onde está implícita a aceitação, por parte do anthropos, do seu destino,c onstruído voluntariamente e em liberdade, aberto às múltiplas possibilidades que o futuro lhe oferece e, simultaneamente, o implicam e o transcendem.
Identifer | oai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/15112 |
Date | January 2002 |
Creators | Neves, Isabel Maria Cardoso Amorim das |
Publisher | Porto : [Edição do Autor] |
Source Sets | Universidade do Porto |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação |
Format | application/pdf |
Source | http://aleph.letras.up.pt/F?func=find-b&find_code=SYS&request=000135644 |
Rights | openAccess |
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