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Cartas marcadas: análise de preconceito (s) em cartas de alunos de uma escola do sistema prisional do estado de São Paulo

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Previous issue date: 2017-03-31 / The prison system in Brazil faces a serious crisis, translating into a degrading ambience, structures that confine individuals to the light of their own barbarity, little working condition with low technical and moral capacity. In this scenario, a school is set up. To think of jail is to rethink the body of many people in degrading conditions of survival. The story portrayed the prison used as a place of punishment, torture and death for any individual who deviated from socially constructed standards at different historical moments. Today, the reality portrayed is the domination of criminals in closed structures, even over the eyes of penitentiary agents and society and without any goal of regeneration, because their practices, besides imprisoning the body, damage the soul by the minimum conditions of survival. But the prison does not establish a total social dissociation, because in its buildings circulates family, agents, lawyers and all those involved in this complex system. This coexistence is difficult because it is permeated by several problems that reflect life in this social locus. In this sense, the school appears in this space as an alternative in the process of resocialization of these inmates. Even offering remission of the sentence, the adhesions to the study of the prison population are very low compared to the work that, besides the remission, also offered some remuneration. The individuals who are there, almost in their entirety, are black, from the most impoverished layers of society, with some kind of vice and family disruption. Based on these contexts, this research seeks to study the social marks and portraits of these individuals discriminated and marginalized socially. Prisons do not play their role as a social regenerator and these obstacles create the need to study the motives behind the search for deviant and aggressive patterns in society. The object of study is the letters of students from a school in the prison system of São Paulo. The hypothesis pointed out is that the stigma of prejudice will be present in the life trajectory of students detained in a prison in the state of São Paulo. Our objective is to identify the processes of subjectivation grooved and crossed by discrimination and prejudice in the life trajectory of these subjects. The method used in this study is the qualitative, through field research in letters. Twenty letters were collected in 2015 from students detained in a penitentiary of Franco da Rocha in the science classes of a linked school and inserted in the Education Program in the Prisons of the Government of the State of São Paulo. Among them, we chose 9 letters for analysis. All of them demonstrate that these subjects are / have been victims of discriminatory actions in social relations, as well as fragile and unstructured family relationships, and are still marked by prejudice in their life trajectories. The school, in this context, seems to exercise a power of liberation through educational practice and conquest of citizenship and the remission of their sentences in prison. / El sistema penitenciario en Brasil enfrenta a una grave crisis, resultante de una degradación del medio, estructuras que insisten en confinar los individuos a la luz de la barbarie, esto conlleva a unas condiciones laborales inadaptadas, baja capacidad técnica y de la moral. En este escenario, se instala una unidad escolar. Discutir la cárcel es repensar el cuerpo de muchos sujetos em condiciones humillantes y degradantes para la supervivencia. Segun la historia, la prisión es un espacio de castigo, tortura y muerte de cualquier persona que se desviaban de las normas construídas en la sociedade en diferentes momentos históricos. La realidad representada en el dia de hoy es la dominación de los delincuentes en estructuras cerradas, mismo que los funcionarios de prisiones y la sociedad los inspecionen, sin ningún tipo de regeneración objetiva porque sus prácticas, así como aprisiona el cuerpo, dañan el alma por las condiciones mínimas para la supervivencia . Pero la prisión no establece una desconexión social total ya que en sus hogares circulan los miembros de la familia, y cuya circulación se rige por las instituciones, agentes, abogados y todos los involucrados en este complejo sistema. Esta convivencia es difícil porque esta lleno de problemas que reflejan la vida social en este locus. En este sentido, la escuela aparece en este espacio como una alternativa en el proceso de resocializacion de los detenidos, incluso ofreciendo remisión de la pena. Son muy bajas adherencias al estudio de la población reclusa en comparación con el trabajo, así como el perdón, también ofreció algún tipo de compensación. Las personas que están allí, casi en su totalidad son hombres negros, de los sectores más pobres de la sociedad, con algún tipo de vicios y la desintegración familiar. Con base en el conocimiento del contexto, se busca en esta investigación marcas de personas discriminadas y marginadas de la sociedad. Las prisiones no regeneran estas personas para la sociedad y estas barreras generan la necesidad de estudiar las razones que sustentan la búsqueda de patrones desviados y agresivos en la sociedad. El objeto de estudio son las cartas de estudiantes de una escuela en el sistema penitenciario de São Paulo. La hipótesis es que el estigma señalado perjuicio está presente en la trayectoria de la vida de los estudiantes detenidos de una cárcel en el estado de São Paulo. Nuestro objetivo es identificar los procesos de subjetivación anotada y atravesado por la discriminación y el prejuicio en la trayectoria de vida de estos sujetos. El método utilizado en este estudio es cualitativo, investigación de campo, cartas. Recogemos 20 cartas, en 2015, de los Estudiantes detenidos de una prisión de Franco da Rocha en las clases de ciencias y una escuela que se inserta en el Programa de Educación en Prisiones del Gobierno del Estado de São Paulo. Entre ellos, elegimos 9 cartas para el análisis. Todos ellos muestran que fueron víctimas de acciones discriminatorias, tanto en las relaciones sociales y en las relaciones familiares, siguen acanalados con la marca de los prejuicios en sus trayectorias de vida. La escuela, en este contexto, tiene un poder de liberación para la práctica educativa, el logro de la ciudadanía y la remisión de las penas de prisión. / O sistema presidiário no Brasil enfrenta uma grave crise, traduzindo-se em um ambiente degradante, estruturas que teimam em confinar indivíduos a luz de sua própria barbárie, pouca condição de trabalho com baixa capacidade técnica e moral. Neste cenário, instala-se uma unidade escolar. Pensar no cárcere é repensar o corpo de muitos sujeitos em condições aviltantes de sobrevivência. A história retratou a prisão utilizada como local de punição, tortura e morte de qualquer indivíduo que se desviasse dos padrões construídos socialmente em diferentes momentos históricos. Hoje, a realidade retratada é a de dominação de criminosos em estruturas fechadas, mesmo que sobre os olhos de agentes penitenciários e da sociedade e sem nenhum objetivo de regeneração, pois suas práticas além de aprisionarem o corpo, danificam a alma pelas condições mínimas de sobrevivência. Mas, a prisão não estabelece um total desvinculo social, pois em seus prédios circulam familiares, agentes, advogados e todos os envolvidos nesse complexo sistema. Esta convivência é difícil por estar permeada de diversas problemáticas que refletem a vida neste locus social. Neste sentido, a escola surge neste espaço como alternativa no processo de (re)ssocialização destes detentos. Mesmo oferecendo remissão da pena, são muito baixas as adesões ao estudo da população carcerária se comparada ao trabalho que, além da remissão, também oferecesse alguma remuneração. Os indivíduos que ali se encontram, quase em sua totalidade são negros, de camadas mais empobrecidas da sociedade, com algum tipo de vício e desestruturação familiar. Com base nesses contextos, busca-se nesta pesquisa estudar as marcas e retratos sociais destes indivíduos discriminados e marginalizados socialmente. As prisões não exercem seu papel de regenerador social e estes entraves geram a necessidade de estudarmos os motivos que alicerçam a busca de padrões desviantes e agressivos na sociedade. O objeto de estudo são as cartas de alunos de uma escola do sistema prisional de São Paulo. A hipótese apontada é a de que o estigma do preconceito estará presente na trajetória de vida de alunos detentos de um presídio do estado de São Paulo. Nosso objetivo é em identificar os processos de subjetivação sulcados e cruzados pela discriminação e pelo preconceito na trajetória de vida destes sujeitos. O método utilizado neste estudo é o qualitativo, por meio de pesquisa de campo em cartas. Foram recolhidas 20 cartas no ano de 2015 de alunos detentos de uma penitenciária de Franco da Rocha nas aulas de ciências de uma escola vinculada e inserida no Programa Educação nas Prisões do Governo do Estado de São Paulo. Dentre elas, escolhemos 9 cartas para as análises. Todas elas demonstram que estes sujeitos são/foram vítimas de ações discriminatórias tanto nas relações sociais, como nas relações frágeis e desestruturadas familiares e seguem sulcados com a marca do preconceito em suas trajetórias de vida. A escola, neste contexto, parece exercer um poder de libertação pela prática educacional e conquista da cidadania e a remissão de suas penas no cárcere.

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Date31 March 2017
CreatorsMarsiglia, Denys Munhoz
ContributorsDias, Elaine Teresinha Dal Mas, Dias, Elaine Teresinha Dal Mas, Navas, Diana, Silva, Mauricio Pedro da, Gimenez, Roberto, Almeida, Cleide Rita Silvério de
PublisherUniversidade Nove de Julho, Programa de Pós-Graduação em Educação, UNINOVE, Brasil, Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageSpanish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Uninove, instname:Universidade Nove de Julho, instacron:UNINOVE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-240345818910352367, 600

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