Return to search

A infância pelo olhar das crianças do MST: ser criança, culturas infantis e educação

Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2012-05-17T14:05:21Z
No. of bitstreams: 2
Dissertacao_InfanciaOlharCrianças.pdf: 2739826 bytes, checksum: f6fc1dbfebbbfd5325267d5985064266 (MD5)
license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos(edisangela@ufpa.br) on 2012-05-17T14:05:58Z (GMT) No. of bitstreams: 2
Dissertacao_InfanciaOlharCrianças.pdf: 2739826 bytes, checksum: f6fc1dbfebbbfd5325267d5985064266 (MD5)
license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-05-17T14:05:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Dissertacao_InfanciaOlharCrianças.pdf: 2739826 bytes, checksum: f6fc1dbfebbbfd5325267d5985064266 (MD5)
license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5)
Previous issue date: 2010 / As pesquisas sobre infância no Brasil têm apontado na direção de uma nova forma de olhar a infância, trazendo a criança como um ator legítimo da pesquisa e não apenas um objeto de investigação. Ao viverem em um contexto de um movimento social como o MST, as crianças têm na sua vida as marcas da luta pela terra e reforma agrária, que influenciam seus modos de ser. Olhar para a criança do MST é vê-la como um ser que participa da organicidade do MST. Portanto, as crianças criam seus espaços de organização e mobilização. Neste sentido, questiono: Quais os sentidos e significados de infância nas falas das crianças do assentamento mártires de abril do MST? A pesquisa foi realizada no assentamento Mártires de Abril do MST, localizado em Mosqueiro, um distrito da cidade de Belém. Para recolher os dados da pesquisa, utilizei oficinas e entrevistas em grupo com as crianças do assentamento. Das oficinas participaram ao todo 23 crianças, estas oficinas tinham como objetivo me aproximar das crianças e criar um clima de confiança para as entrevistas. Nas entrevistas participaram 13 crianças com idade entre 06 e 11 anos, denominadas pelo coletivo do movimento como Sem Terrinhas. A entrevista foi dividida em quatro sessões. As falas das entrevistas foram transcritas e organizadas em sete categorias temáticas. Como referencial de análise me apoio na noção de sentido e significado que se expressam por meio da linguagem e estão relacionados à formação do eu numa perspectiva sócio-histórica, fundamentado em Bakhtin. Os resultados da pesquisa apontam para os diversos olhares que as Crianças do Assentamento Mártires de Abril têm sobre a infância: elas vêem a infância como o tempo do brincar e que ser criança no MST é vivenciar uma experiência lúdica de participação em um movimento que luta pelos direitos dos excluídos. Ao falarem de seus espaços estruturais as crianças do assentamento nos dizem em relação ao espaço doméstico que a relação com os adultos de sua família se constrói com muito cuidado, mas também com a contradição do autoritarismo; em relação ao espaço da produção que o trabalho assume outra dimensão no espaço do assentamento, sendo um momento de aprendizagem e participação na vida da comunidade; e que em relação ao espaço da cidadania a escola está distante de ser um lugar onde o direito a brincar é respeitado. As culturas infantis são produzidas pelas crianças do assentamento nas suas relações de pares através das brincadeiras, onde se ressalta que o espaço é importante para o enriquecimento dessa cultura lúdica, seja nas praias, nos igarapés e nas árvores. As crianças do assentamento nos dizem ainda que a Televisão influencia suas vidas, seus horários e seu modo de ser a agir. Finalizo o texto apontando característica que fazem da brincadeira o meio através do qual as crianças podem agir sobre o mundo e exercer efetivamente o seu direito a participação. / Researches on children in Brazil have pointed toward a new way of looking at childhood, bringing the child as a legitimate actor and not just a subject of investigation. Children to live in a context of a social movement like the MST have in your life the marks of the struggle for land and agrarian reform, which influence their ways of being. Look for the child of the MST is to see it as a being who participates in the ―organicidade‖ (forums of deliberation) of MST. Therefore, children create spaces of organization and mobilization. In this sense, I question: What are the senses and the meanings of childhood in the speeches of the children in the settlement ―Mártires de Abril‖ of the MST? The survey was conducted in ―Mártires de Abril‖ settlement MST, located in Mosqueiro, a district of the city of Belém. To collect the survey data, I used workshops and group interviews with the children of the settlement. In all 23 children participated in workshops, these workshops had as objective to approach me the children and create a climate of confidence for interviews. The interviews involved 13 children aged between 06 and 11 years, called by the collective movement as the ―Sem Terrinhas‖ (Landless children). The interview was divided into four sessions. The reports of the interviews were transcribed and organized into seven thematic categories. As a benchmark analysis I support the notion of sense and meaning that are expressed through language and are related to the formation of the self in a socio-historical perspective, based on Bakhtin. The survey results shows the different looks that Children of the settlement ―Mártires de Abril‖ have on childhood: they see childhood as a time of play and be children in the MST is experiencing a playful experience of participating in a movement that struggle for rights of the excluded. Children of the settlement talks about their space structural: about the domestic space, they tell us the relationship with the adults in your family is built with great care, but also with the contradiction of authoritarianism; in respect to the space structural of production, the work takes another dimension in space of the settlement, as a time of learning and participation in community life; and in respect to the space of citizenship, school is far from being a place where the right to play is respected. The children’s cultures are produced by children from the settlement in their peer relationships through play, which emphasizes space is important for the enrichment of play culture, whether on the beaches, the creeks and trees. The children of the settlement still tell us that television influenced their lives, their schedules and their way of life to act. Finalized the text indicating the characteristics that make playing the way through which children can act on the world and effectively exercise their right to participation.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/2749
Date27 October 2010
CreatorsMORAES, Elisangela Marques
ContributorsALVES, Laura Maria Silva Araújo
PublisherUniversidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFPA, Brasil, Instituto de Ciências da Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0027 seconds