[pt] O financiamento de empresas emergentes de base tecnológica
vem merecendo grande atenção, tanto por parte da comunidade
de investidores quanto dos agentes públicos interessados
nos ganhos econômicos e sociais atribuídos a tais empresas.
A realização de tais ganhos depende, entretanto, de
conhecimentos e habilidades sofisticados para lidar com
diversos fatores de risco associados a tais empresas, à sua
tecnologia e à natureza das oportunidades que perseguem. A
extensão do risco envolvido e a complexidade dos
instrumentos necessários para fazer frente a tais riscos
fizeram reconhecer esse tipo de financiamento como uma
classe distinta de investimento, denominada capital de
risco. Como tal, a atividade de capital de risco teve seu
início reconhecido a partir de 1930, com investimentos
feitos por algumas famílias abastadas americanas. A década
seguinte registra o surgimento da primeira empresa de
capital de risco, que vem a estabelecer o paradigma de
operação de uma indústria que, nos Estados Unidos, investe
cerca de uma centena de bilhões de dólares por ano - a
Indústria de Fundos de Capital de Risco que profissionaliza
todo o ciclo de capital de risco, desde a captação de
recursos junto aos investidores, a aplicação em empresas
emergentes e, finalmente, o desinvestimento e a
distribuição dos resultados aos investidores. No Brasil,
essa indústria começou a se estruturar a partir da
Instrução CVM 209, de 1994, que regulamentou esses fundos
sob a denominação de Fundos Mútuos de Investimento em
Empresas Emergentes. Estimativas preliminares sugerem que
essa indústria movimentou, em 2000, cerca de US$ 1 bilhão.
Uma das grandes barreiras ao desenvolvimento dessa
indústria é a aquisição do conhecimento técnico sobre a
gestão e avaliação de fundos nos quais os ativos adquiridos
(papéis de empresas emergentes) não são negociados em
bolsa. O conhecimento existente é, em boa parte, de
natureza proprietária e é tratado como segredo industrial.
Este trabalho, de natureza exploratória, reflete uma
incursão no estudo de algoritmos de avaliação de fundos de
capital de risco, introduzindo aperfeiçoamentos em modelos
de avaliação existentes. Modelos de avaliação tradicionais,
como o Multilateral Investment Fund (MIF) utilizam o
retorno histórico desta modalidade de investimentos na
tentativa de estimar a performance do fundo. O objetivo
desta dissertação é adaptar o modelo de performance de
fundos desenvolvido pelo MIF de forma a possibilitar uma
análise de risco além do retorno esperado. Esta análise de
risco será realizada através da avaliação de cada empresa
investida pelo fundo. Assim, através da simulação do valor
terminal destas empresas, será possível obter uma
distribuição de retorno para cada investidor a partir do
capital aportado no fundo. Tal instrumento será de grande
valia tanto na seleção de investimentos (permitindo que os
investimentos sejam selecionados de acordo com o nível de
exposição que o gestor deseja assumir), quanto no
gerenciamento dos investimentos (permitindo que sejam
tomadas decisões que maximizem o retorno esperado para os
investidores). / [en] The financing of technology based start up companies is
deserving great attention, not only from of the investors'
community but also from public agents, due to the
economical and social earnings attributed to such
companies. These accomplishments depends, however, on
knowledge and sophisticated abilities to work with risk
factors associated to such companies, related to their
technology level and to the nature of the opportunities
pursued. The extension of the risks involved and the
complexity of the necessary instruments to deal with them
lead to a recognition of this type of financing as a
distinct investment, namely venture capital. Venture
capital has its beginning in 1930, with investments made by
a few wealthy American families. The following decade
records the appearance of the first venture capital
company, which comes to establish the operation paradigm of
an industry. In the United States, this industry invests
about a hundred of billion of dollars a year and perform
the whole venture capital cycle: from Fundraising with the
investors, to funding of start up companies and, finally,
the harvesting and the distribution of results to the
investors. In Brazil, this industry began to be structured
following the Instruction CVM 209, (1994), which regulates
funds denominated Mutual Investment Fund in Emergent
Companies. Estimates suggest that in 2000, it was a US$ 1
billion dollar industry. One of the greatest barriers to
the development of this industry is the acquisition of
the technical knowledge on the management and evaluation of
Funds that acquires assets non negotiable in the stock
markets. The existing knowledge is, to a large extent, of
private nature and treated as industrial secret. This work,
of exploratory nature, is an incursion in the study of
evaluation algorithms of venture capital funds, proposing
improvements in existing evaluation models. Traditional
evaluation models, like that of the Multilateral Investment
Fund (MIF) use the historical return of this kind of
investments in an attempt to estimate the performance of
the fund. The objective of this dissertation is to modify
the model of Fund performance developed by MIF to make
possible a risk analysis beyond the expected return. This
risk analysis will be accomplished by the evaluation of each
company invested by the Fund. By simulating the terminal
value of these companies, it will be possible to obtain a
return distribution for each investor starting from the
capital contributed to the fund. Such an instrument will be
of great value not only in the selection of investments
(allowing the investments to be selected in agreement
with the exposure level that the manager wishes to assume),
but also in the management of these discrete investments
(allowing that are made decisions that maximize the
expected return for the investors). / [es] El financiamiento de empresas emergentes de base
tecnológica ha merecido una gran atención por parte de la
comunidad de inversionistas y de los agentes públicos
interesados en las ganancias económicas y sociales de esas
empresas. La obtención de tales ganancias depende de
conocimientos y habilidades sofisticados para evaluar los
diversos factores de riesgo de dichas empresas, de su
tecnología y de la naturaleza de las oportunidades que
persiguen. La extensión del riesgo y la complejidad de los
instrumentos necesarios para enfrentar los riesgos, han
llevado a reconocer que este tipo de financiamiento
constiuye una clase diferente de inversión, denominada
capital de riesgo. La actividad de capital de riesgo se
inició (reconocidamente) a partir de 1930, con inversiones
realizadas por algunas familias americanas adineradas. En
la década siguiente surge la primera empresa de capital de
riesgo, y con ello se establece el paradigma de operación
de una industria que, en los Estados Unidos, invierte cerca
de una centena de miles de millones de dólares por año - la
Industria de Fondos de Capital de Riesgo que profisionaliza
todo el ciclo de capital de riesgo, desde la captación de
recursos, la aplicación en empresas emergentes y,
finalmente, la desinversión y la distribución de los
resultados a los inversionistas. En Brasil, esa industria
comenzó a extructurarse a partir de la Instrucción CVM 209,
de 1994, que creó el reglamento de esos fondos bajo la
denominación de Fondos Mutuos de Inversión en Empresas
Emergentes. Estimativas preliminares indican que esa
industria movimentó, en 2000, cerca de US$ 1000 millones.
Una de las grandes barreras para el desarrollo de esta
industria es la adquisición del conocimiento técnico sobre
gestión y evaluación de fondos en los cuales los activos
adquiridos (papeles de empresas emergentes) no son
negociados en la bolsa. El conocimiento que existe es, en
buena parte, de naturaleza proprietaria y es tratado como
secreto industrial. Este trabajo, de naturaleza
exploratoria, refleja una incursión en el estudio de
algoritmos de evaluación de fondos de capital de riesgo e
introduce algunas mejorías en modelos de evaluación
existentes. Los modelos de evaluación tradicionales, como
el Multilateral Investment Fund (MIF) utilizan el retorno
histórico de esta modalidad de inversiones para estimar la
performance del fondo. El objetivo de esta disertación es
adaptar el modelo de performance de fondos desarrollado por
el MIF de modo tal que, además del retorno esperado, sea
posible un análisis de riesgo. Este análisis de riesgo será
realizado a través de la evaluación de cada empresa en las
que el fondo invirtió. Así, a través de la simulación del
valor terminal de estas empresas, será posible obtener una
distribuición de retorno para cada inversionista a partir
del capital que aportó al fondo. Este instrumento será de
gran valor en la selección de inversiones (pués permitirá
que las inversiones sean seleccionadas de acuerdo con el
nível de exposición que el gestor desea asumir), y en la
gerencia de las inversiones (permitiendo que sean tomadas
decisiones que maximizen el retorno esperado para los
inversionistas).
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:1945 |
Date | 14 September 2001 |
Creators | NAASSON REIS FERREIRA |
Contributors | JOSE PAULO TEIXEIRA, JOSE PAULO TEIXEIRA, JOSE ANTONIO PIMENTA BUENO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | TEXTO |
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