The work presents the thesis of Sartre about the Ego, namely, it is a transcendent object to consciousness and, hence, is situated in the existential dominion. It was looked for demonstrating that this thesis was engendered from the defense of intentional consciousness and the distinction between the irreflective and the reflexive consciousness. The purpose that comes after this is to make clear the distance taken by Sartre from proposals found to the Ego in the philosophical tradition, more specifically, from proposals of Descartes, Kant and Husserl. After that, it is made explicit how the Ego constitution is done, while a transcendent pole of other transcendent units, namely: the states, the actions and the qualities. Finally, the consequences to the transcendental and existential spheres of affirmation that impose the transcendent character to the Ego are investigated. It is presented as results: I. the evidence of the distance from the Sartre s comprehension of epoché in relation to the one by Husserl; II. the understanding of Ego as an object that urgently, is characterized by dubiety and irrationality; III. the conclusion that there is a change in the treatment about the personhood of consciousness between the works The Transcendence of the Ego and Being and Nothingness; and IV. the connection between the emptying of consciousness and the possibility of moral action. The first result is due to the fact that the epoché will not be considered a procedure, just as in Husserl, but as a torment that is imposed by the spontaneity which marks the Sartre s definition of consciousness, in that there is no transcendental Ego. The second, records that any intuition of the Ego can be contradicted by a new intuition and also, its irrational character is what allows to say that, despite of being an object, it is given as a producer of states and actions. The third, illustrates that the changes between the listed works is attributed to an approximation between the irreflected and reflexive consciousness done in Being and Nothingness, which equalize the consciousness of the Ego to a transcendental field without subject. The last result inscribes the necessity of abandonment of any sedimented sense, as well as of any previous human essential to its existence, to allow affirm the freedom as the insignia of men. / O trabalho apresenta a tese de Sartre acerca do Ego, a saber, que ele é um objeto transcendente à consciência e que, portanto, situa-se no domínio existencial. Procurou-se demonstrar que tal tese foi engendrada a partir da defesa da consciência intencional e da distinção entre consciência irrefletida e reflexiva. A finalidade, que se segue disso, é deixar clara a distância tomada por Sartre das propostas encontradas para o Ego na tradição filosófica, mais especificamente, das propostas de Descartes, Kant e Husserl. Na seqüência, explicita-se como se dá a constituição do Ego enquanto pólo transcendente de outras unidades transcendentes, quais sejam: os estados, as ações e as qualidades. Por fim, investigam-se quais as conseqüências para a esfera transcendental e existencial da afirmação que impõe ao Ego o caráter transcendente. Apresentam-se como resultados: I. a evidência da distância da compreensão sartriana de epoché com relação à cunhada por Husserl; II. o entendimento de que o Ego é um objeto que, prementemente, caracteriza-se pela dubitabilidade e irracionalidade; III. a conclusão de que há uma mudança no tratamento sobre a pessoalidade da consciência entre as obras A transcendência do Ego e O Ser e o Nada; e IV. o vínculo entre o esvaziamento da consciência e a possibilidade da ação moral. O primeiro resultado deve-se ao fato de que a epoché não será considerada um procedimento, tal como em Husserl, mas como angústia que se impõe pela espontaneidade, a qual marca a definição sartriana da consciência, na medida em que não há um Ego transcendental. O segundo, registra que qualquer intuição do Ego pode ser contradita por uma nova intuição e, também, que o seu caráter irracional é o que permite dizer que, apesar de ser um objeto, ele dá-se como produtor dos estados e das ações. O terceiro, ilustra que a mudança entre as obras citadas atribui-se a uma aproximação entre as consciências irrefletida e reflexiva realizada em O Ser e o Nada, a qual faz equivaler a consciência do Ego a um campo transcendental sem sujeito. O último resultado inscreve a necessidade do abandono de qualquer sentido sedimentado, bem como de qualquer essência humana prévia a sua existência, para permitir afirmar a liberdade como insígnia do homem.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsm.br:1/9100 |
Date | 08 July 2012 |
Creators | Machado, Fabiane Schneider |
Contributors | Rossatto, Noeli Dutra, Fabri, Marcelo, Schneider, Paulo Rudi |
Publisher | Universidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UFSM, BR, Filosofia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSM, instname:Universidade Federal de Santa Maria, instacron:UFSM |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 700100000004, 400, 500, 300, 500, 300, e7fb1523-59fa-4ded-a3b6-7cfac8438128, 3b68a9cf-81ec-4b36-816c-c9ce38c7e137, a90fd54a-a0ed-42e6-9f38-36bf7c8a0a1d, 4cad5772-8195-466c-b622-501dcee1ccb9 |
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