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A formação científica do conceito de consciência em Hegel /

Menk, Tomás Farcic. January 2011 (has links)
Orientador: Pedro Geraldo Aparecido Novelli / Banca: Alfredo Oliveira de Moraes / Banca: Ricardo Pereira Tassinari / Resumo: O nosso objeto de pesquisa é a consciência, tal como ela foi elaborada por Hegel na Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio de 1830. A consciência passou a ser efetivamente um objeto da filosofia com Kant, ao utilizá-la como mediadora entre o eu penso (de influência racionalista) e a coisa em si (de influência empirista), porém acabou por criar um dualismo insuperável entre estas duas instâncias. Todos os autores românticos e os filósofos idealistas pós Kant tentaram, ao seu modo, superar este dualismo do entendimento postulado por Kant. É nesse ambiente que nasce a filosofia hegeliana, que tenta mediar ambos os lados da relação sujeito objeto sem que haja um dualismo insuperável. Assim, no primeiro livro da Enciclopédia, Hegel estuda o ser e o pensar e como estes dois elementos estão em unidade e fundamentam tanto o Eu (sujeito pensante) quanto o objeto. No segundo livro ele estuda a lógica no seu ser-outro, ou seja, a natureza, que é pura exterioridade. E no último livro Hegel analisa o espírito, e como se dá a relação entre o sujeito pensante e o ser-outro, que é propriamente a consciência. Assim, para este estudo mostra-se necessário analisar alguns aspectos do movimento de autodeterminação do Espírito Absoluto, que possui em sua interioridade o desenvolvimento da consciência. É imprescindível para uma investigação acerca do conceito de consciência na Enciclopédia refazer o percurso de seu desenvolvimento, pois antes de ser um conceito dado ou auto-evidente, ele é uma progressiva determinação de si mesmo. Concluímos que um trabalho que possui como objeto a consciência na Enciclopédia deve, na verdade, analisar a formação cientifica do seu conceito / Abstract: This study aims to examine the question of consciousness in Hegelian philosophy, more specifically in the Encyclopedia of Philosophical Sciences, 1830. Consciousness effectively became the object of philosophy with Kant, who used it as a mediator between the I think (influence of rationalist) and the thing-in-itself (empiricist influence), but ended up creating an insuperable dualism between these two instances. All romantic authors and idealist philosophers post-Kant tried, in their way, to overcome this dualism of the understanding postulated by Kant. It is in this environment where the Hegelian philosophy was born, which attempts to mediate both sides of the subject-object relationship without an insuperable dualism. Thus, in the first book in the Encyclopedia, Hegel studies the being and the thinking and how these two elements are in unit and support both the I (thinking subject) and the object. In the second book he studies the logic in its otherness (other-being), or nature, which is pure exteriority. And in the last book Hegel analyses the spirit, and how the relationship between the thinking subject and the otherness occur, which is properly the consciousness. So, for this study, it is necessary to analyze some aspects of the movement of self-determination of the Absolute Spirit, which has in its interiority the development of consciousness. Therefore, it is essential for an investigation of the concept of consciousness in the Encyclopedia, to remake the course of its development, because before being a given concept or self-evident, it is a progressive self-determination. We conclude that a study which has consciousness as its object the in the Encyclopedia must, in fact, analyze the scientific formation of its concept / Mestre
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A Religião Manifesta Enquanto Lugar da Tomada de Consciência-De-Si do Espírito Como Espírito na Fenomologia do Espírito Hegel

FIENI, V.H.O. 26 October 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:08:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_4542_VITOR HUGO DE OLIVEIRA FIENI.pdf: 1065008 bytes, checksum: b29341af506eed4292347cf30df409d3 (MD5) Previous issue date: 2010-10-26 / Em sua primeira grande obra, a Fenomenologia do Espírito de 1807, Hegel já havia mostrado as razões que fizeram com que a religião fosse tida por ele em tão alta consideração. O fenômeno religioso foi pensado pelo filósofo como um evento através do qual o espírito (Geist) alcança gradualmente o saber de si mesmo como espírito. Isso acontece na medida em que a consciência religiosa tem como seu objeto um Outro que é ela mesma. No entanto, essa igualdade não é clara para esta consciência no início de sua jornada rumo ao Saber Absoluto. O processo de identificação de si consigo mesma vai se traduzir em uma gradual essencialização da imanência e uma imanentização da essência, que acontece ao longo das religiões que Hegel expõe. Neste presente trabalho, faço uma análise da religião manifesta (offenbare Religion) abordada pelo filósofo e de seus momentos, como o lugar onde o saber-de-si do espírito como espírito acontece de modo completo na medida em que o Deus se faz homem e o homem se faz Deus. Mas como essa síntese absoluta não acontece de modo instantâneo, empreendo aqui uma perseguição ao fio dialético que nos conduz a uma deificação do homem e a uma humanização de Deus através da religião natural e da religião da arte, até chegar à figura do Cristo, síntese perfeita entre Deus e o homem. A morte do Messias e a formação da Comunidade cristã, dão o toque final para esse espírito que se torna autoconsciente de si desde si mesmo. Pois, com o sacrifício do Filho de Deus, o seu Si uno com a essência eterna se universaliza àqueles indivíduos participantes da Comunidade e que passam, graças ao Espírito (Santo), a estar em comunhão com a essência eterna. No entanto, a religião não é o último capítulo da Fenomenologia e isso é assim porque, para Hegel, a síntese, a identidade e o saber-de-si do espírito como espírito acontece, na religião manifesta, por meio da representação (Vorstellung). Era, pois, preciso uma reconciliação que fosse mais inteligível e menos sensível: o saber filosófico absoluto. Ou seja, a deificação humana ao lado da antropomorfização divina, feitas religiosamente, não foram suficientes para que a consciência chegasse a seu termo. Em vista disto, empreendo um capítulo crítico final para abordar as consequências humanistas da filosofia hegeliana, onde discuto também um pouco sobre a postura de Hegel com relação àquilo que ele chama de Deus (Gott). Por fim, lanço o conceito de antropo-panteísmo hegeliano como resultado do Saber Absoluto de Hegel.
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Sobre a Atividade da Consciência Infeliz na Fenomenologia do Espírito de Hegel

MACHADO, A. E. 11 December 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:08:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_7254_dissertação.pdf: 1035562 bytes, checksum: 0940c843bbab6925af6cdc250e4600b7 (MD5) Previous issue date: 2013-12-11 / Realizamos uma análise da atividade da Consciência Infeliz (unglückliche Bewusstsein), tal como foi exposta por G.W.F. Hegel em sua obra Fenomenologia do Espírito (Phänomenologie des Geistes), de 1807. A Consciência Infeliz é uma denominação hegeliana referente a uma consciência religiosa que se cinde em duas; um destes seus lados, ela aliena de si e tem por sua essência que reside no além, o Imutável; ao outro lado, ela mesma, assevera como o Mutável, inessente, residente no aquém. Toda a sua atividade resume-se a unir isto que ela põe como o infinitamente desunido, a saber, ela e sua essência, pois a consciência ainda não é ciente de que esta essência absoluta que ela opôs a si mesma nada mais é do que ela mesma. Isto resulta num tender singular para seu objeto Universal absoluto e ao mesmo tempo não querer maculá-lo com esta sua singularidade; numa atividade que deve absolutamente ser e não-ser, busca de algo que não pode nem deve ser buscado. Enquanto herdeira do pensamento estóico e cético, a Consciência Infeliz aparece como consciência contraditória, curvada sobre si mesma e sempre dolorida, que além de efetivar um movimento de negação para com o mundo do aquém e tudo o que lhe diz respeito, busca se libertar da dor que é ser portadora desta contraditoriedade que surge justamente daquela sua atitude negativa. A fim de que possamos fundamentar esta atitude Infeliz, realizamos em nosso primeiro capítulo uma investigação acerca de suas características peculiares nas esferas anteriores ao seu aparecimento, a saber, a esfera do Entendimento (Verstand), a dialética do Senhor e do Escravo e do Estoicismo e Ceticismo. No segundo capítulo, discorremos acerca do conceito e da atividade da Consciência Infeliz, bem como procuramos investigar a necessidade de sua superação a partir de uma análise de sua suprassunção no momento da Razão (Vernunft¬). Por fim, em nosso terceiro e último capítulo, procuramos refletir sobre em que medida se poderia afirmar que as consciências contemporâneas continuam agindo de maneira infeliz, e para tanto, nos apoiamos em breves leituras de S. Freud, pensador do mal-estar moderno e Z. Bauman, pensador do mal-estar contemporâneo.
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Uma teoria fisicalista do conteúdo e da consciência : D. Dennett e os debates da filosofia da mente

Miguens, Sofia January 2001 (has links)
O trabalho tem como objectivo avaliar a Teoria dos Sistemas Intencionais apresentada pelo filósofo americano Daniel Dennett. A Teoria dos Sistemas Intencionais é uma meta teoria da cognição - de facto uma posição filosófica associada às ciências cognitivas - e uma teoria fisicalista da mente com determinadas consequências metafísicas e morais. Essas consequências dizem respeito ao estatuto dos conteúdos mentais, da cosnciência e das noções de pessoa, acção natural e artificial. De um ponto de vista histórico, a dissertação pretende ainda situar a Teoria dos Sistemas Intencionais no campo da filosofia da mente e no contexto dos desenvolvimentos recentes da filosofia analítica, tanto quanto estes estão ligados às ciências cognitivas
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Consciência e qualia a partir da perspectiva do duplo aspecto proposta por Thomas Nagel /

Prado, Juciane Terezinha do. January 2018 (has links)
Orientador: Alfredo Pereira Junior / Banca: Mariana Broens / Banca: Leonardo Ferreira Almada / Resumo: Nesta Dissertação, abordamos a proposta do monismo dual (ou de duplo aspecto), sugerida por Thomas Nagel, para analisar os aspectos do mental como a consciência e os qualia. O estudo propõe analisar em que medida essas características mentais podem ser descritas de forma física, ou se, ao efetuar uma análise minunciosa dessas características, podemos concluir que elas não podem ser descritas da mesma forma que descrevemos eventos físicos. Para que possamos, então, as analisar, descrevemos, inicialmente, a abordagem dualista e em que medida ela contribui para nossa compreensão das características mentais como eventos não físicos. Analisamos, também seus problemas e dificuldades em se explicar a interação de processos mentais não físicos com o corpo físico. Em seguida, abordamos a concepção fisicalista, na qual, propomos descrever seus problemas e as razões pelas quais as características mentais não podem ser, simplesmente, explicadas ou mesmo descritas como processos físicos ordinários. No capítulo seguinte, descrevemos a perspectiva de Nagel, sobre a proposta do monismo de duplo aspecto, no qual o autor propõe duas perspectivas epistemológicas sobre a mente consciente, as perspectivas de primeira pessoa, restrita ao próprio ser consciente, e a perspectiva de terceira pessoa, correspondendo ao modo de abordagem típico das ciências empíricas. Nesta abordagem, as qualidades subjetivas (qualia) se restringem à perspectiva de primeira pessoa. Portanto, o monismo de duplo aspecto e... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: We approach the proposal of dual-aspect monism by Thomas Nagel to analyze the conscious mind and related concepts as qualia. To what extent these mental characteristics can be described in a physical way, or, by performing a thorough analysis of these characteristics, should we conclude that they cannot be described in the same way that we describe physical events? We first describe the dualistic approach and to what extent it contributes to our understanding of the mental characteristics as non-physical events. We also analyze the problems and difficulties in explaining the interaction of non-physical mental processes with the physical body. Then we approach the physicalist conception and propose to describe its problems and the reasons why the mental characteristics cannot be simply explained or even described as ordinary physical processes. In the following chapter, we describe Nagel's perspective on the proposition of dual-aspect monism, in which the author proposes two epistemological perspectives on the conscious mind, the first person perspective, restricted to the conscious being itself, and the third person perspective, corresponding to the typical approach of the empirical sciences. In his view, subjective qualities (qualia) are restricted to the first-person perspective. Therefore, dual-aspect monism in Nagel can be characterized as being ontologically monistic (we are one being, body and mind) and epistemologically dualistic (this being is apprehended by herself i... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Os hábitos da memória nos conflitos dos protagonistas de Menalton Braff em Que enchente me carrega? (2000) e Bolero de Ravel (2010) /

Silva, Natali Fabiana da Costa e. January 2015 (has links)
Orientador: Luiz Gonzaga Marchezan / Banca: Arnaldo Franco Junior / Banca: Wilton José Marques / Banca: Juscelino Pernambuco / Banca: José Pedro Antunes / Resumo: A presente pesquisa tem como corpus dois romances do escritor contemporâneo Menalton Braff - Que enchente me carrega? (2000) e Bolero de Ravel (2010), e busca descrever, em meio ao fluxo de consciência que representa o pensamento dos protagonistas, um número incessante de memórias que se repete do início ao final das narrativas: 13 memórias são apresentadas em Que enchente me carrega? e 15 memórias em Bolero de Ravel. Entendemos que a própria estrutura da narrativa se estabelece por meio da reiterada circularidade dos processos mnemônicos presentes nas duas obras, fixando o ritmo e a coerência do texto ficcional. Além disso, torna-se possível observar que as repetições instalam o modo de olhar dos narradores para o mundo, firmando o que eles veem, como percebem o que veem e, finalmente, como lidam com o que percebem. A partir disso, a pesquisa considera a possibilidade de que a estruturação dos romances por meio de repetições de situações de memória mostra-se dotada de inegável intencionalidade estética e estabelece a maneira singular do narrador braffiano. Este, ao narrar o seu processo de desagregação social e mental, revela o seu distanciamento do mundo, medida que intitularemos de processo da esfacelamento da personagem. As obras literárias serão analisadas a partir do instrumental teórico do fluxo da consciência, trazendo à luz os conceitos propostos por Robert Humphrey e Belinda Cannone. Esta abordagem contemplará, ao mesmo tempo, os processos históricos que estão na base da crise do romance e advento da ficção do fluxo da consciência / Abstract: This research has as corpus two novels of the contemporary writer Menalton Braff - Que enchente me carrega? (2000) e Bolero de Ravel (2010) and seeks to describe, amid the stream of consciousness that represents the thinking of the protagonists, an endless number of memories that are repeated from the beginning to the end of the stories: 13 memories are presented in Que enchente me carrega? and 15 memories in Bolero de Ravel. It is understood that the very structure of the narrative is established through repeated circularity of mnemonic processes present in the two works, setting the pace and consistency of the fictional text. Moreover, it is possible to observe that repetitions establish how the narrators look at the world around, determining what they see, how they perceive what they see and finally how they deal with what they perceive. The research considers that the repetitions in the novels is endowed with undeniable aesthetic intentionality and that it constitutes a characteristic of Braff's narrator. The narrator, when narrating his own process of social and mental decay, creates the image of his disengagement in the world. We named this procedure as the process of disintegration of the character. The thesis will be analyzed from the theoretical tools of the stream of consciousness, bringing to light the concepts proposed by Robert Humphrey and Belinda Cannone. This approach will include, at the same time, the historical processes that underlie the crises of the novel and the advent of the stream of consciousness fiction / Doutor
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A consciência como objeto de estudo na psicologia de L. S. Vigotski uma reflexão epistemológica

Lordelo, Lia da Rocha January 2007 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-09-03T12:06:00Z No. of bitstreams: 1 Lia da Rocha Lordelo.pdf: 1031027 bytes, checksum: f67e43886c94b2b936ddaad66062a2e2 (MD5) / Approved for entry into archive by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2014-09-17T15:44:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Lia da Rocha Lordelo.pdf: 1031027 bytes, checksum: f67e43886c94b2b936ddaad66062a2e2 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-09-17T15:44:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lia da Rocha Lordelo.pdf: 1031027 bytes, checksum: f67e43886c94b2b936ddaad66062a2e2 (MD5) / Este trabalho consiste num esforço teórico de compreensão do pensamento do psicólogo russo L. S. Vigotski (1896-1934); nosso objeto de estudo é o conceito de consciência em sua obra. A dissertação é iniciada com uma introdução geral ao tema e uma justificativa para seu estudo; seguimos com um capítulo metodológico em que relatamos as etapas por que passou a investigação e a natureza mesma da pesquisa. O terceiro capítulo é dedicado à história de Vigotski, e de como estão entrelaçadas suas vidas pessoal, profissional e intelectual e de como elas estão ligadas, ainda, à história da Rússia. Uma importante reflexão metodológica e epistemológica sobre a psicologia feita por Vigotski reside no diagnóstico de uma crise na ciência psicológica do início do século XX, e é a ela que dedicamos o quarto capítulo. O psicólogo argumentou que as psicologias existentes em sua época se dicotomizavam basicamente em dois eixos: um idealista, com pouca adequação à ciência da época, e um científico-natural materialista, que terminava por reduzir o fenômeno psíquico a processos físicos ou fisiológicos. Baseando-se nessa crítica epistemológica e inspirado, principalmente, pelo materialismo dialético e histórico marxista, Vigotski sugeriu como via alternativa a reintegração da psicologia sob uma metodologia de orientação dialética; uma psicologia que, sem prescindir do fenômeno psíquico, tivesse critérios metodológicos adequados à feitura de um conhecimento verdadeiramente científico. O objeto de estudo desta psicologia era a consciência, à qual nos dedicamos no quinto capítulo, especificamente. Após uma breve análise do significado da noção de consciência para os sistemas teóricos do behaviorismo, psicanálise e Gestalt, investigamos a natureza deste conceito, suas transformações na obra de Vigotski e seu modo de apreensão e estudo. O conceito de consciência e a forma como devemos estudá-la são, para nós, uma forma de materializar algumas preocupações de Vigotski, principalmente quando nos debruçamos sobre três fatores em particular: primeiro, a natureza material e objetiva do fenômeno psíquico; depois, o método de acessar essa consciência, através do estudo do desenvolvimento das funções psicológicas ao longo da história e, finalmente, na proposição de uma unidade de análise – o significado da palavra – para empreender o estudo da consciência, embora este seja um tópico polêmico entre os estudiosos de sua obra. Na conclusão, resgatamos algumas possíveis implicações do estudo da consciência no pensamento de Vigotski para o campo da educação: o combate contra o uso “normativo” de Vigotski e a idéia de uma consciência formada pela cultura e pela história, sendo a escola um ambiente privilegiado de desenvolvimento desta consciência. Mapeamos alguns usos deste conceito na psicologia e áreas afins como a neurociência e a filosofia da mente; e a relação, em especial na psicologia brasileira, entre o conceito de consciência e o de subjetividade. Discutimos, ainda, algumas apropriações do pensamento vigotskiano por autores contemporâneos de diferentes tradições epistemológicas e, por fim, chamamos atenção para o caráter em certa medida atual da “crise” na psicologia diagnosticada pelo psicólogo russo. Aliado a isso, enfatizamos a importância que ainda possui a reflexão metodológica no campo psicológico.
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O problema da consciência: a abordgem neurocientífica do problema-corpo

Massmann, Diogo Fernando [UNESP] January 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:25:19Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012Bitstream added on 2014-06-13T20:53:05Z : No. of bitstreams: 1 massmann_df_me_mar.pdf: 495957 bytes, checksum: a24520917937e3951da6b3641a8a66fb (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Este trabalho tem o objetivo de tematizar o problema mente-cérebro (o tradicional problema mente-corpo) e o problema da consciência quando abordados pela neurociência. Para realizar tal objetivo, primeiramente, procuramos formular os dois problemas partindo do problema mente-corpo tradicional segundo a perspectiva cartesiana. A partir disso, buscamos mostrar como que o problema mente-corpo tradicional deu origem ao problema mente-cérebro contemporâneo, bem como, o modo como o problema mente-cérebro contemporâneo se liga ao problema da consciência. Ainda neste capítulo, apresentamos algumas teses do dualismo da propriedade emergente, bem como, alguns de seus argumentos. Na segunda parte, focamos na perspectiva neurocientífica destes problemas, dando atenção principal para as teorias da consciência de Crick e Koch, Edelman e Tononi. Finalmente, nos atentamos nas teorias filosóficas materialistas, a saber, na teoria da identidade tipo/tipo e ocorrência/ocorrência, no reducionismo interteórico e no materialismo eliminativo. Nesta parte, expomos as hipóteses e os argumentos concernentes a essas três perspectivas filosóficas / This work is a study of neuroscience approaches to the mind-brain problem and the problem of consciousness. Firstly, we formulate these two problems by taking the traditional Cartesian mind-body problem as a starting-point. On this basis we attempt to show how the traditional mind-body problem gave origin to the contemporary mind-brain problem, as well as how the mind-brain problem is connected to the problem of consciousness. We also present some claims and relevant arguments regarding the dualism of emergent properties. In the second part of the work we focus on the neuroscience perspective on these problems, giving principal attention to the theories of consciousness of Crick and Koch, Edelman, and Tononi. Finally, we examine materialist philosophical theories, specifically, the type/type and occurrence/occurrence theory of identity, intertheoretic reductionism, and eliminative materialism
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A caminho do romance : Machado de Assis e a formação da consciência literária /

Rocha, Carlos. January 2018 (has links)
Orientador: Wilton José Marques / Banca: Luiz Gonzaga Marchezan / Banca: Maria Célia de Moraes Leonel / Banca: Eduardo Vieira Martins / Banca: Jefferson Cano / Resumo: O objetivo do presente estudo é compreender, por meio da análise dos textos críticos e ficcionais publicados entre 1858 e 1878, como se forma a consciência literária de Machado de Assis e como o escritor interfere na produção literária, ao demonstrar sua preocupação com a qualidade dos textos dos escritores coetâneos, com a aceitação do público leitor e com a criação de um ambiente favorável para a sua obra ficcional desse período - teatro, conto e, principalmente, romance. Pretende-se, a partir disso, entender como Machado de Assis, ao reutilizar os recursos literários trabalhados em outros gêneros (teatro e conto), ressignificando-os, desenvolve as primeiras obras de seu projeto romanesco, uma vez que, nelas, o autor persegue de perto a mais bem acabada configuração do perfil do personagem, que, ao expor seu drama particular, expressa os interesses subjacentes das relações, formatando um recorte ímpar daquela sociedade e vislumbrando a concepção machadiana de cor local, por conseguinte, sua crítica aos costumes e às debilidades das instituições do Rio de Janeiro de sua época. / Abstract: The aim of the present study is to understand, through the analysis of the critical and fictional texts published between 1858 and 1878, how the literary consciousness of Machado de Assis is formed and how the writer interferes in literary production by demonstrating his concern for the quality of texts of the contemporaneous writers, with the acceptance of the reading public and with the creation of a favorable environment for his fictional work of this period - theater, short story and, mainly, novel. It is intended, from this, to understand how Machado de Assis, by reusing the literary resources worked in other genres (theater and short story), re-signifying them, develops the first works of his novel project, since, in them, the author pursues the most well-defined configuration of the character's profile, which, in exposing his particular drama, expresses the underlying interests of the relationship, shaping a unique cut of that society and looking at Machado's conception of local color, hence his critique of customs and to the weaknesses of the institutions of Rio de Janeiro of his time. / Doutor
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Duas diferentes perspectivas para o estudo da consciência na Filosofia contemporânea da mente /

Paulo, Gustavo Vargas de. January 2012 (has links)
Orientador: Mariana Claudia Broens / Banca: João de Fernandes Teixeira / Banca: Alfredo Pereira Junior / Resumo: O objetivo desta dissertação é propor um estudo comparativo envolvendo duas diferentes perspectivas teóricas para o estudo da consciência situadas no contexto da Filosofia Contemporânea da Mente e das Ciências Cognitivas. Analisaremos criticamente seus pressupostos, suas divergências e o alcance de suas propostas considerando os filósofos da mente John R. Searle e Daniel C. Dennett como paradigmas representantes de cada uma das duas perspectivas. A filosofia da mente de John Searle caracteriza-se por levar em consideração os aspectos subjetivos dos estados conscientes em uma perspectiva que nunca permite dispensar ou desconsiderar os dados de primeira pessoa no estudo da consciência. Estes dados geralmente dizem respeito às experiências conscientes e às peculiares impressões e sensações internas tais como os qualia. Por outro lado, Daniel Dennett adota a perspectiva de terceira pessoa no estudo da consciência, buscando critérios científicos para o desenvolvimento deste estudo sustentado por dados publicamente observáveis e intersubjetivamente definíveis. Estes dados levam em conta as evidências comportamentais, informacionais ou neurofisiológicas que remetem a aspectos mentais, tentando assim estabelecer uma relação explicativa destes com o que se entende por consciência. No atual campo de pesquisas da Filosofia da Mente junto às Ciências Cognitivas não há consenso sobre o método mais adequado para o estudo da consciência sendo, ao contrário disso, composto por várias divergências. Por este motivo, consideramos relevante uma confrontação entre as principais perspectivas utilizadas no estudo do assunto. Buscaremos realizar esta tarefa analisando as contribuições das teorias estudadas para a elucidação da relação subjetividade/objetividade dos estados conscientes / Abstract: This research is a comparative study of two different theoretical perspectives on the study of the consciousness, in the context of the contemporary philosophy of mind and the cognitive sciences. We analyze their presuppositions, their differences, and the reach of the two proposals, considering the philosophers of mind John R. Searle and Daniel C. Dennett as paradigmatic representatives of each of the two perspectives. The philosophy of mind of John Searle is characterized by the taking into consideration of the subjective aspects of conscious states, in a perspective that never allows the discarding or ignoring of first person data. These data generally have to do with conscious experiences and with specific impressions and internal sensations such as qualia. Daniel Dennett, on the other hand, adopts the third person perspective in the study of the consciousness, seeking scientific criteria that are supported by publicly observable and intersubjectively definable data. These data take into account behavioral, informational, or neurophysiological evidence that refers to mental aspects, thus attempting to establish an explanatory relation between these aspects and what is understood as consciousness. In the current field of research in philosophy of the mind, as well as in the Cognitive Sciences, there is no consensus on the most adequate method for the study of the conscience, and in fact various tendencies exist within the field. For this reason, we consider it relevant to compare the two main perspectives in the study of the subject. We attempt to carry out this task by analyzing the contributions of the theories under consideration, in order to elucidate the subjectivity/objectivity relationship in conscious states / Mestre

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