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Uma teoria fisicalista do conteúdo e da consciência : D. Dennett e os debates da filosofia da menteMiguens, Sofia January 2001 (has links)
O trabalho tem como objectivo avaliar a Teoria dos Sistemas Intencionais apresentada pelo filósofo americano Daniel Dennett. A Teoria dos Sistemas Intencionais é uma meta teoria da cognição - de facto uma posição filosófica associada às ciências cognitivas - e uma teoria fisicalista da mente com determinadas consequências metafísicas e morais. Essas consequências dizem respeito ao estatuto dos conteúdos mentais, da cosnciência e das noções de pessoa, acção natural e artificial. De um ponto de vista histórico, a dissertação pretende ainda situar a Teoria dos Sistemas Intencionais no campo da filosofia da mente e no contexto dos desenvolvimentos recentes da filosofia analítica, tanto quanto estes estão ligados às ciências cognitivas
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Duas diferentes perspectivas para o estudo da consciência na Filosofia contemporânea da mente /Paulo, Gustavo Vargas de. January 2012 (has links)
Orientador: Mariana Claudia Broens / Banca: João de Fernandes Teixeira / Banca: Alfredo Pereira Junior / Resumo: O objetivo desta dissertação é propor um estudo comparativo envolvendo duas diferentes perspectivas teóricas para o estudo da consciência situadas no contexto da Filosofia Contemporânea da Mente e das Ciências Cognitivas. Analisaremos criticamente seus pressupostos, suas divergências e o alcance de suas propostas considerando os filósofos da mente John R. Searle e Daniel C. Dennett como paradigmas representantes de cada uma das duas perspectivas. A filosofia da mente de John Searle caracteriza-se por levar em consideração os aspectos subjetivos dos estados conscientes em uma perspectiva que nunca permite dispensar ou desconsiderar os dados de primeira pessoa no estudo da consciência. Estes dados geralmente dizem respeito às experiências conscientes e às peculiares impressões e sensações internas tais como os qualia. Por outro lado, Daniel Dennett adota a perspectiva de terceira pessoa no estudo da consciência, buscando critérios científicos para o desenvolvimento deste estudo sustentado por dados publicamente observáveis e intersubjetivamente definíveis. Estes dados levam em conta as evidências comportamentais, informacionais ou neurofisiológicas que remetem a aspectos mentais, tentando assim estabelecer uma relação explicativa destes com o que se entende por consciência. No atual campo de pesquisas da Filosofia da Mente junto às Ciências Cognitivas não há consenso sobre o método mais adequado para o estudo da consciência sendo, ao contrário disso, composto por várias divergências. Por este motivo, consideramos relevante uma confrontação entre as principais perspectivas utilizadas no estudo do assunto. Buscaremos realizar esta tarefa analisando as contribuições das teorias estudadas para a elucidação da relação subjetividade/objetividade dos estados conscientes / Abstract: This research is a comparative study of two different theoretical perspectives on the study of the consciousness, in the context of the contemporary philosophy of mind and the cognitive sciences. We analyze their presuppositions, their differences, and the reach of the two proposals, considering the philosophers of mind John R. Searle and Daniel C. Dennett as paradigmatic representatives of each of the two perspectives. The philosophy of mind of John Searle is characterized by the taking into consideration of the subjective aspects of conscious states, in a perspective that never allows the discarding or ignoring of first person data. These data generally have to do with conscious experiences and with specific impressions and internal sensations such as qualia. Daniel Dennett, on the other hand, adopts the third person perspective in the study of the consciousness, seeking scientific criteria that are supported by publicly observable and intersubjectively definable data. These data take into account behavioral, informational, or neurophysiological evidence that refers to mental aspects, thus attempting to establish an explanatory relation between these aspects and what is understood as consciousness. In the current field of research in philosophy of the mind, as well as in the Cognitive Sciences, there is no consensus on the most adequate method for the study of the conscience, and in fact various tendencies exist within the field. For this reason, we consider it relevant to compare the two main perspectives in the study of the subject. We attempt to carry out this task by analyzing the contributions of the theories under consideration, in order to elucidate the subjectivity/objectivity relationship in conscious states / Mestre
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A evolução da mente normativa : origens da cooperação humanaAlmeida, Fábio Portela Lopes de 11 June 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Pós-graduação em Filosofia, 2011. / Submitted by Patrícia Nunes da Silva (patricia@bce.unb.br) on 2012-01-18T20:20:04Z
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2011_FabioPortelaLopesdeAlmeida.pdf: 1186748 bytes, checksum: 1baccb0e6b03de40323f53319fbd4c87 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-01-18T20:20:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2011_FabioPortelaLopesdeAlmeida.pdf: 1186748 bytes, checksum: 1baccb0e6b03de40323f53319fbd4c87 (MD5) / A teoria darwinista tem contribuído para a discussão de problemas nos mais diversos campos filosóficos, entre os quais se inclui a ética e a teoria moral. A sociobiologia e a psicologia evolucionista contribuíram para a elucidação de muitos aspectos do comportamento social de diversas espécies animais, a partir de mecanismos como a seleção de parentesco e o altruísmo recíproco. A seleção de parentesco, fundada na idéia de aptidão inclusiva (Hamilton), tornou possível explicar a cooperação entre indivíduos aparentados, como ocorre no caso de abelhas e formigas. O altruísmo recíproco, por sua vez, induz a cooperação em situações de troca recíproca nas quais é possível que o agente prejudicado puna quem o prejudicou (punição moralista), o que possibilita a estabilização da cooperação por longos períodos tempo. Ambas as soluções, contudo, são insuficientes para explicar a cooperação no caso humano, uma vez que as sociedades humanas são compostas por indivíduos não aparentados. Além disso, os grupos sociais humanos são maiores do que os sustentáveis a partir do altruísmo recíproco. Em grupos grandes, os oportunistas são cada vez menos punidos, já que podem explorar um número cada vez maior de indivíduos com os quais não se relacionaram anteriormente e que não têm motivo algum para aplicar uma punição moralista. Como alternativa, a teoria da dupla herança (Richerson e Boyd) busca explicar o comportamento humano considerando tanto as abordagens biológicas clássicas quanto os resultados obtidos pelos cientistas sociais. Assim, ao contrário das perspectivas anteriores, a teoria da dupla herança entende que o comportamento humano é causado tanto pelos genes quanto pela cultura. De uma maneira inovadora, este marco teórico assume que a cultura (e em especial a acumulação cultural) é resultado da evolução genética, mas também influenciou o modo pelo qual os genes humanos evoluíram ao longo do Pleistoceno. Nesse sentido, considera-se o comportamento humano é fruto de duas heranças que se inter-relacionaram em nosso passado evolutivo ancestral - a herança genética e a herança cultural. A teoria da dupla herança possibilita uma explicação do comportamento social humano que supera as dificuldades da sociobiologia e da psicologia evolucionista. Segundo esta abordagem, a psicologia social humana não é caracterizada apenas por mecanismos mentais oriundos da seleção de parentesco e do altruísmo recíproco, mas também por instintos sociais tribais, cuja evolução decorreu justamente do entrelaçamento evolutivo entre a genética e a cultura. Entre esses instintos se destacariam a empatia, a identificação com marcadores simbólicos, a tendência de aplicar punições morais, bem como a inclinação para respeitar normas compartilhadas pelo grupo. Nesta perspectiva, a mente humana pressupõe princípios morais inatos e universais, selecionados para a vida em grupos orientados por normas sociais, mas que são plasticamente moldados à realidade cultural de cada sociedade (Hauser). Nesse sentido, a teoria da dupla herança possibilita uma abordagem naturalista do direito natural, um problema clássico da teoria moral e jurídica. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation takes for granted that a darwinian evolutionary approach can contribute to reassess philosophical problems in different fields, including ethics and moral theory. Sociobiology and evolutionary psychology accounts of these issues presuppose mechanisms such as kin selection and reciprocal altruism, which have elucidated different aspects of animal social behavior. Kin selection, by presupposing the concept of inclusive fitness (Hamilton), made possible to explain cooperation between genetically-related individuals, exemplified by bee and ant communities. Reciprocal altruism, on the other side, induces cooperation in situations of reciprocal exchange whenever punishment of free-riders is possible, stabilizing cooperation for a long time. These mechanisms can't, however, explain several aspects of cooperation in the human species. Effectively, human societies are mostly composed by unrelated individuals. Moreover, these societies are typically larger than those sustained by reciprocal altruism in other animal groups. A crucial problem to explain cooperation is that as social groups become larger, free-riders are less punished since they manage to explore an increasing number of individuals with whom they hadn’t interacted previously. Hence, the latter have no reason to punish a free-rider, for example, by refusing to engage in social cooperative interaction with him. Dual inheritance theory (Peter Richerson and Robert Boyd) addresses human cooperation and the underlying psychological mechanisms in a distinctive way, by taking into account above-mentioned classical biological approaches without ignoring the relevant knowledge produced by social scientists. In contrast with sociobiology and evolutionary psychology, dual inheritance theory innovates in assuming that culture evolved by classical genetic inheritance-based mechanisms, but since culture started accumulating it became a chief actor in the evolution of the human lineage, especially during the Pleistocene. Dual inheritance theory considers that human behavior is ultimately caused by two inheritance mechanisms, genetic and cultural, which became intertwined from a certain point in our evolutionary past. In this way, it overcomes the difficulties met by other evolutionary approaches. Human social psychology would not comprise just those mental mechanisms which evolved by kin selection and reciprocal altruism, but also tribal social instincts that evolved through a complex gene-culture coevolutionary process. These insticts include empathy, the propension to cooperate with those who share the same symbolic markers as oneself, the propension to apply moralistic punishment and to adhere to the norms shared by the group. Given this theoretical framework, it is acknowledged that there are innate and universal moral principles hardwired in the human mind-brain, which where selected through an evolutionary process that made possible life in large, structured social groups. Although innate, these principles are plastically shaped to meet the demands of different cultural niches in particular societies (Hauser). The last chapter of the dissertation deploys further this naturalistic standpoint by applying dual heritance theory to the so-called 'natural right' issue, a classical problem for moral and law theory.
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Funcionalismo e Behaviorismo sobre predicações psicológicas ordinárias : esboço de uma abordagem, discussão crítica e novos paralelosVieira, Filipe Lazzeri 16 December 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2011. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2012-02-09T13:32:18Z
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2011_FilipeLazzeriVieira.pdf: 659587 bytes, checksum: 194c0626b0d0667bce6eb0af0baf2ec6 (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2012-02-15T12:16:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2011_FilipeLazzeriVieira.pdf: 659587 bytes, checksum: 194c0626b0d0667bce6eb0af0baf2ec6 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-02-15T12:16:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2011_FilipeLazzeriVieira.pdf: 659587 bytes, checksum: 194c0626b0d0667bce6eb0af0baf2ec6 (MD5) / Este trabalho (1) apresenta um esboço de uma abordagem funcionalista e comportamental sobre como as predicações psicológicas ordinárias de várias categorias (mas não de todas elas) desempenham suas funções de explicar e predizer comportamentos. Também (2) faz uma comparação desta abordagem com a versão de funcionalismo de Armstrong e Lewis e com aquela de Dennett, bem como salienta alguns paralelos novos entre funcionalismo e behaviorismo em sentido mais geral. Além disso, o trabalho (3) procura mostrar que as objeções desses autores a perspectivas comportamentais a respeito não são cogentes relativamente àquela particular que sugerimos, e que as abordagens deles enfrentam algumas dificuldades. Segundo a perspectiva aqui delineada, parcialmente com base no behaviorismo teológico de Rachlin, as predicações relativas ao que têm frequentemente sido chamado de atitudes proposicionais, bem como aquelas relativas a afecções e a traços de caráter, têm tipicamente, como condições de verdade, relações estendidas no tempo (incluindo, em alguns casos, relações presentes) entre comportamentos do organismo ou sistema inteiro e circunstâncias do ambiente maior. Utilizamos as noções de operante e de respondente como auxílio para caracterizar e elucidar essas relações. Os comportamentos que formam tais relações, sugerimos, não são necessariamente manifestos. A abordagem contrapõe-se ao que é aqui chamado de mentalismo, isto é, à idéia de que as predicações em questão desempenham seus papéis pela designação, em geral, de entidades próprias do interior do corpo (sejam concebidas como entidades físicas ou não), entendidas como causas eficientes dos comportamentos que supõem explicar ou predizer. Concordamos com o teleofuncionalismo, tomado de modo neutro e moderado, que as condições de verdade dessas predicações costumam ser entidades que possuem funções como resultado de certos tipos de histórias. É também aqui argumentado que, apesar de a tese da múltipla exemplificabilidade (ou realizabilidade), o holismo e o funcionalismo acerca de predicações em questão serem teses frequentemente formuladas supondo-se o mentalismo, elas são, na verdade, independentes dele, e, mais do que isso, compatíveis com a abordagem delineada. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work (1) presents a sketch of a functionalist and behavioral account of how ordinary psychological predictions of several (but not all) categories perform their functions of explaining and predicting behavior. It also (2) compares this approach with Armstrong and Lewis' version of functionalism, as well as with that of Dennett, besides pointing out some new parallels between funcitionalism and behaviorism at a general level. Furthermore, the work (3) attempts to show that the objections raised by these authors against behavioral accounts pose no serious threat to the one we propose, and also that their approaches face some difficulties. According to the view here outlined, partially based upon Rachlin's teleological behaviorism, predications associated with the so called propositional attitudes, as well as those associated with affections and character traits, typically have as truth conditions relations extended in time (including, in some cases, current ones) between behaviors of the whole organism or system and circurnstances of the larger environment. We take advantage of the notions of operant and respondent to characterize and elucidate these relations. Behaviors that make up such relations, we suggest, are not necessarily overt. The approach opposes what is here called mentalism, that is, the ideal that ordinary psychological predications perform their roles by designating, in general, inner entities (whether conceived of as physical or not), understood as efficient causes of the behavior they are supposed to explain or predict. We agree with teleofuncionalism taken neutrally and moderately that the truth conditions of these predications usually have functions as a result of certain sorts of histories. It is also argued here that although the theses of multiple realizability, holism and functionalism about such predications are often formulated assumming mentalism, they are actually independent of it, and more than that, consistent with the outlined approach.
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A Crítica Contemporânea ao Dualismo Metafísico Alma-corpo de René DescartesBORGES, D.G. 02 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-02 / Esta dissertação tem como propósito a investigação a respeito das concepções contemporâneas sobre a mente, usando como referência filosófica René Descartes o pensador que inaugura as inquirições sobre o tema com suas obras Meditações Metafísicas e Tratado das Paixões da Alma. A pesquisa procurou identificar as principais implicações da metafísica cartesiana sobre a filosofia da mente, bem como demonstrar que esta última se constituiu, enquanto área de estudos distinta de outros campos filosóficos, a partir das críticas
em relação ao cartesianismo. Na primeira seção é realizada uma ampla exposição do pensamento de René Descartes, com especial ênfase em suas concepções a respeito da alma (ou mente, em termos contemporâneos). Na segunda, são abordadas as primeiras críticas ao
dualismo, bem como as objeções contidas nos trabalhos de Gilbert Ryle e Daniel Dennett. Na terceira seção são apresentadas abordagens não-dualistas e não-eliminativistas, tendo como
foco os posicionamentos de John Searle e António Damásio. Concluiu-se que filosofia da mente seguiu um desenvolvimento linear, gradual, e, de certo modo, inevitável neste último caso, tendo em vista principalmente a forma como se originou a partir das categorias postuladas inicialmente por Descartes. Adicionalmente, foi possível concluir que o caminho de maior sucesso e com mais amplo potencial para o avanço das ciências cognitivas reside na união entre dados empíricos e conhecimento filosófico, de forma semelhante à metodologia empregada por Damásio.
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O problema da identidade pessoal na filosofia da mente contemporânea: uma abordagem auto-organizativaReino, Thaisa de Albuquerque [UNESP] 05 May 2011 (has links) (PDF)
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reino_ta_me_mar.pdf: 446504 bytes, checksum: 3ea85a1d43dd5fc6cfd5f7fa3436a87c (MD5) / Esta dissertação tem como objetivo a análise do problema da identidade pessoal no âmbito da Filosofia da Mente contemporânea. Uma versão do problema da identidade pessoal pode ser assim formulada: será realmente possível que uma pessoa permaneça a mesma ao longo do tempo, a despeito das várias e constantes transformações biológicas, psicológicas e sócio-culturais às que estará sujeita ao longo de sua vida? Como, dadas as mudanças, poderia haver identidade de algo de um momento a outro, e em que consistiria esta identidade? Alguns teóricos da chamada tradição clássica propõem soluções para o problema da identidade da pessoa a partir de uma perspectiva dualista, considerando a identidade pessoal um fator adicional de caráter absoluto não suscetível a mudanças. A identidade pessoal residiria na mente ou substância pensante, imaterial, cujas interações com o corpo, porém, nunca foram satisfatoriamente esclarecidas pelos defensores desta abordagem. Contrapondo-se à essa vertente filosófica, abordagens naturalistas consideram a pessoa em sua unidade fundamental, ou seja, a pessoa é considerada em sua organicidade, com suas características biológicas e culturais, não se colocando mais o problema da interação causal mente/corpo. Nesse contexto, porém, o problema da identidade pessoal se (re) coloca, pois como pensar a permanência ou a continuidade de uma identidade da pessoa durante sua vida em face à impermanência e a dinamicidade do organismo? Buscaremos mostrar que uma abordagem naturalista embasada na Sistêmica, bem como na Teoria da Autoorganização, pode oferecer um aporte teórico adequado para investigar o problema da identidade pessoal de forma a enfrentar algumas das dificuldades apontadas sob uma nova ótica / The objective of this dissertation is to analyze the problem of personal identity from the perspective of contemporary Philosophy of Mind. One version of the problem of personal identity may be formulated thus: Is it really possible that a person can remain the same with the passage of time, despite a constant lifetime exposure to various biological, psychological, and socio-cultural transformations? Given these changes, how can identity remain the same from one moment to another, and of what does it consist? Theoreticians from the so-called classical tradition propose solutions to the problem of the identity of a person from a dualist perspective, considering personal identity to be an additional factor that is absolute and not susceptible to change. Personal identity should reside in the mind, or thinking substance; however, the interactions of this substance with the body have never been satisfactorily clarified by the supporters of this theory. Adopting a different philosophical position, naturalist approaches consider the person as an organic unity, including characteristics that are biological and cultural, avoiding the problem of a causal mind/body interaction. Nonetheless, in this context the problem of personal identity (re)emerges, since how is it possible to justify the permanence, or continuity, of the identity of the person throughout life, faced with the impermanence and dynamicity of the organism? We shall try to show that a naturalist approach, rooted in Systemics as well as in the Theory of Self-Organization, may offer a suitable theoretical framework to investigate the problem of personal identity, considering some of the difficulties from a new angle
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O problema da identidade pessoal na filosofia da mente contemporânea: uma abordagem auto-organizativa /Reino, Thaisa de Albuquerque. January 2011 (has links)
Orientador: Mariana Cláudia Broens / Banca: João de Fernandes Teixeira / Banca: Maria Eunice Quilici Gonzalez / Resumo: Esta dissertação tem como objetivo a análise do problema da identidade pessoal no âmbito da Filosofia da Mente contemporânea. Uma versão do problema da identidade pessoal pode ser assim formulada: será realmente possível que uma pessoa permaneça a mesma ao longo do tempo, a despeito das várias e constantes transformações biológicas, psicológicas e sócio-culturais às que estará sujeita ao longo de sua vida? Como, dadas as mudanças, poderia haver identidade de algo de um momento a outro, e em que consistiria esta identidade? Alguns teóricos da chamada tradição clássica propõem soluções para o problema da identidade da pessoa a partir de uma perspectiva dualista, considerando a identidade pessoal um fator adicional de caráter absoluto não suscetível a mudanças. A identidade pessoal residiria na mente ou substância pensante, imaterial, cujas interações com o corpo, porém, nunca foram satisfatoriamente esclarecidas pelos defensores desta abordagem. Contrapondo-se à essa vertente filosófica, abordagens naturalistas consideram a pessoa em sua unidade fundamental, ou seja, a pessoa é considerada em sua organicidade, com suas características biológicas e culturais, não se colocando mais o problema da interação causal mente/corpo. Nesse contexto, porém, o problema da identidade pessoal se (re) coloca, pois como pensar a permanência ou a continuidade de uma identidade da pessoa durante sua vida em face à impermanência e a dinamicidade do organismo? Buscaremos mostrar que uma abordagem naturalista embasada na Sistêmica, bem como na Teoria da Autoorganização, pode oferecer um aporte teórico adequado para investigar o problema da identidade pessoal de forma a enfrentar algumas das dificuldades apontadas sob uma nova ótica / Abstract: The objective of this dissertation is to analyze the problem of personal identity from the perspective of contemporary Philosophy of Mind. One version of the problem of personal identity may be formulated thus: Is it really possible that a person can remain the same with the passage of time, despite a constant lifetime exposure to various biological, psychological, and socio-cultural transformations? Given these changes, how can identity remain the same from one moment to another, and of what does it consist? Theoreticians from the so-called classical tradition propose solutions to the problem of the identity of a person from a dualist perspective, considering personal identity to be an additional factor that is absolute and not susceptible to change. Personal identity should reside in the mind, or thinking substance; however, the interactions of this substance with the body have never been satisfactorily clarified by the supporters of this theory. Adopting a different philosophical position, naturalist approaches consider the person as an organic unity, including characteristics that are biological and cultural, avoiding the problem of a causal mind/body interaction. Nonetheless, in this context the problem of personal identity (re)emerges, since how is it possible to justify the permanence, or continuity, of the identity of the person throughout life, faced with the impermanence and dynamicity of the organism? We shall try to show that a naturalist approach, rooted in Systemics as well as in the Theory of Self-Organization, may offer a suitable theoretical framework to investigate the problem of personal identity, considering some of the difficulties from a new angle / Mestre
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Um contraste entre as teorias cognitivas da consciência de Baars e Dennett : o espaço de trabalho global seria um teatro cartesiano? /Leite, Samuel de Castro Bellini. January 2013 (has links)
Orientador: Alfredo Pereira Júnior / Banca: Leonardo Ferreira Almada / Banca: Maria Eunice Quilici Gonzalez / Resumo: Este trabalho tem como objetivo geral realizar um contraste entre duas teorias cognitivas da consciência, a Teoria do Espaço de Trabalho Global de Bernard Baars (1988) e o Modelo de Esboços Múltiplos de Daniel Dennett (1991). Apesar de Dennett demonstrar apreciação pela Teoria do Espaço de Trabalho Global, sua teoria não aparenta ser muito compatível com a mesma. O objetivo específico deste trabalho é de verificar esta compatibilidade perguntando se as criticas de Dennett ao Teatro Cartesiano atingem a Teoria do Espaço de Trabalho Global. O primeiro capítulo expõe a visão de Dennett sobre como a consciência evoluiu, em contraste com a visão baseada na Teoria do Espaço de Trabalho Global. Para a primeira, a cultura e a linguagem possuem um papel central na origem da consciência, para a segunda a consciência tem principalmente uma origem biológica. No segundo capítulo, ambas as teorias da consciência são expostas, comentadas e criticadas. O terceiro capítulo realiza um contraste entre as duas teorias e analisa as implicações do conceito de Teatro Cartesiano para a Teoria do Espaço de Trabalho Global. Argumentamos que o conceito do Teatro Cartesiano é vago, e através de uma análise cautelosa encontramos 10 requisitos para uma teoria não se enquadrar em um Teatro Cartesiano, através das palavras de Dennett. Verificamos que a Teoria do Espaço de Trabalho Global preenche alguns desses requisitos. Por fim, através de uma exploração das análises de Todd (2009), concluímos que as críticas principais de Dennett a alguns aspectos do Teatro Cartesiano são fracas. Dessa forma, as críticas ao Teatro Cartesiano não são uma ameaça para a Teoria do Espaço de Trabalho Global / Abstract: This work has as its main goal a contrast of two renowned cognitive theories of consciousness, Bernard Baars' (1988) Global Workspace Theory and Daniel Dennett's (1991) Multiple Drafts. Although Dennett shows some appreciation to the Global Workspace Theory, his own Multiple Drafts Model does not seem very compatible with it. The specific goal of this work is to verify such compatibility by asking if the Global Workspace Theory suffers from Daniel Dennett's criticism of the Cartesian Theater. The first chapter exposes Dennett's perspective on the evolution of consciousness, in contrast to the view based on The Global Workspace Theory. The former understands that language and culture play a central role in the origin of consciousness; the latter understands consciousness has mainly a biological origin. In the second chapter, both theories of consciousness are exposed and reviewed. The third chapter focuses on a contrast of the two theories and some implications of the Cartesian Theater. Also, we noted that the concept of a Cartesian Theater is vague, and through a rigorous analysis, 10 requisites for a theory to evade the Cartesian Theater, following Dennett's words, were identified. The Global Workspace Theory was shown to meet a few of these requisites. Finally, making use of Todd's (2009) analyses, we concluded that Dennett's main critics to some aspects of the Cartesian Theater are weak. So it follows that the criticism to the Cartesian Theater does not pose serious problems for the Global Workspace Theory / Mestre
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O problema da identidade pessoal analisado a partir de uma perspectiva filosófico-interdisciplinar /Souza, Renata Silva. January 2017 (has links)
Orientadora: Maria Eunice Quilici Gonzalez / Banca: Mariana Cláudia Broens / Banca: Ivo Assad Ibri / Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar o problema da identidade pessoal em uma perspectiva filosófico-interdisciplinar. O problema da identidade pessoal consiste na dificuldade de se estabelecer critérios que possibilitem (ou não) a identificação de características constantes de um indivíduo, como sendo o mesmo, apesar das inúmeras mudanças a que é suscetível ao longo da vida. Analisaremos o problema da identidade pessoal empregando recursos da filosofia da mente, da Teoria dos Sistemas Complexos (TSC) e da filosofia da informação, os quais sustentam o eixo interdisciplinar de nossa pesquisa. Na perspectiva da TSC, ênfase é dada ao modo pelo qual as partes de um sistema interagem entre si em diferentes escalas. Os conceitos de auto-organização, emergência e de complexidade, centrais à TSC, servirão como recursos de investigação do problema da identidade pessoal. Analisaremos, como um estudo de caso, possíveis implicações de modificações corporais concebidas pelos defensores do projeto transhumanista de aprimoramento humano radical. Com a análise dos pressupostos filosóficos subjacentes ao projeto transhumanista, pretendemos ilustrar aspectos da pesquisa filosófico-interdisciplinar na investigação do problema da identidade pessoal. / Abstract: The aim of this work is to investigate the problem of personal identity from a philosophicalinterdisciplinary perspective. The problem of personal identity concerns the difficulty of establishing criteria that allows (or not) the identification of constant characteristics of an individual that remains the same despite the many changes that occur throughout his/her life. We will address this problem by employing resources available from the areas of Philosophy of Mind, Complex Systems Theory (CST), and Philosophy of Information (this emphasizes the interdisciplinary nature of the proposed research). From the perspective of CST, emphasis is given to the ways in which different parts of a system interact with each other at various levels. The concepts of self-organization, emergence, and complexity, which are central to CST, can be of assistance in the investigation the problem of personal identity. We will analyze, as a case study, possible implications of bodily modifications conceived by proponents of the transhumanist project of radical human enhancement.Using an analysis of the philosophical criteria on which the transhumanist project is founded, we intend to illustrate ways in which aspects of philosophical and interdisciplinary research can be used to investigate the problem of personal identity / Mestre
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As contribuições da ciência cognitiva à composição musical /Oliveira, Luis Felipe de. January 2003 (has links)
Orientador: Edson Sekeff Zampronha / Banca: Maria Eunice Quilici Gonzalez / Banca: João Queiroz / Resumo: O objetivo desta dissertação é realizar um detalhado mapeamento das principais vertentes da ciência cognitiva e suas contribuições metodológicas e epistemológicas ao estudo da composição musical. Será enfocada, em primeiro plano, a contribuição às técnicas de composição e, em segundo, à sua percepção. O primeiro capítulo aborda o paradigma cognitivista no estudo da mente pelo viés da inteligência artificial. No segundo capítulo relacionamos a inteligência artificial com a composição musical, no intúito de investigar os modelos cognitivistas da composição pela análise de sistemas automáticos de composição musical. O terceiro capítulo introduz as redes neurais artificias no estudo da mente, dentro do chamado paradigma conexionista. Em nosso quarto capítulo estabelecemos a relação entre o conexionismo e a composição musical. Nesse sentido, descrevemos implementações que modelem e/ou simulem aspectos perceptuais e composicionais. O quinto capítulo abandona a perspectiva computacional do estudo da cognição e apresenta propostas alternativas neste sentido, relacionadas à composição musical e a musicologia em geral, como a abordagem ecológica da percepção auditiva e as teorias do emergentismo aplicadas à música. / Abstract: This dissertation's goal is to construct a detailed map of the principal branches of cognitive science and their methodological and epistemological contributions to the study music composition. We are concerned, firstly, with the contributions to the compositional techniques, and secondly, with their perception. The first chapter deals with the cognitivist paradigm by means of artificial intelligence. In the second chapter we relate the artificial intelligence with the music composition, investigating the cognitvist models of composition by the analysis of automatic compositional systems. The third chapter brings the artificial neural networks to the scene, within the so-called connectionist paradigm. In our fourth chapter we established the relation between the connectionism and music composition. In this sense, we describe implementations that model and/or simulate aspects of perception and composition. The fifth chapter leaves the computational perspective in the study of cognition and present alternative proposals in this sense, related to the music composition and musicology, as the ecological approach to auditory perception and the theories of emergentism applied to music. / Mestre
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