[pt] O objeto desta dissertação é a escrita feminina, conceito
que se aplica
tanto a escritoras quanto a escritores. Demonstramos como
as marcas desta
escrita estão expressas na obra de Lygia Fagundes Telles e
também em textos
tanto de autoria feminina quanto masculina. O conceito
escrita feminina
engloba tanto a visão psicanalítica, no que se refere a
experiências primordiais
expressas no discurso literário, quanto a abordagem
temática, que mostra como
o olhar feminino difere do masculino no tratamento dado às
personagens
femininas, que tornam-se o foco da narrativa. Por outro
lado, o pensamento
pós-moderno ajuda a crítica feminista a fazer uma releitura
das obras literárias.
Nesse contexto, o feminino emerge como o lugar da diferença
e a escrita
feminina torna-se revolucionária enquanto potência
discursiva, contrapondo-se
à ordem vigente e possibilitando a emergência de uma voz
até pouco tempo
silenciada: a voz do universo feminino. Trata-se ainda de
uma questão de
linguagem, pois para falar sobre o novo é preciso uma nova
linguagem. Por
outro lado, a mudança no modo de pensar o feminino
produziu, no mundo real,
um padrão de comportamento libertário, que na década de 70
teve como
símbolo a atriz Leila Diniz. / [en] The subject of this essay is feminine writing, a concept
that can be
applied to both female and male writers. We demonstrate how
the
characteristics of this writing are expressed in Lygia
Fagundes Telles s work
and also in other texts by female and male writers. The
concept of feminine
writing encompasses not only the psychoanalytic approach to
the primordial
experiences expressed in the literary discourse, but also
the thematic
perspective that shows how the female approach is different
from the masculine
in dealing with female characters, responsible for the
point of view of the
narrative. Also, postmodern thinking helps feminist
criticism to reread literary
works. In this context, the feminine emerges as the place
of difference, and
feminine writing becomes revolutionary as discursive
potency, opposing the
status quo and allowing the emergence of a voice that was
previously silent: the
voice of the feminine universe. This is also a question of
language, because the
new discourse demands a new language. Changes in ways of
dealing the
feminine have produced, in the real world, a pattern of
libertarian behavior
symbolized in the 1970s by the actress Leila Diniz.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:5234 |
Date | 30 July 2004 |
Creators | MARIA JEANINE DE MIRANDA SALVATERRA |
Contributors | ELIANA LUCIA MADUREIRA YUNES GARCIA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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