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A ictiologia na Amazônia brasileira de Diogo Nunes (1538) a Landi (1772): a visão dos viajantes e naturalistas que trataram de sua ictiofauna durante este período

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Previous issue date: 2003 / Este trabalho visou reunir e disponibilizar informações sobre a ictiofauna da Amazônia segundo vários escritos do século XVI ao XVII. Consultaram-se, fontes documentais de várias bibliotecas e arquivos, e dos documentos selecionados procedeu-se à identificação taxonômica das espécies neles referidas. Também se fizeram observações com base nas referências textuais e iconográficas disponíveis, de forma a acrescentar informações consideradas de relevância zoológica. Constatou-se que, devido à definição então vigente do conceito de "peixe", um estudo da ictiologia do período precisaria incluir também informações sobre espécies de outros táxons aquáticos que não agnatos, elasmobrânquios e teleósteos. No início do período colonial, a idéia de peixe era generalizada simplesmente como pescado, e não havia muita preocupação em inventariar a ictiofauna do Novo Mundo. Mais tarde, alguns dos visitantes da região puseram-se a descrever e ilustrar a ictiofauna de maneira mais específica: nessa fase em que se dava mais detalhamento às espécies de peixes destacavam-se o texto atribuído ao Fr. Cristóvão de Lisboa (1625- 1631), o códice do arquiteto Antonio Giuseppe Landi (1772) e principalmente o manuscrito do Pe. João Daniel (1758-1776) — o qual se revelou um pioneiro do movimento conservacionista da Amazônia. Os visitantes que vieram à região careciam, no geral, de formação acadêmica específica e, servindo a funções várias alheias à Ciência, não seguiam uma metodologia que se pudesse chamar de científica. Devido ao fato de seus manuscritos não terem sido divulgados ou sequer impressos, por vários motivos, o conhecimento neles produzido não foi cumulativo ou analítico, e não teve influência significativa no desenvolvimento da Ictiologia. Por outro lado, os naturalistas que efetivamente não estiveram na Amazônia puderam trazer uma contribuição de maior impacto, consolidando o conhecimento obtido através principalmente da obra de Georg Marcgrave (1648) e de exemplares coletados nas possessões holandesas da América do Sul, e incluindo-o num grande sistema classificatório que mais tarde despertaria o interesse de outros cientistas em conhecer a ictiofauna amazônica. / This paper aimed at gathering and making available information on the Amazonian ichthyfauna according to several writings of the 16th to the 17th century. Documental sources from many libraries and archives were consulted, and the species mentioned in the selected documents were taxonomically identified. Also, observations based on available textual and iconographical references were made so as to add zoologically relevant information. It was realized that, due to the then prevailing definition of the concept of "fish", a study of ichthyology in that period must include also data on species belonging to taxa other than lampreys, hagfishes, elasmobranchs and teleosts. At the beginning ot the colonial period, the concept of fish was simply generalized as meaning fishery resources, and there was no much interest in drafting checklists of the New World fish fauna. Later, some of the incoming visitors. set themselves to describe and illustrate the fish fauna more specifically: in this phase when fish species were described in fuller detail, three works are outstanding: the text attributed to Fr. Cristóvão de Lisboa (1625-1631), the codex by Antonio Giuseppe Landi (1772) and especially the manuscript by Fr. João Daniel (1758-1776) who was found to be a pioneer of conservationism in Amazonia. Overall, the visitors who carne to the region lacked a specific academie background and, as they served to various tasks other than Science, they did not follow a methodology that could be called scientific. Because their manuscripts were not made public or even printed, for several reasons, the knowledge they produced was not cumulative, let alone analytical, and had no significant influence on the development of Ichthyology. On the other hand, naturalists who in fact did not come to Amasonia could make a stronger contribution, by consolidating the knowledge obtained from mainly the work of Georg Marcgrave (1648) and from specimens collected in Dutch colonies in South America, and by including it in a great classification system that would later rekindle the interest of other scientists in studying the Amazonian fish fauna.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/4201
Date January 2003
CreatorsPEREIRA, Rodolfo Fernando Moraes
ContributorsPAPAVERO, Nelson
PublisherUniversidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Programa de Pós-Graduação em Zoologia, UFPA, MPEG, Brasil, Instituto de Ciências Biológicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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