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Do espaço: uma interpretação fenomenológico-existencial a partir de Ser e tempo, de Heidegger / From space: a phenomenological-existential interpretation from Being and time, from Heidegger

Submitted by Marilene Donadel (marilene.donadel@unioeste.br) on 2018-09-26T17:17:16Z
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Previous issue date: 2018-06-28 / This dissertation aims to analyze how the philosophy of Martin Heidegger brings real contribution to the thinking that considers space from the phenomenological-existential bases. His work is in direct conflict with the traditional understanding brought by regional ontologies and empirical sciences (especially the Geography that defines it by means of physical dimensions, by the way it is used by the man who inhabits it, attributing to it uses and values ). Although in the course of his work the philosopher recognizes the coherence of such definitions, his contribution focuses on showing that space is to be understood primarily as a constitutive experience of human existence in the face of its being-there situation (Dasein) . The methodology adopted was based on bibliographical research in Being and Time (1927), in commentators and other authors, allowing to present the considerations of this dissertation in two parts. In the first one, important concepts appear that allowed to situate the proposed study in relation to Being and time, understanding the Heideggerian project and the necessary course so that it was possible to put the question for the being, or rather, for the sense of being that was trivialized by tradition, as well as the subsidies necessary for an appropriated understanding of space. In the second part, we discussed how space was treated in the light of the understandings made possible by Heidegger's existential phenomenology. For this, it was necessary a reconstruction of the concept of space, objectively treated by the regional ontologies, especially, by the Geography that took it for itself when separating itself from the Philosophy in the course of century XIX when it was constituted like autonomous science, however, still requires aid of philosophers to weave their conceptual bases, which justifies the elaboration of this dissertation in which the important contributions of Heidegger were presented. Among the results obtained, we can emphasize that being-there is an open project whose only determination is its possibility of being. Space, while spatiality is a constitutive moment of being-there, being experienced phenomenally, opening itself to the multiple possibilities of being, that is, it is the field of play of being-in-the-world that has always been abruptly launched , without there being determinations, but possibilities to execute its existential project and to delineate the very meaning of its existence. Space is regarded as constitutive of the world; however, being-there and world can not be understood as two distinct entities, as if they were one within the other, as proposed in Geography, but as a single ontological unit that is clearly expressed in the term being-in-the-world. It is concluded, therefore, that before we think of a merely utilitarian space, integrated into a globalized network and / or configured by capital, it is necessary to recognize that it will be in existentially experienced ("lived") space that the being-there is understood , in the average everyday life "appears" along with other beings-there and intramundane beings, establishing certain behaviors in relation to those who come to meet them, appropriating themselves ontologically of the world and constituting new fields of meaning for their being. / Esta dissertação tem por objetivo analisar como a filosofia de Martin Heidegger traz real contributo ao pensamento que considera o espaço a partir de bases fenomenológico-existenciais. Sua obra trava um embate direto com a compreensão tradicional trazida pelas ontologias regionais e ciências empíricas (especialmente, a Geografia que o define por meio de dimensões físicas, pelo modo como é utilizado/ocupado pelo homem que nele habita, atribuindo-lhe usos e valores). Embora ao longo de sua obra o filósofo reconheça a coerência de tais definições, sua contribuição centra-se em mostrar que o espaço deve ser compreendido, primariamente, como uma experiência constitutiva da existência humana em face de sua situação de ser-aí (Dasein). A metodologia adotada baseou-se em pesquisa bibliográfica em Ser e tempo (1927), em comentadores e outros autores, permitindo apresentar as considerações dessa dissertação em duas partes. Na primeira, aparecem importantes conceitos que permitiram situar o estudo proposto em relação a Ser e tempo, compreendendo o projeto heideggeriano e o percurso necessário para que fosse possível recolocar a pergunta pelo ser, ou melhor, pelo sentido do ser que fora trivializado pela tradição, assim como, os subsídios necessários para uma compreensão reapropriada de espaço. Na segunda parte, discutiu-se sobre o modo como o espaço foi tratado à luz das compreensões possibilitadas pela fenomenologia-existencial de Heidegger. Para isso, foi necessária uma reconstrução do conceito de espaço, tratado objetivamente pelas ontologias regionais, especialmente, pela Geografia que o tomou para si ao separar-se da Filosofia no decorrer do século XIX quando se constituiu como ciência autônoma, entretanto, ainda requer auxílio de filósofos para tecer suas bases conceituais, o que justifica a elaboração dessa dissertação na qual foram apresentadas as importantes contribuições de Heidegger. Dentre os resultados obtidos, podemos ressaltar que ser-aí é um projeto aberto cuja única determinação é sua possibilidade de poder ser. O espaço, enquanto espacialidade é um momento constitutivo do ser-aí, sendo experimentado fenomenalmente, se abrindo para as múltiplas possibilidades do existir, ou seja, é o campo de jogo do ser-no-mundo que desde sempre e de forma abrupta é lançado, sem que hajam determinações, mas possibilidades para executar seu projeto existencial e delinear o próprio sentido de sua existência. O espaço é apontado como constitutivo do mundo, entretanto, ser-aí e mundo não podem ser compreendidos como dois entes distintos, como se estivessem um dentro do outro, como é proposto na Geografia, mas, como uma única unidade ontológica que é claramente expressa no termo ser-no-mundo. Concluí-se, portanto, que antes de pensarmos em um espaço meramente utilitário, integrado a uma rede globalizada e/ou configurado pelo capital, é preciso reconhecer que será no espaço vivenciado existencialmente (“vivido”), que o ser-aí se compreende, na cotidianidade mediana “aparece” junto com outros seres-aí e entes intramundanos, estabelecendo determinados comportamentos em relação àqueles que vêm ao seu encontro, apropriando-se ontologicamente do mundo e constituindo novos campos de sentido para seu ser.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/3952
Date28 June 2018
CreatorsMorais, Maria Lucivane de Oliveira
ContributorsKahlmeyer Mertens, Roberto Saraiva, Kahlmeyer Mertens, Roberto Saraiva, Pádua, Lígia Teresa Saramago, Cardoso Neto, Libânio
PublisherUniversidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, -2624803687637593200, 500, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UNIOESTE, Brasil, Centro de Ciências Humanas e Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-8305327606432166393, 600, 600, 600, 6640233372697234262, -672352020940167053

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