Nouvelle et importante discipline juridique, le droit de l’environnement protège des intérêts collectifs essentiels à la survie de l’espèce humaine. Marqué par la mondialisation, la transversalité et l'influence des sciences dures,particulièrement touché par l'inflation législative,ce droit qui évolue dans la complexité, a trouvé sa place dans les constitutions française et brésilienne. Son application représente un vrai défi pour les juristes, y compris pour les juges. En effet, si le principe d'intégration invite à la prise en compte de l'environnement dans toutes les décisions publiques, c'est aussi le juge qui est invité à exercer un rôle essentiel pour la protection de l'environnement. Dans un tel cadre,émerge l'idée de spécialiser les juridictions environnementales. Vue comme une solution au problème de la complexité – et aussi de l'encombrement de la justice – la spécialisation des juridictions aurait effectivement certains avantages, surtout celui de permettre la familiarisation des juges aux spécificités qui caractérisent ce droit particulier. Mais en termes de spécialisation organique, les difficultés demeurent : la compétence environnementale est difficile à délimiter et certaines formes de spécialisation – qui ne semblent pas compatibles avec les caractéristiques des systèmes français et brésilien – risquent d'entraîner l'isolement de la discipline. La formation environnementale des juges, qui peut être vue comme un mécanisme de spécialisation subjective, apparaît comme une voie nécessaire pour faire évoluer l'application du droit de l'environnement par le juge. / Environmental law is a new and important legal subject which protects collective interests essential do the maintenance of human life. It is marked by globalization and mainstreaming, it is influenced by science and specially by the legislative inflation. Such right,which evolves in complexity, found a place in the French and Brazilian Constitutions. Guaranteeing its application is a real challenge for lawyers and also judges. Certainly, if the integration principle calls for the consideration of the environmental impact in all public decisions, so is the judge also invited to play an essential role in the protection of the environment. In this context the idea of specializing environmental jurisdiction arises. Since it is seen as a solution to the problem of complexity – but also a way to fight the heavy workload faced by judges – the specialization would effectively have certain advantages,allowing the familiarization of specialists to the specific marking of such as a very particular right. However, regarding organic specialization,there are still certain difficulties that remain,such as: the environmental competence that is difficult to define and certain forms of specialization – which seem to differ from the Brazilian and French systems – are in risk of being isolated within the subject. The environmental training of judges, which may also be seen as a subjective specialization, thus appears as a necessary way to the evolution of the application of the environmental law by the judge. / Nova e importante disciplina jurídica, o direito ambiental protege interesses coletivos essenciais à manutenção da vida humana. Marcado pela mundialização e transversalidade, influenciado pela ciência, particularmente marcado pela inflação legislativa, este direito, que evolui na complexidade, encontrou lugar nas constituições francesa e brasileira. Sua aplicação representa um verdadeiro desafio para os juristas, inclusive juízes. Com efeito, se o princípio da integração convida à consideração do impacto ambiental em todas as decisões públicas, o juiz também é convidado a exercer um papel essencial para a proteção do meio ambiente. Neste quadro, surge a ideia de especializar a jurisdição ambiental. Vista como uma solução ao problema da complexidade – mas também como uma forma de lutar contra a sobrecarga de trabalho enfrentada pela justiça – efetivamente a especialização teria certas vantagens, principalmente a de permitir a familiarização dos especialistas às especificidades que marcam este direito tão particular. Mas em termos de especialização orgânica, restam certas dificuldades: a competência ambiental é difícil a delimitar e certas formas de especialização – que não parecem compatíveis com as características dos sistemas francês e brasileiro – riscam levar ao isolamento da disciplina. A formação ambiental dos juízes, que pode ser vista como uma forma de especialização subjetiva, aparece assim como uma via necessária à evolução da aplicação do direito ambiental pelo juiz.
Identifer | oai:union.ndltd.org:theses.fr/2016SACLS396 |
Date | 07 November 2016 |
Creators | Laydner, Patricia |
Contributors | Université Paris-Saclay (ComUE), Fonbaustier, Laurent |
Source Sets | Dépôt national des thèses électroniques françaises |
Language | French |
Detected Language | French |
Type | Electronic Thesis or Dissertation, Text |
Page generated in 0.003 seconds