Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, 2011. / Submitted by Rafael Barcelos Santos (rafabarcelosdf@hotmail.com) on 2011-06-20T17:27:29Z
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2011_TiagodeAguiarRodrigues.pdf: 31722553 bytes, checksum: 1fbcc77df2c6b71424ec0731fe887a23 (MD5) / O conteúdo "regência verbal" tem sido trabalhado sistematicamente em sala de aula como uma simples repetição de regras. Para convencer os alunos a estudar regência, o professor os ensina a decorar uma lista infinda de verbos, com o argumento de que isso é necessário para obter sucesso nos concursos e vestibulares. Regência torna-se, então, sinônimo de decoreba, uma vez que, afora concursos e vestibulares, parece não ter outra finalidade. Assim, consolida-se um abismo entre a teoria escolar e a prática estudantil, pois a primeira não traz conhecimentos linguísticos que sejam úteis à segunda. Esse ensino dogmático separa as lições de regência verbal do seu principal escopo: ser mais um aporte que conduza a um “desempenho mais seguro e confortável na atividade de interação linguística” (Neves, 2010). Para mudar esse quadro, é preciso extrapolar os limites da análise sintática tradicional/formal e inserir às discussões de regência aspectos semânticos e pragmáticos. Luft (2008) já defendia que a semântica está no centro da relação verbo-complemento e, por isso, não pode ser desprezada nessa discussão. O presente trabalho propõe, então, debater a regência verbal sob um olhar do funcionalismo-tipológico norte-americano (GIVÓN (1984), HOPPER E THOMPSON (1980), NEVES (2010), CUNHA (2009), entre outros) e da semântica cognitiva (LAKOFF & JOHNSON (1987), OLIVEIRA (2006), CANÇADO (2008), entre outros), os quais estudam a língua como um instrumento de comunicação e interação social, pragmaticamente motivada e constituída. Estudar a regência verbal a partir desses olhares implica investigar a maneira por que o falante organiza a relação entre os argumentos que completam o verbo e de que modo essa relação reflete sua visão sobre o mundo e sua intenção comunicativa. O primeiro objetivo deste trabalho é entender a relação semântica existente entre alguns verbos ditos problemáticos pelos estudos tradicionais e os termos por eles regidos, principalmente no que tange à ausência/ à presença de determinadas preposições. O segundo objetivo é demonstrar que o trabalho de regência verbal em sala de aula, sob uma perspectiva funcional-cognitiva, faz que o aluno pense as relações gramaticais da língua como algo motivado, e não apenas como uma simples decoreba. Defendemos ainda que a abordagem funcional-cognitiva em sala de aula traz inúmeras contribuições ao ensino, entre elas, uma reflexão sobre a relação conhecimento linguístico/ conhecimento de mundo, que está diretamente ligada à regência verbal. Por essa razão, usamos a sala de aula como suporte para esta pesquisa. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The content “verbal regency” has been systematically worked in classroom as a simple repetition of rules. To convince students to study regency, teacher instructs them to memorize an endless list of verbs, arguing that it is necessary for success in contests and vestibular. Regency becomes, then, a synonymous of memorization, since, apart from contests and university entrance exams, it seems to have no other purpose. Thus, it is consolidated a chasm between school theory and student practice, because the first does not bring language skills that are useful to the second. This dogmatic teaching separates the lessons of verbal regency of its main goal: to be one more contribution leading to a "more secure and comfortable performance on the activity of linguistic interaction" (NEVES, 2010). To change this frame, we must extrapolate the boundaries of traditional/ formal syntactic analysis and insert to discussions of regency semantic and pragmatic aspects. Luft (2008) has argued that semantics is at the center of relationship verb-complement and therefore cannot be disregarded in this discussion. This work proposes then discuss the verbal regency under the American typological-funcionalism (GIVÓN (1984), HOPPER AND THOMPSON (1980), NEVES (2010), CUNHA (2009), among others) and cognitive semantics view (LAKOFF & JOHNSON (1987), OLIVEIRA (2001), CANÇADO (2008), among others), which study the language as a tool for communication and social interaction, pragmatically motivated and constituted. Studying verbal regency from these perspectives involves investigating the way in which speaker organizes the relationship between arguments that complete the verb and how this relationship reflects his world vision and his communicative intent. The first objective of this study is to understand the semantic relationship between said problematic verbs by some verbs traditional studies and the terms governed by them, especially regarding the absence/presence of certain prepositions. The second objective is to demonstrate that the work of verbal regency in classroom, under a functional-cognitive perspective, makes students think that the grammatical relations of language as something motivated, and not just as a simple memorization. We also advocate that the functional-cognitive approach in the classroom brings many contributions to education, among them, a reflection on the relationship between language knowledge/world‟s knowledge, which is directly linked to verbal regency. For this reason, we use the classroom as a support for this research.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/8609 |
Date | 07 February 2011 |
Creators | Rodrigues, Tiago de Aguiar |
Contributors | Gomes, Dioney Moreira |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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