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Aldeinha: mas onde é mesmo a aldeia? - organização social e territorialidade

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Previous issue date: 2010-06-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Terena group descended from the linguistic group / Txan, Tribe Guana initially
divided into several sub-tribes, originating in the Chaco region, some of which crossed the
Rio Paraguay in the century XVIII, being located by the missionaries on the banks of the
Rio Miranda century XIX. Terena people inhabit the states of Mato Grosso, Mato Grosso
and Sao Paulo, the first, the site currently where most of the villages are located in the
municipalities of Aquidauana, Miranda, Paraguayans, Two Brothers Buriti, Dourados,
Anastasios, Sidrolândia and Rock, with an approximate population of 23,000 individuals
today. During the mid-nineteenth century and the beginning of this, many are the forms of
involvement of Terena Indians and non-indigenous society. The non-indigenous
institutions in most cases acted to integrate the Terena national society. Reflecting the
pessimism with which indigenous peoples were seen until recently as the speech of an
observer of the Terena community of the nineteenth century: There is much to be expected of the Indians. The various tribes of Guanas
who inhabit the districts of Miranda and Albuquerque has the valuable services
and living as they live among us, it is assumed that the new generations will be
more restáveis and will soon merge with the masses of the population (Carvalho, 1979, p.43)
We intend to analyze the process that produced the alternatives and strategies that
allowed the survival of the Terena people and the continuity of their cultural reproduction.
What was the history of this people, in particular, for the recovery of their territory,
recovery of their language and ethnic affirmation? How did the incorporation of mixed
race to the fostering of their population growth? How is intercultural between the religious
(the figure of the transition koixomuneti to the priest / pastor), health (natural medicine to
allopathic medicine, midwife to the hospital), language (oral culture to written culture - in
school and the church)? Markedly institutions of "friction" between indigenous culture and
non-indigenous culture are the church and school. The church in the period from the village
(from the first decade of this century) to the present day presented in villages divided into
several "appropriations" of Christianity: Catholicism, Protestantism and traditional
Pentecostal. We want to better understand the reasons set out in the collective memory to
"simulate" these changes in order to "know" the other (outsider), and thus circumvent the
"integrationist" goal of the organ, the traditional, with two objectives: reducing
discrimination and survive as ethnicity. Darci Ribeiro in the preface of the book "From the
Indian Bugre" by Roberto Cardoso de Oliveira, recommends the group studies in
advanced degree of integration for the contribution they can make in dealing with problems
of survival of tribal people . Perhaps by noticing the nuance differentiated integration with
the surrounding society that people were experiencing. For Carmen Junqueira talking
about the unexpected resistance of indigenous peoples regarding the process of integration
brought by the surrounding society, said: synchronic analysis, coupled with the selection
of data that reinforce the vision of society as a stable structure prevented the backlog of
these events, by sometimes ambiguous pointing to the change . Thus, students of Indian
issue concluded "erroneously that indigenous societies were out of history, losing to the
weaving of history . In this work we show that the company Terena is a multifaceted
process that can not be properly called "integration", as their way of life is based on a
tangle of traditions handed down through generations, which has the sense of community
built on the daily lives of family relationships. So we can think of a compromise between
the flat space (represented by the tradition) and the striated space (integration process
promoted by the state), as proposed by Deleuze and Guattari. (1997, p.25) / Os Terena descendem do grupo linguístico Aruak/Txané, da Tribo Guaná
(inicialmente dividida em várias sub-tribos), e são originários da região do Chaco. Algumas
destas tribos atravessaram o Rio Paraguai no século XVIII e dentre elas os Terena foram
localizados pelos missionários às margens do Rio Miranda no séc. XIX. O Povo Terena
habita os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo, sendo o primeiro, o
local onde a maior parte de suas aldeias estão situadas atualmente, nos municípios de
Aquidauana, Miranda, Nioaque, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Anastácio, Sidrolândia e
Rochedo, com uma população aproximada de 23.000 indivíduos. Durante meados do
século passado e início deste, muitas foram as formas de envolvimento entre indígenas
Terena e a sociedade não indígena. As instituições não indígenas, na maior parte das vezes,
atuaram no sentido de integrar o Terena à sociedade nacional. O pessimismo com o qual as
sociedades indígenas eram observadas até recentemente reflete-se na fala de um observador
da comunidade Terena, do século XIX:
... Não há muito o que se esperar dos índios. As diversas tribos de Guanás que
habitam os distritos de Miranda e Albuquerque já nos prestam valiosos serviços
e vivendo, como vivem, entre nós, é de presumir-se que as novas gerações serão
mais restáveis e não tardarão fundir-se nas massas da população... (Carvalho,
1979, p.43)
Pretendemos analisar o processo que produziu as alternativas e estratégias que
permitiram a sobrevivência do povo Terena e a continuidade de sua reprodução cultural.
Qual foi a trajetória deste povo, em específico, no sentido da recuperação de seu território,
valorização de sua língua e afirmação étnica? Como se deu a incorporação dos mestiços
para a fomentação de seu crescimento demográfico? Como se dá a interculturalidade entre
os conceitos religiosos (transição da figura do koixomuneti para a do padre/pastor), de
saúde (medicina natural para a alopática; parteira para o hospital), de linguagem (cultura
oral para cultura escrita na escola e na igreja)? As instituições marcadamente de fricção
entre cultura indígena e cultura não indígena são a igreja e a escola. A igreja, no período
que vai do aldeamento (a partir da primeira década deste século) até os dias atuais,
apresentou-se nas aldeias divididas em várias apropriações de cristianismo: catolicismo,
protestantismo tradicional e pentecostal. Pretendemos conhecer melhor os motivos fixados
na memória coletiva para simular estas transformações a fim de conhecer o outro (não
índio), e, assim, burlar o integracionismo , objetivo dos órgãos indigenistas, com duplo
objetivo: diminuir a discriminação e sobreviver enquanto etnia. Darci Ribeiro, no prefácio
da obra Do Índio ao Bugre , de Roberto Cardoso de Oliveira, recomenda: os estudos de
grupos em grau avançado de integração pela contribuição que podem dar no tratamento
de problemas de sobrevivência da populações tribais , talvez por perceber a nuance
diferenciada de integração com a sociedade envolvente que estes povos estavam
vivenciando. Carmem Junqueira, falando sobre a resistência não esperada dos povos
indígenas frente ao processo de integração impetrado pela sociedade envolvente, afirma que
análises sincrônicas, conjugada à seleção de dados que reforçam a visão da sociedade
como estrutura estável impediu o registro acumulado desses acontecimentos, por vezes
ambíguos que apontavam para a mudança . Desta forma, os estudiosos da questão
indígena concluíram erroneamente que as sociedades indígenas estavam fora da História,
perdendo-se o tecer de sua história . Neste trabalho, procuramos demonstrar que a
sociedade Terena se encontra num processo diferenciado que não pode ser denominado
propriamente de integração , já que seu modo de viver está baseado em um emaranhado
de tradições passadas através das gerações, que tem o sentimento de pertencimento
construído no cotidiano das relações de parentesco. Assim, podemos pensar em um meio termo
entre o espaço liso (representado pelas tradições) e o espaço estriado (do processo de
integração promovido pelo Estado), como proposto por Deleuze e Guattari. (1997, p.25)

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/3247
Date17 June 2010
CreatorsSouza, Sandra Cristina de
ContributorsRangel, Lucia Helena Vitali
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP, BR, Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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