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Efeitos decorrentes do uso de duchas higienicas sobre a microflora vaginal de mulheres profissionais do sexo

Orientadores: Paulo Cesar Giraldo, Ana Katherine S. Gonçalves / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-08T15:31:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: Objetivo: Verificar se o uso de duchas higiênicas íntimas (DHI) pode interferir na microbiota vaginal de mulheres profissionais do sexo. Sujeitos e Métodos: Estudo de corte transversal realizado durante seis meses verificou o risco de 155 mulheres profissionais do sexo (PS), usuárias e não usuárias de DHI, apresentarem flora vaginal alterada e/ou vaginose bacteriana. As PS foram atendidas em centro de saúde (CS) localizado em zona de prostituição no município de Campinas, São Paulo, e agrupadas em usuárias e não usuárias de duchas higiênicas íntimas para análise da microbiota vaginal. A anamnese determinou os perfis sociodemográfico e sexual destas mulheres que procuraram o CS por diferentes motivos. O conteúdo vaginal foi coletado com swab estéril de Dacron e disposto em duas lâminas de vidro que foram coradas por técnica de Gram. A caracterização da microbiota vaginal pelos critérios de AMSEL adaptado foi realizada por microscopia óptica com lente de imersão. Análises univariável, bivariável com testes de qui-quadrado e exato de Fisher, além de regressão múltipla variável (stepwise) demonstraram o poder de associação entre as variáveis. Resultados: A média de idade, a etnia branca, a escolaridade básica e hábito de fumar encontrados respectivamente nas 94 usuárias e nas 61 não usuárias de DHI foram de 25,5 (± 6,2) vs. 26,0 (± 6,8)anos (p=ns), 48,9% vs. 47,5% (p=ns), 60,6% vs. 45% (p=ns) e 41,5% vs. 49,2% (p=ns) dos casos. Não houve diferença no uso regular de condom com seus parceiros sexuais fixos. Apenas o uso de lubrificantes vaginais foi significativamente maior nas usuárias de DHI (63,8%) que nas não usuárias (36,1%), p=0,0007. As prevalências de flora vaginal alterada, vaginose bacteriana, candidíase, tricomoníase e vaginose citolítica foram de 75,48%; 50,96%; 5,1%; 0,64% e 1,9%, respectivamente. Não houve diferenças significativas destas prevalências quando foram analisados estes achados entre as usuárias e não usuárias de DHI (78,7% vs. 70,5%, ns), (47,9% vs. 55,7%, ns), (5,3% vs. 4,9%, ns), (0 vs. 1,6%, ns) e (1,1% vs. 3,3%, ns). A análise de regressão múltipla tipo stepwise não identificou qualquer risco aumentado de ter flora vaginal alterada ou de vaginose bacteriana em mulheres usuárias de DHI. Conclusão: O uso de DHI não aumentou o risco de flora vaginal alterada e/ou de vaginose bacteriana em mulheres PS. Palavras-chave: profissionais do sexo, duchas higiênicas íntimas, microbiota vaginal, vaginose bacteriana, candidíase vaginal / Abstract: Aims: Verify if vaginal douching (VD) can cause vaginal flora imbalance in Female Sex Workers (FSW). Patients and Methods: A cross sectional study, carried out for six months, analysed the risk of vaginal flora imbalance and/or vaginal bacteriosis due to vaginal douching in 155 FSW. The FSW were seen at a public outpatient in a prostitution area in the city of Campinas, the state of São Paulo, Brazil. The vaginal douching (VD) users and non-users made up the two groups for vaginal microbiological analysis. The social-demographic and sexual profile of these women, who were seen for different reasons, was checked by anamnesis. Vaginal content was collected using a sterile Dacron Swab and placed on two glass slides that were stained using Gram technique. Adapted AMSEL criteria characterized the vaginal flora using optic microscope with immersion lens. Univariate, bivariate statistical analyses with X2 and exact Fisher tests apart from multiple variate regression (Stepwise) analysis determined the association between variables. Results: Mean age, white ethnicity, level of schooling and the habit of smoking analysed in the 94 users and 61 non-users of VD respectively were 25.5 (± 6.2) vs. 26.0 (± 6.8) years (p=ns), 48.9% vs. 47.5% (p=ns), 60.6% vs. 45% (p=ns) and 41.5% vs. 49.2% (p=ns) of the cases. There was no difference in the regular use of condoms with their steady sexual partners. Only the use of vaginal lubricant was significantly higher in the VD users (63.8%) than in the non-users (36.1%); p=0.0007. General prevalence of abnormal flora, bacterial vaginosis, candidiasis, trichomoniasis and cytolitic vaginosis was 75.48%, 50.96%, 5.1%, 0.64% and 1.9% respectively. There were no significant differences when analysing the findings between users and non-users of VD (78.7% vs. 70.5%; ns); (47.9% vs. 55.7%; ns); (5.3% vs. 4.9%; ns); (0 vs. 1.6% ns) and (1.1% vs. 3.3%; ns). Stepwise multiple regression analysis did not identify any increased risk of altered vaginal flora or bacterial vaginosis in VD users. Conclusion: The use of VD did not increase the risk of vaginal flora imbalance and/or bacterial vaginosis in FSW / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Tocoginecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311581
Date28 February 2007
CreatorsAmaral, Rose Luce Gomes do
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Gonçalves, Ana Katherine da Silveira, Giraldo, Paulo César, 1956-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format59 f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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