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Aço e suor pelo açúcar e em nome do progresso : 1ª Seção da Recife São Francisco Railway (Pernambuco, 1852-1859)

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Previous issue date: 2017-08-24 / With the Decree n. 1,030, dated August 7, 1852, an imperial concession authorized the
construction of a railroad in the province of Pernambuco, to be undertaken by Recife and São Francisco Railway Company. The norm established an interest guarantee policy; allowed the acquisition of goods free of tax incidents; predicted the expropriation of lands; prohibited the use of slave labor; exempted from recruitment and granted exemption from military service to those working on the railroad. Under the cover of the discourse of progress and of the Nation, the actions of man on nature and on man himself were highlighted, changing social political conditions and the cartography of the region at the time, even in the face of the perpetuation of slavery and the elements constitutive of sugar plantations – big lands (latifundio), forced labor and monoculture aimed at exports. Politicians, investors, engineers and workers have integrated these public-private dynamics, analyzed from the parliamentary debates of normative authorization, to the construction and operation of the 1st section of the railway. Built 31.5 km, the first section was inaugurated and shortened the trajectory between Cinco Pontas (Recife) and Cabo village. There was diversity and
precariousness of the formal statutes of the workers, among them recruits and deserters,
who opened paths, beating sleepers and fixing rails of that road. Emperor Dom Pedro II,
after experiencing the road, on December 1, 1859, pointed out in his diary the impressions of the landscape, the engineer in chief, the workers and the workshops. It was from these various alterations and artifacts left in historical records that this dissertation analyzed the state and private dynamics of railroad construction. The role of the state in the productive logic of capital relief was examined and the trajectories of engineers were studied, and a plexus of workers of varying conditions was analyzed in the open interval that had been drawn between not free and technically free work, a sample of the work history and its patterns of exploitation. / Através do Decreto n. 1.030, de 07 d agosto de 1852, uma concessão imperial autorizou a construção de uma estrada de ferro na Província de Pernambuco, que seria empreendida pela Recife and São Francisco Railway Company. A norma fixou política de garantia de juros; permitiu a aquisição de bens livres de incidências tributárias; previu a desapropriação de terras; vedou a utilização de trabalhadores escravos; isentou do recrutamento e concedeu dispensa do serviço militar àqueles que trabalhassem na ferrovia. Sob o manto do discurso do progresso e da Nação, destacaram-se as ações do homem sobre a natureza e sobre o próprio homem, alterando condições políticas, sociais e a própria cartografia da região à época, mesmo diante da perpetuação da escravidão e dos elementos constitutivos da plantation açucareira – latifúndio, trabalho forçado e monocultura voltada à exportação. Políticos, investidores, engenheiros e trabalhadores integraram essas dinâmicas público-privadas, analisadas desde os debates parlamentares de autorização normativa, passando pela construção e funcionamento da 1ª seção da estrada de ferro. Construídos 31,5 km, a 1ª seção foi inaugurada e abreviou a trajetória entre Cinco Pontas (Recife) e vila do Cabo. Verificou-se diversidade e precariedade dos estatutos formais dos trabalhadores, dentre eles recrutas e desertores, que abriram
caminhos, bateram dormentes e firmaram trilhos daquela ferrovia. O Imperador Dom Pedro II, após experimentar a estrada, em 01 de dezembro de 1859, apontou em seu diário as impressões da paisagem, do engenheiro em chefe, dos trabalhadores e das oficinas. Foi a partir dessas várias alterações e artefatos deixados em registros históricos que esta dissertação analisou as dinâmicas estatais e privadas de construção da ferrovia. Verificou-se o papel do Estado na lógica produtiva de desoneração do capital e estudouse
trajetórias de engenheiros e analisou-se um plexo de trabalhadores de condições variadas no intervalo aberto que se desenhara entre o trabalho não livre e o tecnicamente livre, compondo-se uma amostra da história do trabalho e dos seus padrões de exploração.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2:tede2/7118
Date24 August 2017
CreatorsSANTOS, Renata Conceição Nóbrega
ContributorsBORBA, Vicentina Maria Ramires, DABAT, Chistine Paulette Yves Rufino, MIRANDA, Humberto da Silva
PublisherUniversidade Federal Rural de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura Regional, UFRPE, Brasil, Departamento de História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE, instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco, instacron:UFRPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation2842174349731852959, 600, 600, 600, 1686574110831741672, -3840921936332040591

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