Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:12:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / O treinamento intervalado (TI), permitindo o atingimento de pelo menos 90% do VO2max durante o exercício (t90%VO2max), tem se mostrado uma excelente opção para se obter adaptações centrais e periféricas bem como a melhoria de performance, sendo uma estratégia muito eficiente em relação ao tempo de realização do exercício (~20 minutos) quando comparada ao treinamento contínuo. As diferentes estratégias de distribuição da intensidade de exercício (Constante (C), Início Lento (IL) e Início Rápido (IR)) têm apresentado diferentes resultados quando se verifica seus efeitos no t90%VO2max em exercícios realizados até a exaustão. Com isso, o objetivo do presente estudo foi investigar as respostas fisiológicas agudas das diferentes estratégias de distribuição da intensidade de exercício durante sessões de TI em cicloergômetro. Participaram deste estudo 10 sujeitos fisicamente ativos do sexo masculino (idade: 27,6 ± 5,0 anos; massa corporal: 80,2 ± 14,1 kg; estatura: 178,8 ± 5,8 cm; VO2max: 48,4 ± 8,1 ml.kg.min-1), que foram submetidos a um teste incremental submáximo para a determinação do limiar de lactato (LL) e em seguida a um teste incremental máximo de rampa para a determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e da potência pico (Ppico). Em outras três visitas ao laboratório, com um intervalo mínimo de 72 horas entre elas, os indivíduos realizaram randomicamente três sessões de TI compostas por 8 repetições de 1 minuto com diferentes formas de distribuição da intensidade de exercício, intercaladas por 1 minuto de recuperação ativa à 80% do LL, sendo as estratégias de distribuição da intensidade utilizadas: 1) C: cada intervalo de trabalho com carga constante à 100% da Ppico; 2) IL: carga incremental, tendo cada repetição uma carga inicial de 90% da Ppico aumentando linearmente até atingir 110% da Ppico; 3) IR: carga decremental, sendo cada repetição com carga inicial de da 110% Ppico diminuindo linearmente até atingir da 90% Ppico. Para comparação das variáveis foi utilizada a análise de variância (ANOVA) one-way e two-way de medidas repetidas. Adotou-se um nível de significância de p = 0,05. Não foram encontradas diferenças significantes entre os modelos de distribuição da intensidade de exercício no tempo de permanência acima de 90%VO2max (C: 274 ± 132 s; IL: 313 ± 102 s; e IR: 310 ± 113 s) e 90% da frequência cardíaca máxima (FCmax) (C: 396 ± 180 s; IL: 390 ± 212 s; e IR: 441 ± 207 s), bem como para o total de VO2 consumido na sessão (C = 31,02 ± 4,66 L; IL = 30,13 ± 5,22 L; IR = 31,04 ± 4,67 L). Os valores médios relativos ao VO2max (C: 82,4 ± 3,7 %; IL: 84,7 ± 3,7 %; e IR: 83,2 ± 3,6 %) e à FCmax (C: 87,9 ± 3,5 %; IL: 88,0 ± 4,1 %; e IR: 89,0 ± 3,9 %) de cada sessão, os valores de concentração de lactato sanguíneo (C: 10,1 ± 1,5 mmol.L-1 e 13,7 ± 1,6 mmol.L-1; IL: 9,8 ± 2,0 mmol.L-1 e 13,3 ± 1,7 mmol.L-1; e IR: 9,9 ± 1,9 mmol.L-1 e 13,5 ± 2,3 mmol.L-1) coletadas após o 5º intervalo de trabalho e ao final de cada sessão respectivamente, e a percepção subjetiva de esforço (C: 7 ± 1; IL 7 ± 1; IR: 7 ± 1), também não apresentaram diferenças entre os modelos de treino. Além disso, foi observado um padrão de comportamento diferente no VO2 para cada modelo de treino testado (VO2pico estatisticamente igual ao VO2max: C: 5º intervalo de trabalho; IL: 3º intervalo de trabalho; IR: 4º intervalo de trabalho). Com base nos resultados encontrados, pode-se concluir que as respostas fisiológicas acontecem na mesma magnitude independente da forma como a carga é distribuída durante sessões de TI. No entanto, os modelos com variação na distribuição da carga (IL e IR) parecem ter apresentado uma cinética de VO2 acelerada em relação ao modelo C. Apesar disso, conclui-se que para a realização de sessões de TI com o mesmo trabalho total, independente de como a carga externa é empregada, a carga interna é a mesma.<br> / Abstract : The interval training (IT), allowing the achievement of at least 90% of VO2max during exercise (t90%VO2max), has proven to be an excellent option to obtain central and peripheral adaptations as well as improving performance and a very effective time-efficient strategy (~20 minutes) when compared to continuous training. The pacing strategies in exercise intensity (even-start (ES) slow-start (SS) and fast-start (FS)) have shown different results on the t90%VO2max during exercises performed to exhaustion. Thus, the objective of this study was to investigate the acute physiological responses of different pacing strategies in exercise intensity during IT cycling sessions. The study included 10 physically active male subjects (age: 27.6 ± 5.0 years; body mass: 80.2 ± 14.1 kg, height: 178.8 ± 5.8 cm; VO2max: 48.4 ± 8.1 ml.kg.min-1), which underwent a submaximal incremental test to determine the lactate threshold (LT) and then to a maximal incremental test ramp for the determination of maximal oxygen uptake (VO2max) and peak power (Ppeak). In other three visits to the laboratory, with a minimum interval of 72 hours between them, subjects randomly underwent three sessions of IT composed of 8 repetitions of 1 minute with different forms of pacing strategies in exercise intensity, interspersed with 1 minute active recovery to 80% of LT, and the pacing strategies used: 1) ES: each work bout with constant load of 100% of Ppeak; 2) SS: incremental load, each having repeating an initial load of 90% of Ppeak increases linearly up to 110% of Ppeak; 3) FS: decremental load, each repetition with initial load of 110% of Ppeak decreasing linearly up to 90% of Ppeak. To compare the variables we used analysis of variance (ANOVA) one-way and two-way repeated measures. Adopted a significance level of p = 0.05. There were no significant differences between the pacing strategies of exercise intensity on t90%VO2max (ES: 274 ± 132 s, SS: 313 ± 102 s, and FS: 310 ± 113 s) and 90% of maximal heart rate (HRmax) (ES: 396 ± 180 s, SS: 390 ± 212 s, and FS: 441 ± 207 s), as well as for the total VO2 consumed in each IT session (ES = 31.02 ± 4.66 L; SS = 30.13 ± 5.22 L; FS = 31.04 ± 4.67 L). The average values for the VO2max (ES 82.4 ± 3.7 %; SS: 84.7 ± 3.7 %, and FS: 83.2 ± 3.6 %) and HRmax (ES: 87.9 ± 3.5 %; SS: 88.0 ± 4.1 %, and FS: 89.0 ± 3.9 %) of each IT session, the blood lactate concentration values (ES: 10.1 ± 1.5 mmol.L-1 and 13.7 ± 1.6 mmol.L-1, SS: 9.8 ± 2.0 mmol.L-1 and 13.3 ± 1.7 mmol.L-1, and FS: 9.9 ± 1.9 mmol.L-1 and 13.5 ± 2.3 mmol.L-1) collected after the 5th work bout and the end of each session respectively, and the perceived exertion (ES: 7 ± 1, SS 7 ± 1; FS: 7 ± 1), also no showed differences between IT sessions. Moreover, a different pattern of behavior was observed at VO2 tested for each IT session (VO2peak statistically equal to VO2max: ES: 5th interval work; SS: 3 work bout; FS: 4th work bout). Based on these results, we can conclude that physiological responses occur in the same magnitude regardless of how the load is distributed over IT sessions. However, the models varying in load distribution (SL and FS) appear to have shown an accelerated kinetics VO2 from the model ES. Nevertheless, it was concluded that for the realization of IT sessions with the same total work, regardless of how the external load is used, the internal charge is the same.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/167701 |
Date | January 2016 |
Creators | Wommer, Daiane |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Guglielmo, Luiz Guilherme Antonacci |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 88 p.| il., grafs., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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