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Vida loka também ama

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:36:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Este trabalho parte de pressupostos condensados na expressão "VIDA LOKA TAMBÉM AMA" problematizando certos mitos produzidos a respeito dos jovens pobres, buscando para isso uma aproximação dos jovens, moradores de uma comunidade pobre da cidade de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina. Esta aproximação tem como intuito principal o conhecimento de seus estilos de vida, sua sociabilidade, bem como os mitos produzidos a seu respeito. Para isto foi importante um levantamento teórico das compreensões a respeito da juventude, partindo do aparecimento desta como preocupação sociológica, para, enfim, compreender os modos como os jovens tem sido tematizados na atualidade. Além de autores considerados pioneiros nos estudos sobre a juventude essa compreensão ancorou-se, de modo especial, em estudiosos contemporâneos como Machado Pais, Mário Margulis, Helena Abramo e Marília Spósito. A partir de então buscou se fundamentos teóricos para a compreensão dos estilos de vida, da sociabilidade juvenil e os mitos, especificamente o mito da periculosidade juvenil, com destaque para autores como Dubet, Michel Maffesoli, Coimbra e Nascimento, Pais, Spósito, Bauman e Abramo. Por entender que a Mídia exerce papel importante na criação e manutenção dos mitos a respeito dos jovens, buscou-se estudos específicos sobre o tema, para dialogar com o levantamento de noticias publicadas em um jornal local durante o ano de 2006, sobre as comunidades pobres da cidade, assim como sobre adolescentes e jovens na mesma condição. Por fim, para a coleta de material informativo a respeito do quotidiano juvenil, foram importantes as observações inspiradas nas práticas do flaneur apresentadas por João do Rio, assim como o reencontro com anotações pessoais realizadas durante anos e que, para este estudo foram organizadas, optando-se então pelas anotações referentes ao ano de 2006. Esses procedimentos permitem dizer que Vida loka é um estilo de vida com muitas variações e que é compartilhado pelos milhões de jovens brasileiros que moram em favelas,comunidades pobres, e que partilham, além da situação de pobreza, uma relação conflituosa com os demais estratos sociais, um mundo de símbolos, falas, músicas, etc., ou seja, vida loka não é geração espontânea, mas necessita de uma série de fatores para se fazer presente na cena. Estou entendendo então, que existem certos costumes que conferem significado à vidaloka. Tais costumes passam pela cotidianidade das linguagens e sentimentos, dos fazeres, dos modos de se vestir, das preferências musicais, dos modos de relacionar-se entre si e com o mundo apontando características especificas de suasociabilidade.<br> / Abstract : This work comes from assumptions which are condensed on the expression "CRAZY LIFE ALSO LOVES" problematizing certain myths created about the poor young, looking for an approach of the young, dwellers of a poor community in the City of Florianópolis, capital of the State of Santa Catarina. This approach is mainly intended to know their lifestyle, their sociability, as well as the created myths concerning them. To that, a theoretical survey of the understandings about the young was important, starting from the emergence of this sociological concern, to finally comprehend the ways how the young are thematized nowadays. In addition to authors considered pioneers in the studies about the young, this understanding was specially supported by contemporary scholars such as Machado Paris, Mário Margulis, Helena Abramo e Marília Spósito. Thereafter, theoretical foundations were sought to the comprehension of lifestyle, youthful sociability and myths, particularly the myth of juvenile dangerousness, with emphasis on authors as Dubet, Michel Maffesoli, Coimbra e Nascimento, Pais, Spósito, Bauman e Abramo. Understanding that the media plays an important role in the creation and maintenance of the myths about the young, specific studies about the theme, to dialogue with the survey of news published in a local newspaper throughout the year of 2006, about the poor communities of the city, as well as about teenagers and the young in the same condition. Lastly, to collect the information about the young quotidian, the observation inspired by the practices of flaneur presented by João do Rio as well as personal notes taken over years and which were organized to this study, opting so for the notes related to 2006. These procedures allow to say that vida loka is a lifestyle with many variations and that it is shared by million Brazilian young which live in slums (poor communities) and who have in common, besides the poverty, a conflictual relationship with the other social strata, a world of symbols, words, songs etc., in other words, vida loka is not spontaneous generation, but needs a number of factors to be present on the scene. So, I am understanding that exist certain costumes that confer meaning to vida loka. Such costumes are in the everydayness of language and feelings, of doings, of the ways of dressing, of musical preferences, of the way of relating to themselves and to the world pointing specific features of their sociability.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/129020
Date January 2014
CreatorsLima, Donizeti José de
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Durand, Olga Celestina da Silva
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format151 p. | il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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