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Comparação dos resultados da setorectomia lateral esquerda pela técnica convencional e minimamente invasiva: revisão sistemática e metanálise / Laparoscopic vs. open left lateral sectionectomy: a systematic review and meta-analysis of randomized and non-randomized controlled trials

Introdução: A setorectomia lateral esquerda (SLE) é uma das ressecções hepáticas em que a cirurgia minimamente invasiva tem maior aplicabilidade, sendo considerada um procedimento exequível e passível de padronização técnica. Apesar da crescente aceitação da SLE laparoscópica, o corpo de evidência que suporta a segurança do método, bem como os potenciais benefícios em relação à abordagem convencional são, na sua maioria, provenientes de estudos retrospectivos com número limitado de pacientes. Apenas recentemente, estudos populacionais com grande número de pacientes e estudos randomizados foram publicados acerca do tema. No entanto, estes novos dados não foram avaliados adequadamente por meio de revisão sistemática e metanálise. Desta forma, ainda há carência de evidência de melhor qualidade que possa comprovar os reais benefícios do método. Método: Foi realizada revisão sistemática da literatura nas bases de dados Medline, EMBASE, Cochrane Library Central e LILACS. A data limite de busca foi 31 de dezembro de 2017. Foram incluídos estudos comparativos (retrospectivos e prospectivos) que comparassem os resultados perioperatórios de pacientes submetidos à SLE minimamente invasiva e convencional. Foram excluídos estudos com pacientes submetidos à SLE para doação de fígado. Os desfechos estudados foram taxa de conversão, tempo operatório, perda sanguínea, taxa de transfusão, tempo de internação, morbidade e mortalidade perioperatória (até 90 dias). Resultados: Foram avaliados inicialmente 2.838 artigos, sendo 23 estudos incluídos na metanálise (21 observacionais e 2 randomizados), totalizando 3.415 pacientes. A taxa de conversão foi de 7,4%. Os pacientes submetidos à SLE laparoscópica apresentaram menor perda sanguínea (diferença de médias [DM]=-119,81ml; IC95% -127,90 a -111,72; p < 0,00001; I2=32%; n=618), menor taxa de transfusão (4,1% vs. 10,1%; diferença de risco [DR]=-0,06; IC95% -0,08 a -0,05; p < 0,00001; I2=13%; n=2.968) e menor tempo de internação (DM=-2,02 dias; IC95% -2,15 a -1,89; p < 0,00001; I2=77%; n=3.160). Observou-se ainda diminuição marginal na frequência de complicações (21,4% vs. 27,5%; DR=-0,03; IC95% -0,06 a 0,00; p=0,05; I2=0%; n=3.268) e mortalidade perioperatória (0,3% vs. 1,5%; DR=-0,01; IC95% -0,02 a 0,00; p=0,01; I2=0%, n=3.332) nos pacientes submetidos à cirurgia minimamente invasiva. Não houve diferença quanto ao tempo operatório, complicações biliares, cardíacas e pulmonares entre os grupos. Conclusão: As evidências atuais suportam a abordagem minimamente invasiva como via de acesso padrão para SLE, sendo um procedimento exequível, seguro e associado à redução da perda sanguínea, menor taxa de transfusão e menor tempo de internação hospitalar / Introduction: Left lateral sectionectomy (LLS) is considered a safe and straightforward procedure that can be standardized. Despite increasingly performed, studies comparing laparoscopic and open LLS are mostly retrospective with underpowered sample size. Recently, population-based studies and prospective trials brought new data, however this new evidence was not evaluated in a systematic review and meta-analysis. Therefore, a high quality evidence of the actual benefits of minimally invasive LLS is still lacking. Methods: A systematic review until 31st December 2017 was performed in Medline, EMBASE, Cochrane Library Central and LILACS. Randomized and observational studies comparing perioperative results between laparoscopic and open LLS were included. Studies with patients submitted to LLS for living donation were excluded. Treatment outcomes, including conversion rate, estimated blood loss, transfusion rate, operative time, hospital stay, morbidity and mortality (up to 90th day) were evaluated. Results: A total of 2,838 articles were initially evaluated, and 23 studies (21 observational and 2 randomized trials) were included in the meta-analysis (3,415 patients). The conversion rate was 7.4%. Patients submitted to laparoscopic LLS showed lower blood loss (mean difference [MD]=-119.81ml, 95%CI -127.90 to -111.72, P < 0.00001, I2=32%, N=618), lower transfusion rate (4.1% vs. 10.1%; risk difference [RD]=-0.06, 95%CI -0.08 to -0.05, P < 0.00001, I2=13%, N=2,968), and shorter hospital stay (MD=-2.02 days, 95% CI -2.15 to -1.89, P < 0.00001, I2=77%, N=3,160). Additionally, marginal decrease in overall complications (21.4% vs. 27.5%; RD=-0.03, 95%CI -0.06 to 0.00, P=0.05, I2=0%, N=3,268) and perioperative mortality (0.3% vs. 1.5%; RD=-0.01, 95%CI -0.02 to 0.00, P=0.01, I2=0%; N=3,332) were observed. There was no difference regarding operative time, biliary, cardiac and pulmonary complications between groups. Conclusion: Current evidence supports that laparoscopic LLS is a safe and feasible procedure associated with reduced blood loss, lower transfusion rate and shorter hospital stay. Laparoscopic should be recommended as the gold-standard approach for LLS

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-07052019-151549
Date07 February 2019
CreatorsMacacari, Rodrigo Luiz
ContributorsCoelho, Fabricio Ferreira
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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