Este trabalho procura investigar no livro de contos Bichos (1940), do escritor modernista português Miguel Torga, pseudônimo literário de Adolfo Correia Rocha, a cosmovisão do autor que emerge a temática telúrica (a Natureza) bem como uma série de reflexões acerca da condição humana, a partir das quais traz à tona também uma nova concepção de humanismo. Partimos do princípio de que, nas narrativas, o homem se encontra numa sociedade civilizada, corrompido por valores do seu tempo, distanciado de modo exagerado de sua origem e, para que encontre um sentido para a sua existência, o homem tem de regressar à sua origem (à Natureza, que aparece nos contos dentro de uma perspectiva panteísta). Voltando à origem, por meio do contato com o outro, isto é, com os seres vivos que vivem integrados à natureza, o homem despertará e reaprenderá a usar a sua sensibilidade e passará a harmonizá-la com a razão. Passando, assim, a viver de modo fraterno e equilibrado com todos os seres do universo como forma de suavizar a dureza do trajeto existencial humano, marcado, por exemplo: pela angústia e solidão. Para darmos consistência a este estudo, utilizamos como suporte teórico autores, como Kierkegaard, Sartre e Heidegger; o sociólogo francês Michel Maffesoli; Mikhail Bakhtin; Marc Augé, e outros que contribuem de modo significativo para a análise e discussão do tema. / This study tries to research the storybook Bichos (1940), by the portuguese modernist writer Miguel Torga, literary pseudonym of Adolfo Correia Rocha, the cosmovision of the author who emerges from the land-based theme (Nature) and a series of reflections about the human condition, from which also brings out a new conception of humanism. We depart from the principle that, in the narratives, the man is in a \"civilized\" society, corrupted by the values of his time, away out of proportion to their origin and to find a meaning to his existence, man has to return to his origin (to Nature, which appears in the tales within a pantheistic perspective). Returning to the origin, through contact with one another, that is, living beings who live integrated with nature, man will \"wake up\" and will \"relearn\" to use his sensibility and will bring to his reason. Turning thus to live in a fraternal and balanced with all universe beings as a way to soften the harshness of the human existential path, marked, for example: by anguish and loneliness. To give consistency to this study, we use as theoretical support authors, as Kierkegaard, Heidegger and Sartre; the french sociologist Michel Maffesoli; Mikhail Bakhtin; Marc Augé, and others who contribute significantly for the analysis and discussion of the theme.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-30042010-115629 |
Date | 22 March 2010 |
Creators | Alexandre Emidio Costa |
Contributors | Raquel de Sousa Ribeiro, Lilian Lopondo, Elaine Cristina Prado dos Santos |
Publisher | Universidade de São Paulo, Letras (Literatura Portuguesa), USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0029 seconds