El presente trabajo es un estudio comparativo de los intersticios ideológicos que subyacen en los Quijotes concebidos por Miguel de Cervantes, Alonso Fernández de Avellaneda y Juan Montalvo. El objetivo es determinar los diferentes grados de aceptación o de cuestionamiento hacia las instituciones administradoras del poder que los autores trasuntan en sus obras como efecto del conjunto de sendas representaciones de la sociedad en su compleja conformación seglar y religiosa. Asimismo, se analiza la relación que media entre los distintos acentos ideológicos definidos por los escritores y la caracterización de los personajes medulares de las novelas examinadas. En el Capítulo 1 se revisan conceptos teóricos de base para la contextualización y el cotejo intertextual de las obras, a saber: imitación, verosimilitud, comedia, ideología y perspectivismo. Algunos de los autores que dan fundamento a este acopio teórico son: Spitzer (1982); Pinciano (1998); Aristóteles (1999); van Dijk (1999); Horacio (2002); Close (2005); Althusser (2013); iek (2013), entre otros. El análisis de los textos está dividido en tres partes. En la primera (capítulo 2 - Las posibles motivaciones de Cervantes, Avellaneda y Montalvo), se examinan las motivaciones que probablemente orientaron a los escritores en la construcción de sus respectivas obras. En la segunda (capítulo 3 Don Quijote y la liberación de inculpados), el estudio se concentra en una discusión sobre las variaciones del tema de la liberación de condenados, que figura en los capítulos I, 22 de Cervantes, 8 de Avellaneda y 4 de Montalvo. La tercera parte del análisis (capítulo 4 Entresijos ideológicos en el desenlace) se remite a los aspectos ideológicos que gravitan en la conclusión de las tres novelas (capítulos II, 74 de Cervantes; 36 de Avellaneda; y 60 de Montalvo). Conforme el estudio, los intersticios ideológicos evidencian diferentes grados en la aceptación o cuestionamiento de las instancias de poder. Al tiempo, muestra que la invariación de los personajes ideados por Avellaneda y Montalvo parece ser coherente con la linealidad de sus directrices ideológicas. En Cervantes se advierte lo contrario: dada su preocupación por las complejidades de la naturaleza humana, su ficción no se limita a la conformación de un cuerpo de representaciones sociales prefijas. De ahí que los entresijos narrativos estudiados en su obra se vocalicen de manera menos explícita que en las de sus epígonos. / Este trabalho apresenta um estudo comparativo sobre os interstícios ideológicos que subjazem nos Quixotes concebidos por Miguel de Cervantes, Alonso Fernández de Avellaneda e Juan Montalvo. O objetivo é determinar os diferentes graus de aceitação ou questionamento às instituições administradoras do poder que tais autores transferem a suas obras, como efeito do conjunto de suas representações da sociedade em sua complexa conformação leiga e religiosa. Além disso, será analisada a relação que existe entre os diversos acentos ideológicos definidos pelos escritores e a caracterização das personagens centrais dos romances examinados. O estudo parte da revisão de conceitos de base para a contextualização e cotejo intertextual das obras, tais como: imitação, verossimilhança, comédia, ideologia e perspectivismo, além de determinados princípios consagrados nas preceptivas poéticas neo-aristotélicas. Alguns dos autores que dão fundamento a este referencial teórico são: Spitzer (1982); Pinciano (1998); Aristóteles (1999); van Dijk (1999); Jiménez (2000; 2014); Horacio (2002); Close (2005); Althusser (2013); iek (2013), entre outros. A análise dos textos foi dividida em três momentos. No primeiro (capítulo 2 - Las posibles motivaciones de Cervantes, Avellaneda y Montalvo), buscou-se compreender as motivações que provavelmente orientaram a construção das três obras. No segundo momento (capítulo 3 - Don Quijote y la liberación de inculpados), o estudo se circunscreveu à discussão do tema da libertação de inculpados, que figura nos capítulos I, 22 de Cervantes, 8 de Avellaneda e 4 de Montalvo. O terceiro momento da análise (capítulo 4 - Entresijos ideológicos en el desenlace) se concentra na conclusão das três obras (capítulos II, 74 de Cervantes; 36 de Avellaneda; e 60 de Montalvo) e sua relação com as matrizes ideológicas reconhecíveis nos autores. Conforme o estudo, os interstícios ideológicos evidenciam diferentes graus na aceitação ou no questionamento das instâncias de poder. Paralelamente, mostra que a invariabilidade das personagens concebidas por Avellaneda e Montalvo parece ser coerente com a linearidade de suas diretrizes ideológicas. Em Cervantes se percebe o contrário: devido à sua preocupação com as complexidades da natureza humana, sua ficção não se limita à conformação de um corpo de representações sociais previamente fixadas. Nesse sentido, os interstícios narrativos estudados em sua obra se manifestam de forma menos explícita que nas de seus imitadores.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-24032016-114502 |
Date | 07 December 2015 |
Creators | John Lionel O\'Kuinghttons Rodriguez |
Contributors | Maria Augusta da Costa Vieira, Laura Janina Hosiasson, Lenia Marcia de Medeiros Mongelli, María Dolores Aybar Ramírez, Yara Frateschi Vieira |
Publisher | Universidade de São Paulo, Letras (Língua Espanhola e Literaturas Espanholas e Hispano-Americana), USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Spanish |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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