Esta dissertação estuda, a partir do referencial da psicologia analítica de Jung, um grupo vivencial que utiliza a dramatização espontânea como recurso expressivo. Procura investigar se este instrumento é um facilitador para a exploração da sombra em grupos. Parte da hipótese que, ao dramatizarmos espontaneamente, a sombra tem a possibilidade de adquirir expressão, aproximarse e ser reconhecida pela consciência. Este diálogo entre a esfera consciente e inconsciente estimulado pelo drama improvisado e compartilhado pelo grupo pode permitir a emergência, o desenvolvimento e a estruturação de uma consciência que funcione em alteridade, pois há uma abertura para o reconhecimento daquilo que é diverso em si e no outro, com uma atitude de inclusão deste aspecto. Como método de investigação, há a pesquisa de um ato psicosociodramático no Centro Cultural São Paulo que utiliza a ação dramática espontânea para o desenvolvimento de grupos. É feito o relato de uma vivência e entrevistas com quatro participantes e a diretora dessa atividade procurando identificar, na vivência e nas respostas dos entrevistados, os momentos nos quais a sombra se expressou e quais foram as atitudes então tomadas pela consciência diante desta situação. A fundamentação se dá principalmente através dos conceitos de sombra, persona, complexo, self (grupal) e abordagem simbólica. Apoiada neles os atos de psico-sociodrama são apresentados como rituais criativos importantes para o desenvolvimento da personalidade, ao possibilitarem uma abertura da existência para a realização do self e permitirem que diferentes singularidades coexistam e não se excluam mutuamente, o que faz com que se tornem caminhos possíveis para a estruturação e exploração de uma consciência de alteridade. / This dissertation studies, from the reference of the Analytical Psychology of Jung, an experiential group that uses spontaneous dramatization as an expressive resource. It tries to investigate if this instrument is a facilitator for the exploration of the shadow in groups. It is based on the hypothesis that when we dramatize spontaneously the shadow has the possibility to acquire expression, come closer and be recognized by the consciousness. This dialogue between the consciousness and unconscious sphere, stimulated by the improvised drama and shared by the group, could allow the emergence, development and structuring of a consciousness that works in alterity, because there is an availability to acknowledge what is different in oneself and in the other, with an attitude of inclusion. As a method of investigation, there is the research of a psycho-sociodramatic act at Centro Cultural São Paulo that uses the spontaneous dramatic action for the development of groups. There is the report of an experience and interviews with four participants and the director of this activity, trying to identify in the experience and in the respondents answers, the moments in which the shadow is expressed and what were the attitudes adopted by the consciousness during this situation. The theoretic basis is mainly upon the concepts of shadow, persona, complex, (group) self and symbolic approach. Supported by these concepts, the acts of psycho-sociodrama are presented as creative rituals important for the development of personality, because they make possible an availability of the existence for the realization of the self and they allow that different singularities coexist and are not mutually excluded, which means that they become alternative ways to structure and explore an alterity consciousness.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-11082009-080205 |
Date | 20 March 2009 |
Creators | Quilici, Marcia Alves Iorio |
Contributors | Freitas, Laura Villares de |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
Page generated in 0.0021 seconds