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Agroflorestas e agentes agroflorestais indígenas no Acre

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas / Made available in DSpace on 2012-10-22T21:30:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
241374.pdf: 16131811 bytes, checksum: 178b9e4e20016e4ee96395314a00541c (MD5) / Os Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFIs) são jovens e adultos de todas as etnias indígenas do estado do Acre escolhidos em suas aldeias, para atuarem na implantação de sistemas agroflorestais e na gestão ambiental e territorial de suas terras indígenas, após receber a formação da Comissão Pró-índio do Acre (CPI/AC). Os AAFIs constituem uma nova categoria social nas TIs. Um dos objetivos do trabalho do AAFI é a segurança alimentar e a autonomia indígena. É objetivo deste trabalho descrever os Sistemas Agroflorestais (SAFs) e os roçados da Terra Indígena Kaxinawá do rio Humaitá (TIRH), analisar a atuação dos AAFI nas aldeias e a relação existente entre a formação dos AAFIs e os SAFs. As metodologias utilizadas em campo foram a observação participante e as entrevistas abertas. Assim, a pesquisa foi realizada com dados primários e dados secundários, a partir da sistematização de relatórios da CPI/AC. Os SAFs na TIRH, foram implantados em quintais, capoeiras e roçado de um ano. Nestes SAFs as espécies foram classificadas quanto à origem e percentual nos sistemas. De maneira geral há predominância de espécies nativas (65%) nos diferentes tipos de sistemas agroflorestais na TIRH. Nos quintais agroflorestais encontrou-se o maior número de plantas exóticas, principalmente laranja, que estão incorporados nos sistemas produtivos e alimentares dos indígenas. As espécies encontradas em maior percentagem nos sistemas agroflorestais são: o açaí touceira (Euterpe oleraceae), a graviola (Anona muricato), a laranja (Citrus aurantium), o abacaxi (Ananas comosus), o patoá (Oenocarpus bataua), a pupunha (Bactris gasipaes), o açaí solteiro (Euterpe precatoria), o maracujá (Passiflora sp.), o buriti (Mauritia flexuosa) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum). Observou-se grande interesse na criação de quelônios na TIRH, alimentados com produtos dos SAFs. Os Agentes Agroflorestais Indígenas são considerados pelas lideranças tradicionais, como mensageiros. Os conhecimentos tradicionais são fundamentais nas ações dos AAFIs, que os confrontam e conjugam aos conhecimentos científicos, ou de "fora", transformando-se no que eles chamam de conhecimento híbrido. Assim, pode-se dizer que os atuais SAFs indígenas são reflexo das ações tradicionais e de outras incorporadas recentemente.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/89468
Date January 2006
CreatorsBianchini, Paola Cortez
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Miller, Paul Richard Momsen
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatviii, 112 f.| il., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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