Return to search

Avaliação da sensibilidade a insulina em mulheres obesas na pos-menopausa, com ou sem reposição hormonal combinada por via oral

Orientador : Elza Olga Ana Muscelli Berardi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T23:01:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Souza_IaraChavesPereirade_M.pdf: 857225 bytes, checksum: a62e9451f52f29778242e9e8b2d448db (MD5)
Previous issue date: 2002 / Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da terapia de reposição hormonal, em mulheres na pós-menopausa, sobre o metabolismo dos carboidratos, a composição corporal, o gasto energético e o perfil lipídico. Participaram do estudo 25 mulheres portadoras de sobrepeso ou obesidade, assintomáticas, não diabéticas ou hipertensas e que não faziam uso de medicações que sabidamente alteram o metabolismo da glicose. O grupo foi subdividido em: CASO ¿ formado pelas participantes que faziam uso de reposição hormonal combinada por via oral, na dose de 5 mg/d de acetato de alfamedroxiprogesterona e 0,625 mg/d de estrogênios conjugados continuamente (idade: 55,6 ± 4,3 anos; IMC: 28,9 ± 2,2 kg; n=15) e Controle (CT) - composto por voluntárias que não faziam uso de reposição hormonal (idade: 54,9 ± 3,1 anos; IMC: 29,7 ± 3,7 kg; n=10). A composição corporal foi avaliada através da bioimpedância elétrica e a tolerância à glicose pelo teste de tolerância oral à glicose (75g). O clamp euglicêmico hiperinsulinêmico, com infusão contínua de insulina a 40mU/m2 de superfície corporal, foi usado para investigar a sensibilidade à insulina. Calorimetria indireta foi realizada em jejum e associada ao clamp. Foram ainda avaliados o perfil lipídico, uricemia e leptina sérica em todas as participantes. A composição corporal (massa magra/massa adiposa) foi semelhante nos grupos e observou-se uma tendência a maior circunferência da cintura, usada como índice de centralização da gordura, no grupo CT. Não foram evidenciadas diferenças no perfil lipídico entre os grupos e a uricemia tendeu a ser maior no grupo CT. A leptina, com valores séricos similares nos grupos, foi principalmente relacionada ao IMC e à percentagem de gordura corporal. A resposta glicêmica foi maior no grupo CT do que no CASO (1083 ± 115 vs. 971 ± 120 mmol/l.2h; p=0.04), embora a glicemia de jejum fosse semelhante. Apesar dos valores da insulinemia em jejum e após estímulo com glicose serem mais elevados no grupo controle, a diferença não alcançou significância estatística (p=0,08). Observamos que não houve diferença de sensibilidade à insulina entre os grupos, que comparativamente a estudos prévios foram resistentes à ação insulínica (M value -µmol/kg.min = 21.8 ± 8.4 e 21.1 ± 8.5 em CASO e CT, respectivamente). O gasto energético basal, corrigido pelo peso corporal ou pela massa magra não diferiu entre os grupos e aumentou durante a infusão de insulina, de forma não significativa. O aumento do quociente respiratório durante o período steady state do clamp vs. Período basal foi significativo e similar entre os grupos, assim como a oxidação de glicose. A oxidação protêica não se modificou durante a infusão de insulina, enquanto a redução da oxidação lipídica foi significativa em ambos os grupos. Ocorreram reduções, similares nos 2 grupos, da pressão arterial diastólica e do potássio sérico durante a infusão de insulina. Em regressão linear stepwise verificou-se que a cintura foi o principal determinante da sensibilidade à insulina, que por sua vez foi o principal determinante da insulinemia de jejum e após sobrecarga oral de glicose. Concluímos que, apesar de não haver diferenças significativas entre os grupos em relação à sensibilidade à insulina, verificou-se nas participantes do grupo CT maiores níveis de glicemia em resposta à ingestão de glicose. Desta forma, a reposição hormonal exerceria um papel benéfico no metabolismo da glicose e na distribuição da gordura corporal. Há, no entanto, necessidade de novos estudos, com um maior número de participantes, para confirmar esta hipótese / Abstract: To examine the relationship between insulin sensitivity and hormone replacement therapy in postmenopausal women, twenty-five overweight or obese volunteers were evaluated. Of them, 15 (55.6 ± 4.3 years; BMI: 28.9 ± 2.2 kg.m2) were under hormone replacement therapy (HRT) and 10 (54.9 ± 3.1 years; BMI: 29.7 ± 3.7 kg.m2) were not (CT). None of them was under other therapy known to affect insulin action or secretion and, diabetic and hypertensive patients were excluded. Body composition was measured using bioelectrical impedance. All participants were submitted to an oral glucose tolerance test (75g of glucose) and to evaluation of the lipid profile, leptin and uric acid serum levels. Indirect calorimetry was performed to assess energy expenditure, oxidative and non-oxidative glucose disposal and lipid and protein utilization during insulin clamp. Insulin sensitivity was evaluated in 18 of these women using the euglycemic hyperinsulinemic clamp ¿ insulin infusion of 40mU/ min.m2 for 2 hour. Body composition (fat/free fat mass) was similar, while waist tended to be higher in the control group. Hormone replacement did not influence leptin levels, plasma lipids or fasting plasma glucose while there was a trend to lower serum uric acid levels in the HRT group. Glucose area under the curve in the oral glucose tolerance test was higher in the control group (1083 ± 115 vs. 971 ± 120 mmol/l.2h; p=0.04), while fasting plasma insulin and insulin area under the curve tended to be higher in this group (p=0.08). Insulin sensitivity was similar in both groups: M value (µmol/kg.min) = 21.8 ± 8.4 (HRT) and 21.1 ± 8.5 (CT), as well the oxidative and non-oxidative glucose disposal, lipid oxidation reduction and protein oxidation. M value was inversely associated to BMI, % body fat and mainly to waist. In addition, it was the main determinant of insulin levels at fasting state or after oral glucose load. Energy expenditure normalized to body weight or to free fat mass, in the fasting state and under insulin infusion, was similar in the groups. The glucose induced thermogenesis was not significant, while the respiratory quotient increased significantly during the steady state period of the clamp in both groups. It was observed a decrease in diastolic blood pressure and an increase in the heart rate during the OGTT and during the insulin clamp similar to the groups. Concluding, it is possible that HRT acts on glucose metabolism improving the response to a glucose load, even though it does not improve insulin sensitivity in obese and overweight postmenopausal women. And a high frequency of glucose intolerance with normal fasting plasma glucose was observed in these women. The results suggest that obesity and body fat distribution are the main factors influencing insulin action in the studied group, blunting any possible HRT effect / Mestrado / Mestre em Clinica Medica

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311578
Date30 August 2002
CreatorsSouza, Iara Chaves Pereira de
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Berardi, Elza Olga Ana Muscelli, 1954-, Carvalho, Carla de Oliveira, Alegre, Sarah Monte
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format139p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.016 seconds