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Previous issue date: 2014-12-11 / A ingestão de probióticos tem sido relatada como sendo um dos métodos mais amplamente utilizados para modular a microbiota intestinal. Curiosamente, o diabetes mellitus tipo 2 tem sido associado à disbiose e uma das possíveis vias de reestabelecer a microbiota intestinal saudável é por meio da ingestão regular de probióticos, os quais vem se destacando na indústria alimentícia. Assim, o objetivo deste estudo foi, primeiramente, desenvolver um leite fermentado de origem caprina, saborizado com suco de uva, contendo probióticos e, posteriormente, avaliar o seu efeito metabólico em diabéticos. Leites fermentados contendo ou não bactérias probióticas (Lactobacillus acidophilus La-5 e Bifidobacterium animalis subsp. lactis BB-12) foram submetidos a analises físico-químicas, microbiológicas, sensoriais, além da caracterização nutricional do produto, incluindo atividade antioxidante. O teor de compostos fenólicos totais e atividade antioxidante do leite fermentado contendo probióticos foi maior (p < 0,01) do que o leite fermentado convencional. Observou-se uma maior perda da viabilidade celular para L. acidophilus do que para o B. animalis. No entanto, a viabilidade de todas as bactérias foi adequada (> 106 UFC/ mL) até o 28o dia de armazenamento a 4 oC. Ambos os leites fermentados analisados apresentaram boas características sensoriais, não havendo diferença (p > 0,05) entre os mesmos. Um estudo duplo-cego, randomizado e placebo-controlado, incluindo 50 indivíduos diabéticos, foi desenvolvido posteriormente. Os diabéticos foram divididos em dois grupos, recebendo 120 mL/dia de uma das bebidas durante 6 semanas. Medidas antropométricas, de composição corporal, coleta de sangue e amostras fecais foram obtidos no início e ao final do estudo. A ingestão de leite fermentado contendo probióticos promoveu uma redução (p ≤ 0,05) nos níveis de frutosamina e uma tendência à redução (p = 0,07) nos níveis de hemoglobina glicada. Em ambos os grupos foram observados reduções significativas nos níveis de TNF-α e resistina e a concentração fecal de ácido acético aumentou ao final do estudo, enquanto os níveis de IL-10 foi reduzida (p < 0,001) apenas no grupo controle. Houve diferença significativa entre os grupos em relação às alterações de HbA1c, colesterol total e lipoproteína de baixa densidade. Não houve alterações (p > 0,05) na capacidade antioxidante total e F2-isoprostano. Este estudo desenvolveu uma bebida funcional com boa qualidade em termos de sobrevivência de bactérias e características sensoriais e nutricionais. A ingestão regular da bebida contendo probióticos melhorou o controle glicêmico em diabéticos, no entanto, a ingestão de leite fermentado caprino saborizado com suco de uva, esteve envolvido com outras alterações metabólicas. / The administration of probiotics and prebiotics has been reported to be one of the most widely used approaches to modulate intestinal microbiota. Interestingly, type 2 diabetes has been associated with dysbiosis and one of the possible routes for restore a healthy gut microbiota is by the regular ingestion of probiotics, which has been highlighted in the food industry. The present study aimed, first, to develop a flavored fermented goat milk containing probiotics and assess their metabolic effect in diabetics. Fermented milk with or without probiotic bacteria (Lactobacillus acidophilus La-5 and Bifidobacterium animalis subsp. lactis BB-12) were subjected to physicochemical, microbiological and sensory analysis, besides the nutritional characterization of the product, including antioxidant activity. Total phenolic contents and antioxidant activity of probiotic flavored fermented milk were significantly higher (p < 0.01) than conventional fermented milk. A higher loss in cell viability was observed for L. acidophilus than for the B. animalis. However, the viability of all bacteria was adequate (> 106 cfu/mL) until day 28 of storage. The fermented milk showed good sensory characteristics and no significant sensory preference among the fermented milks was found. A double-blind, randomized, placebo-controlled study including 50 diabetic patients, was developed later. The subjects were divided into two groups, receiving 120 mL/ day one of the fermented milks for 6 weeks. Anthropometric measurements, body composition, fasting blood and faecal samples were taken at baseline and after 6 weeks of intervention. The study demonstrated a significant decrease in fructosamine levels (p ≤ 0.05) and haemoglobin A1c tended to be lower (p = 0.07) in probiotic group. TNF- α and resistin were significantly reduced and faecal acetic acid was increased in both groups after the end of trial, while IL-10 was reduced (p < 0.001) only in the control group. There was a significant difference between groups concerning mean changes of HbA1c, total cholesterol and low-density lipoprotein. No significant changes (p > 0.05) from baseline were detected in plasma total antioxidant status and F2-isoprostane. This study developed a beverage of good quality, in terms of survival of bacteria and sensory and nutritional characteristics. Probiotic flavored fermented milk consumption improved the glycemic control in diabetic subjetcs, however, the intake of flavored fermented goat milk was involved with others metabolic changes.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/9199 |
Date | 11 December 2014 |
Creators | Tonucci, Lívia Bordalo |
Contributors | Santos, Karina Maria Olbrich do, Ribeiro, Sônia Machado Rocha, Oliveira, Leandro Licursi de, Duarte, Hércia Stampini |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | English |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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