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A crítica de MacIntyre à modernidade: liberalismo, individualismo e teorias da justiça

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Previous issue date: 2018-05-15 / Centro Universitário Assunção - UNIFAI / The present thesis aims to discuss A. MacIntyre’s thinking, particularly his moral philosophy and his theory of justice, which rescues the ethics of the virtues of Aristotelian-Thomist inspiration in order to overcome the moral chaos which, according to him, dominates the modern society. He imputes this chaos to Enlightenment´s thinking, which has destroyed a consolidated moral tradition, declaring the independence and autonomy of the individual freed from any authority. The Enlightenment and its heirs (Kant, Hume, and British encyclopedists as their main targets), eliminates the idea of a telos in a human action, as well as relationship between fact and value, and introduces an ethics based on first abstract principles, which are unaware from historical traditions and narratives that is recognized by human groups. The individual has become the great artifact of modernity and individualism it´s dominant ideology. Liberalism is the political-social organization that allows the existence of many modern ethics and these ones are product of French and Industrial Revolutions, which has achieved success thanks to its efficiency and practical results. However, the Liberalism has created an apparently neutral system of laws and rules that regulates conflicts between individuals and classes: any ethical referential has been lost and many moral theories has been emerged in opposition to each other, happened because each one of them reflected different interests and conceptions (among which highlighted the emotivism). MacIntyre presents himself as a great critic of Modernity and its products: Liberalism and Individualism. Concentrating our interest on the problem of inequalities, we show that the Macintyrian proposal for a return to the ethics of virtues (especially those of "recognized dependence" and "fair generosity") and the criterion of merit, applies only to small communities, which by nature are more coercive and controlling, but it doesn’t solve the problem of inequalities in complex societies. We concentrate our efforts in following the evolution of justice concepts since the Middle Age until Rawls and Nozick, which reflects the new vision of the human being as an autonomous individual and as a subject of rights. We conclude that MacIntyre's critique reveals itself as a theoretical analysis of moral disorder in modernity, but not as a political project of transformation, especially since he admits that the attempt to re-establish a community-based society would be "ineffective or disastrous” / A presente tese tem o objetivo de discutir o pensamento de A. MacIntytre, particularmente a sua filosofia moral e a sua teoria da justiça, que resgata a ética das virtudes de inspiração aristotélico-tomista para superar o caos moral que, segundo ele, domina a sociedade moderna. Ele atribui origem desse caos ao pensamento iluminista, que destruiu uma tradição moral consolidada, afirmando a independência e a autonomia do indivíduo liberto de qualquer autoridade. Os iluministas e seus herdeiros (sendo Kant, Hume e os enciclopedistas britânicos os seus alvos principais), eliminaram a ideia de um telos da ação humana, assim como a relação fato / valor, e introduziram uma ética fundada em primeiros princípios abstratos, que desconhece as tradições históricas e as narrativas nas quais os grupos humanos de reconhecem. O indivíduo se tornou o grande artefato da modernidade e o Individualismo a sua ideologia dominante.
A organização político-social que permite a existência das muitas éticas modernas é o Liberalismo, produto das Revoluções Francesa e Industrial, que alcançou sucesso graças à sua eficiência e aos resultados práticos. Porém, ele criou um sistema aparentemente neutro de leis e regras, que regulam os conflitos entre indivíduos e classes: perdeu-se qualquer referencial ético e surgiram muitas teorias morais em oposição entre si, porque refletem diferentes interesses e concepções (entre as quais se destaca o emotivismo). MacIntyre se apresenta como um grande crítico da Modernidade e dos seus produtos: o Liberalismo e o Individualismo.
Concentrando nosso interesse sobre o problema das desigualdades, mostramos que a proposta macintyriana de um retorno à ética das virtudes (em especial, as da “dependência reconhecida” e da “justa generosidade”) e ao critério do mérito só se aplica a pequenas comunidades, que por natureza são mais coercitivas e controladoras, mas não resolve o problema das desigualdades em sociedades complexas. Nossa estratégia foi seguir a evolução do conceito de justiça da Idade Média até Rawls e Nozick, que refletem a nova visão do ser humano como indivíduo autônomo e como sujeito de direitos. Concluímos que a crítica de MacIntyre se revela como uma análise teórica da desordem moral na modernidade, mas não como um projeto político de transformação, sobretudo porque ele admite que a tentativa de restabelecer uma sociedade nos moldes comunitários seria “ineficaz ou desastrosa”

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/21255
Date15 May 2018
CreatorsRuzza, Antonio
ContributorsPerine, Marcelo
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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