O presente estudo investigou eventuais modificações nas representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê. Participaram do estudo duas famílias com mães com indicadores de depressão, de acordo com o Inventário Beck de Depressão e uma entrevista diagnóstica. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos coletivo, sendo que as representações maternas foram examinadas em três momentos: antes, durante e após a psicoterapia. As entrevistas e as sessões de psicoterapia foram analisadas a partir dos quatro eixos interpretativos que constituem a constelação da maternidade proposta por Stern (1997): vida-crescimento; relacionar-se primário; matriz de apoio; e reorganização da identidade. Os resultados revelaram que em ambos os casos as mudanças nas representações das mães acerca do relacionamento com suas próprias mães desempenharam um papel central na reelaboração de esquemas a respeito de si mesma, do bebê e do relacionamento conjugal. Verificou-se também que as representações de cada mãe estiveram atreladas às suas histórias de vida, sugerindo uma estreita associação entre seus conflitos pregressos e a interação atual com o marido e com o bebê. Apesar das particularidades verificadas em cada caso, não foram encontrados indicadores de depressão em nenhuma das mães ao final da psicoterapia. Discutem-se os alcances e limitações da psicoterapia breve paisbebê como intervenção no contexto da depressão materna, apontando-se para a efetividade da utilização dos temas da constelação da maternidade como eixos interpretativos na avaliação de processo psicoterápico envolvendo pais e bebê. / The present study investigated eventual changes in the representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapy. This study sample was composed by two families whose mothers had presented depression indicators according to Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. A collective case study design was used. The maternal representations were examined in three moments: before, during and after the psychotherapy. The interviews and the psychotherapy sessions were analyzed according the four interpretative axes of the motherhood constellation proposed by Stern (1997): life-growth; the primary relatedness; supporting matrix; and identity reorganization. The results revealed that in both cases the changes in the mothers representations concerning the relationship with their own mothers played a central part in the reorganization of squem regarding herself, the baby and the marital relationship. It was verified that each mothers representations were harnessed to their life histories, suggesting a narrow association between their past conflicts and the current interaction with the husband and with the baby. In spite of the particularities verified in each case, they were not found depression indicators in none of the mothers at the end of the psychotherapy. The limitations of the brief parent-baby psychotherapy reached in the context of maternal depression are discussed, being pointed for the effectiveness of the use of the themes of the motherhood constellation as interpretative axes in the evaluation of psychotherapic process involving parents and baby.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/16126 |
Date | January 2007 |
Creators | Schwengber, Daniela Delias de Sousa |
Contributors | Piccinini, Cesar Augusto |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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