Orientador: Maria Salete Costa Gurgel / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-21T14:40:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Oliveira_MarianaMaiaFreirede_D.pdf: 2898364 bytes, checksum: ef1b9a5f4cfe0e85d9868d03f8604c22 (MD5)
Previous issue date: 2012 / Resumo: Introdução: Os avanços no diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama resultam em longa sobrevida, acompanhada, muitas vezes, de significativa morbidade. O linfedema de membro superior (MS) ipsilateral à cirurgia apresenta incidência entre 24% e 49% e promove substancial prejuízo funcional e psicológico. Portanto, mais atenção tem sido dada às complicações físicas e ao aprimoramento das técnicas de prevenção e reabilitação. Objetivo: Avaliar o efeito dos exercícios ativos e da drenagem linfática manual (DLM) nas complicações cicatriciais, na amplitude de movimento (ADM) de ombro, na perimetria e compensações linfáticas do MS no pós-operatório de câncer de mama. Sujeitos e métodos: Ensaio clínico controlado não aleatorizado com 89 mulheres submetidas à cirurgia radical por câncer de mama, pareadas por estadiamento, idade e índice de massa corporal. No pós-operatório, 46 mulheres realizaram exercícios ativos para MS e 43 DLM durante um mês. Avaliações foram realizadas no pré-operatório e 60 dias após a cirurgia e constavam de inspeção, palpação, goniometria, perimetria e realização da linfocintilografia de MS. Neste exame foram analisadas a velocidade de ascensão e intensidade de captação do radiofármaco, além da presença de refluxo dérmico, circulação colateral e absorção hepática. Resultados: Os grupos foram semelhantes quanto às características clínicas e de tratamento. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à incidência de complicações cicatriciais (deiscência, infecção e seroma). A comparação entre os grupos em relação à ADM de ombro (flexão e abdução) e perimetria do MS, no pré e pós-operatórios, não apresentou diferença significativa. Sessenta dias após a cirurgia, 34,8% do grupo exercício e 48,8% do DLM apresentaram piora na velocidade de ascensão do radiofármaco, enquanto que somente 19,6% e 18,6% apresentaram melhora da velocidade, respectivamente. Em relação à intensidade de captação, 43,5% do grupo exercício e 55,8% do DLM apresentaram piora e 13% e 14% apresentaram melhora, respectivamente. A presença de refluxo dérmico e circulação colateral foi semelhante entre os grupos nos dois momentos avaliados. No grupo de exercícios houve aumento significativo da absorção hepática no pós-operatório. Conclusão: A realização de exercícios ativos ou DLM não demonstrou diferença em relação às complicações cicatriciais, à ADM de ombro e à perimetria de MS, sugerindo que exercícios e/ou DLM podem ser empregados de acordo com a experiência do profissional e com as queixas ou sintomas de cada mulher. A avaliação da função linfática pode ser feita em curto prazo, possibilitando a detecção de anomalias antes mesmo da presença de queixa ou do diagnóstico clínico de linfedema. Maior tempo de seguimento é necessário para verificar associação entre os achados da linfocintilografia e o risco de linfedema / Abstract: Introduction: Advances in the early diagnosis and treatment of breast cancer have resulted in long-term survival, which may be accompanied by significant morbidity. The incidence of lymphedema of the upper limb (UL) ipsilateral to surgery ranges from 24 to 49% and promotes substantial functional and psychological disturbance. Therefore, more attention has been devoted to the physical complications and improvement in preventive and rehabilitation techniques. Objective: To evaluate the effect of active exercise and manual lymphatic drainage (MLD) on wound healing complications, shoulder range of motion (ROM), perimetry and lymphatic compensations of the UL following breast cancer surgery. Subjects and methods: A non-randomized controlled clinical trial was conducted, based on 89 women undergoing radical breast cancer surgery, matched for staging, age and body mass index. In the postoperative period, 46 women did active exercises for the UL and 43 received MLD during one month. Assessments were carried out in the preoperative period and 60 days after surgery, including inspection, palpation, goniometry, perimetry and the performance of UL lymphoscintigraphy. This imaging technique evaluated the rate and intensity of radiopharmaceutical uptake, in addition to the presence of dermal backflow, collateral circulation and liver absorption. Results: Groups were similar in terms of clinical characteristics and treatment. There was no significant difference between groups with regards to the incidence of wound healing complications (dehiscence, infection and seroma). In the preoperative and postoperative periods, a comparison between shoulder ROM (flexion and abduction) and UL perimetry in both groups showed no significant difference. Sixty days after surgery, 34.8% of the exercise group and 48.8% of the MLD group showed a worse rate of radiopharmaceutical uptake. In contrast, only 19.6% of the exercise group and 18.6% of the MLD group showed improvement in the rate. Regarding intensity of radiotracer uptake, 43.5% in the exercise group and 55.8% in the MLD group had a worse rate. In contrast, 13% in the exercise group and 14% in the MLD group had improved rate. The presence of dermal backflow and collateral circulation was similar between groups in both time points evaluated. In the exercise group, there was a significant increase in liver absorption in the postoperative period. Conclusion: The practice of active exercise or application of MLD did not demonstrate any difference in terms of wound healing complications, shoulder ROM and UL perimetry, suggesting that exercise and/or MLD may be employed according to professional experience and complaints or symptoms of each woman. Early assessment of lymphatic function may be performed, allowing for the detection of abnormalities even before any patient complaints or clinical diagnosis of lymphedema. A longer follow-up time is required to confirm an association between lymphoscintigraphy findings and the risk of lymphedema / Doutorado / Oncologia Ginecológica e Mamária / Doutora em Ciências da Saúde
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311108 |
Date | 21 August 2018 |
Creators | Oliveira, Mariana Maia Freire de, 1978- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Costa-Gurgel, Maria Salete, 1956-, Gurgel, Maria Salete Costa, 1956-, Uemura, Gilberto, Pertille, Adriana, ZocchioTorresan, Renato, Ferreira, Neville de Oliveira |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Multilíngua |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 120 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0065 seconds