Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Contabilidade, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T11:02:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
271982.pdf: 1351530 bytes, checksum: 1d03c4ba1e9af4ce21ebbe763ca62210 (MD5) / Apesar da forte ascensão das práticas de evidenciação ambiental nas últimas décadas, ainda existem muitas críticas sobre a sua forma e, principalmente, sobre o conteúdo ambiental que é divulgado nos relatórios corporativos. As principais falhas detectadas em trabalhos anteriores estão relacionadas com a falta de uniformidade, profundidade, objetividade, continuidade e credibilidade das informações ambientais divulgadas no meio corporativo (GRAY; BEBBINGTON, 2001; COSTA; MARION, 2007; DEEGAN; GORDON, 1996; SKILLIUS; WENNBERG, 1998; DEEGAN; RANKIN, 1996). Diversos autores defendem que uma maneira para transpor essas limitações seria regulamentar a divulgação de informações ambientais nos relatórios corporativos (GRAY; BEBBINGTON, 2001; GRAY et al, 1996; MALTBY, 1997; NYQUIST, 1997; BEETS; SOUTHER, 1999; HARTE; OWEN, 1991; JAFFE et al, 1995). As companhias, por sua vez, se respaldam na teoria do stakeholder e afirmam que a regulamentação iria, apenas, aumentar seus custos de divulgação, além de dificultar a sua competitividade externa (GRAY et al, 1993; COOPER, 1992). Baseado nessa discussão entre tornar o disclosure ambiental obrigatório ou não, o objetivo desta pesquisa foi, primeiro, verificar se as práticas de evidenciação ambiental das companhias reagem aos diferentes estímulos regulatórios e, se a resposta fosse positiva, de que forma isso acontece. Para o desenho metodológico optou-se por uma abordagem descritiva de cunho predominantemente quantitativo. A amostra foi selecionada de empresas do setor de petróleo e gás natural de quatro países com similaridades culturais: os Estados Unidos, o Canadá, a Inglaterra e a Austrália. Os dados analisados foram coletados nos relatórios anuais no ano de 2007. Para classificar os dados ambientais utilizou-se uma escala adaptada de dois trabalhos consagrados no meio de evidenciação ambiental, o estudo de Clarkson et al (2008) e o de Wiseman (1982). Os resultados mostraram que a evidenciação ambiental obrigatória é positiva, com algumas ressalvas. O teste estatístico comprovou que existem diferenças significativas entre os países mais regulados em comparação com os menos regulados e essas diferenças foram maiores nos itens de divulgação obrigatória e isso comprova que os países reagem a diferentes estímulos regulatórios. Quanto aos aspectos qualitativos, as informações ambientais obrigatórias se mostraram coerentes com o padrão regulatório de cada país e foram mais objetivas e uniformes se comparadas com as informações voluntárias. Nas informações ambientais coletadas nas demonstrações contábeis o resultado foi similar ao do outro grupo de informações. As principais conclusões desta pesquisa foram: as companhias do setor de petróleo analisadas reagem aos diferentes estímulos regulatórios de evidenciação ambiental e existem pontos positivos (maior uniformidade e maior objetividade) e negativos (foco na conformidade e mecanismos de coerção ineficazes) no disclosure ambiental obrigatório. / In spite of a significant increase in environmental reporting practices over the past decade, there are still many flaws within the disclosure process of environmental information, and also in the format in which the data is published in the corporate reports. The main flaws detected in previous works are related to a lack of uniformity, depth, objectivity, continuity and credibility of the environmental information disclosed in the corporate world (GRAY; BEBBINGTON, 2001; COSTA; MARION, 2006; DEEGAN; GORDON, 1996; SKILLIUS; WENNBERG, 1998; DEEGAN; RANKIN, 1996). Many authors have suggested that the way to reduce these limitations would be to standardize or regulate the disclosure of environmental information in the corporate reports (GRAY; BEBBINGTON, 2001; GRAY et al, 1996; MALTBY, 1997; NYQUIST, 1997; BEETS; SOUTHER, 1999; JAFFE et al, 1995). The companies, in turn, rely on the stakeholders theory, which claims that mandatory environmental disclosure would not only increase the companys production costs but also hinder its ability to compete (GRAY et al, 1993; COOPER, 1992). Based on different opinions concerning the need for mandatory environmental disclosure, the main purpose of this research will be twofold: (1) to verify whether or not the companys environmental reporting practices react to different regulatory stimuli, and (2) to see how these practices might be implemented in the event that the reaction to a regulatory stimulus is positive. The method of research chosen was of a descriptive and predominantly quantitative nature. The companies selected as samples were from the oil and natural gas sectors from four different countries who share cultural similarities, such as the United States, Canada, England and Australia. The environmental information was collected from annual reports year ended 2007. In order to classify the environmental data used, a suitable comparative analysis of two consecrated works was used - the study of Clarkson et al (2008) and the study of Wiseman (1982). The results of these studies showed that mandatory environmental disclosure is a positive event, but with a few reservations. The statistical tests proved that there are significant differences between the regulated and the unregulated countries, and the greatest differences were found when mandatory disclosure was utilized, thus proving that countries can indeed react to different regulatory stimuli. As for the qualitative aspects of this research, the mandatory environmental information seemed to be more consistent and coherent with the regulatory standards of each country, with the data being more objective and uniform when compared with the information which was released voluntarily. Within the environmental information collected from the accounting reports, the results were similar when compared to the other reported information. The two main conclusions of this research were that: (1) the oil sector companies analyzed did indeed react to the different regulatory environmental disclosures, and (2) that there were positive aspects (more consistent uniformity and greater objectivity) and negative aspects (a focus on the conformity and inefficiency of the coercion mechanisms) of these mandatory environmental disclosure practices.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/92671 |
Date | 24 October 2012 |
Creators | Ribeiro, Alex Mussoi |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Bellen, Hans Michael van |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 1 v.| tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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