Resumo: A obra de José Guilherme Merquior (1944-1991), composta entre as décadas de 1960 e 1990, faz constante uso da ideia de mímese não como recurso exclusivo do drama ou da narrativa, mas como categoria fundamental para o entendimento da natureza do texto literário e, consequentemente, da lírica. Essa escolha teórica, que escapa à tradição dos comentaristas da Poética aristotélica, é o ponto alto da censura a certa tendência formalista em boa parte da crítica do século XX, que ignora as relações entre arte e realidade. Para Merquior, a rejeição da mímese nos estudos literários poderia ser explicada por uma negação do mundo moderno aliada à tendência da estética modernista a voltar-se para a linguagem. Entretanto, a rejeição do real e consequente exaltação da linguagem não devem ser, para o autor, consideradas como a essência da lírica. Este trabalho procura esclarecer o significado da mímese para a obra crítica de Merquior, bem como extrair, de sua crítica da crítica, sugestões teóricas para tratar a questão da dinâmica entre poesia e realidade nos estudos literários.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/26831 |
Date | 08 March 2012 |
Creators | Fumaneri, Maria Luísa Carneiro, 1984- |
Contributors | Camargo, Luis Gonçales Bueno de, Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduaçao em Letras |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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