• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 9
  • 1
  • Tagged with
  • 10
  • 10
  • 8
  • 8
  • 5
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

De Horácio a Drummond, o tempo dispara; de Drummond a Horácio, o tempo repara

Vargas, José Ernesto de January 2008 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura. / Made available in DSpace on 2012-10-23T17:17:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 252695.pdf: 837812 bytes, checksum: 77f69a7808c18459154eb76c1b9d6283 (MD5) / O propósito desta tese é demonstrar, tal como o seu título sugere, que a poesia de Carlos Drummond de Andrade busca na tradição lírica ocidental e dela traz elementos para o seu fazer poético. A despeito de ser o poeta mineiro moderno e modernista, portanto, supostamente contrário ao passadismo e classicismo. A obra de Horácio é o ponto de partida para verificar-se a continuidade dessa tradição advinda dos gregos e o contraponto para observarmos a manutenção da mesma na poesia de Drummond. O núcleo comum para a análise da lírica desses dois autores, tão díspares e distantes espacial e cronologicamente, é o tempo em sua natureza fundamental, a fugacidade. Para tanto, recupera-se primeiramente as noções e os possíveis conceitos sobre a Lírica, expressos ou subentendidos nos estudos de Aristóteles, Horácio e Longino, entre os antigos, e Boileau-Despréaux, Emil Staiger e outros, entre os modernos. Depois, dentro do estudo principal, o tempo é visto como motivador do famoso carpe diem horaciano nos livros de Odes e epodos, bem como motivador dos seguintes subtemas decorrentes: a) a efemeridade da vida, b) a morte, c) a antinomia juventude-velhice, d) os prazeres da vida, e) a eternização do poeta via arte. Na obra de Drummond, Nova Reunião: 19 livros de poesia, observa-se a presença e a forma como é mostrado o tempo, tal como os subtemas acima citados. Por fim, a conclusão é um confronto entre as obras dos dois poetas. Verifica-se o que há de comum e/ou divergente no fazer poético dos autores venusiano e mineiro em relação ao tema em questão. The purpose of this dissertation is to demonstrate as suggested by the title, that Carlos Drummond de Andrade in his poetry finds in the western Lyrical Poetry tradition some elements and brings them to his poetic works. Considering he was a modern poet and a modernist it was expected he should oppose any past or classical influence. Horace#s works are the starting point to notice the continuity of classical tradition derived from the Greeks and the standpoint to discuss such tradition maintained in Drummond#s poetry. The common focus to analyze lyrical trends of both authors is the chronological time in its fundamental nature and its fugacity, although they are different and so distant from each other in time and space. Therefore, it is done a review of the notions and concepts of Classical Lyric as expressed or inferred by Aristotle, Horace and Longino, among ancient authors, and Boileau-Despréaux, Emil Staiger and others among the modern ones. In Odes and Epodes, by Horace, time is seen as a motivator of the famous carpe diem, as well as the motivation for derived subthemes like: a) the ephemeris of life, b) death, c) the antonym youth-old hood, d) pleasure of life, and e) the poet#s eternity through his art. In Drummond#s works, above all in Nova Reunião: nineteen books of poetry clearly can be seen the way in which the central theme is shown and also the subthemes already mentioned. Finally, the conclusion is a confrontation between both works and poets. Commonalities and divergences in the poetry
2

As configurações do amor na lírica de Nuno Júdice

Simone, Bruna Fernanda de [UNESP] 55 May 2015 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-10T14:22:24Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2015-06-24. Added 1 bitstream(s) on 2015-12-10T14:28:30Z : No. of bitstreams: 1 000851841.pdf: 782450 bytes, checksum: ad355f988e92b369ceb32c2054da312e (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Um dos maiores nomes da poesia portuguesa contemporânea, Nuno Júdice possui vasta obra marcada, segundo Ida Alves (2006), pela presença de uma poesia feita sobre ruínas. Suas características mais marcantes são o diálogo que promove com outras artes, as reflexões filosóficas e principalmente uma visão crítica sobre a própria poesia. Tais características, ligadas a um ambiente sombrio, de espaços desabitados ou abandonados, onde se insere um eu-lírico consciente de sua própria produção poética, são algumas das marcas de uma poesia singular, marcada por vestígios do passado. Júdice iniciou sua produção com A Noção de Poema, em que já se destacava pela retomada do sujeito lírico e pela plena ciência do poema como o lugar de discussão da linguagem poética, seus mistérios e sua tradição. Atrelado a esta produção e crítica poética, o poeta algarvio demonstra grande interesse pelo tema do amor e sua configuração como parte integrante de toda uma tradição lírica amorosa. São muitos os poemas em que o tema do amor aparece, porém sempre relacionado a um sujeito lírico melancólico e consciente da criação do poema e de sua artificialidade. A melancolia do eulírico, as imagens obscuras e a nostalgia são características de uma lírica amorosa cujo principal aspecto é a ausência. O poema parece ser o único lugar onde o sujeito encontra uma possibilidade de fugir do presente e da ausência da amada. Neste trabalho, buscaremos verificar, portanto, como esta poesia se insere numa tradição da lírica amorosa ocidental, procurando evidenciar os artifícios de que o autor se utiliza para retomar o imaginário do amor, questionar e reapresentar a subjetividade e a emotividade, recriando em sua obra um lirismo amoroso típico da contemporaneidade / One of the greatest names of contemporary Portuguese poetry, Nuno Júdice's wide work is marked, according to Ida Alves (2006), by the presence of a poetry built over ruins. His most decisive features are the dialogue established with other forms of art, the philosophical reflections and, above all the others, the critical look over his own poetry. Such features, related to dark environments, uninhabited or abandoned places and the presence of a poetic persona aware of its own poetic production, are some of the main characteristics of a singular poetry marked by references of the past. Júdice began his production with A Noção de Poema. In this work, the retake of the poetic persona and the awareness of the poetry as the ideal place to discuss the poetic language, its mysteries and traditions, are salient. Attached to this poetic criticism and production, the Algarve poet demonstrates his interest in love as a theme of poetry and its configuration as an integrant part of a loving lyrical tradition. Love is present in many of his poems, although it is always related to a melancholic lyrical subject and conscious of the poem creation and its artificiality. The poetic persona melancholy, dark images and nostalgia, are the characteristics of a loving lyric marked by absence. The poem seems to be the only place where the subject finds a possibility to run away from the present and from the absence of his beloved woman. In the present work, we seek to verify how this poetry can be inserted in a loving lyric western tradition highlighting the strategies used by the author to retake the imaginary of love, to question and restate the subjectivity and the emotionality, and to recreate a contemporaneity typical loving lyric in his work
3

Para uma leitura em outras direções: arranjos teóricos sobre a Ars amatoria de Ovídio

Boschiero, Irene Cristina [UNESP] 10 April 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:26:48Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-04-10Bitstream added on 2014-06-13T19:34:39Z : No. of bitstreams: 1 boschiero_ic_me_arafcl.pdf: 712055 bytes, checksum: 2787ee77308de0e62cb2c3351a274b4a (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Assumindo o papel de praeceptor amoris (preceptor do amor), Ovídio compõe a Ars amatoria, proclamando que tal obra é capaz de tornar instruídos (docti) os que não sabem amar. O título dado à preceptística é já esclarecedor, pois evidencia a concepção de amor como ars, ou seja, o relaciona à perícia, técnica, habilidade, bem como a método, teoria, sistema de procedimentos. Além da matéria que se propõe a ensinar, o manual ovidiano possui outra característica intrigante: é um poema híbrido, ou seja, um poema didático composto em metro elegíaco e não em hexâmetro, permeado de topoi próprios das elegias. Esse hibridismo ou o entrelaçar dos corpos elegíaco e didático é que denuncia o caráter inter e metatextual da Ars amatoria. Nas elegias, o leitor é levado a crer que aqueles topoi são de fato sentimentos naturais e espontâneos. Quando esse leitor se defronta com a Ars, nota que, na verdade, eles são imitações de sentimentos. Em outras palavras, é declarado a ele que a maneira de agir de um apaixonado não passa de uma série de convenções. Assim, Ovídio remete seu leitor para outras obras elegíacas, inclusive as suas próprias (Amores, Heróides, Os remédios para o amor). Esse procedimento capacita o leitor a estabelecer relações entre textos diferentes, ou seja, mostra a ele como ler, como se engajar no discurso erótico, tornando a Ars amatoria, mais que um manual de amor, um manual de poesia. / Assuming the role of praeceptor amoris (preceptor of love), Ovid composes the Ars amatoria, proclaiming that such work is able to make experts (docti) out of those who don t know how to love. The title given to the poem is significant in itself, since it makes evident the concept of love as ars, that is, related to technique, acquired skill, as well as to method, theory, and system of procedures. Aside from the subject it teaches, the ovidian manual has another intriguing feature: it is a hybrid poem, that is, a didactic poem composed in elegiac meter, not in hexameters, permeated of elegiac topoi. Intemingling the elegiac with didactic bodies reveals the Ars amatoria s inter and metatextual feature. In elegies, the reader begins to believe that those topoi are spontaneous feelings. However, when he faces the Ars, the reader notices that those feelings are, in fact, imitations of feelings. In other words, it is declared that being as a passionate person is nothing but following a series of conventions. In order to produce such an effect, Ovid sends the readers to other elegiac works, including his ones (Amores, Heroids, Remedia amoris). By doing that, Ovid enables the reader to establish conexions between different texts, that is, he demonstrates to the reader how he can engage himself in the erotic discourse. Such a procedure makes the Ars, more than a manual of love, a manual of poetry.
4

Poesia em tempos de mal-estar: Charles Simic e Affonso Romano de Sant'Anna

Dourado, Maysa Cristina [UNESP] 08 August 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:32:07Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-08-08Bitstream added on 2014-06-13T21:03:23Z : No. of bitstreams: 1 dourado_mc_dr_arafcl.pdf: 1827767 bytes, checksum: 5a4aec2d81bd84a3734b307282907c7f (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Esta tese tem como objetivo evidenciar as relações existentes entre história e poesia, buscando as representações da guerra ou de situações de conflitos político-sociais na poesia lírica contemporânea. O trabalho tem como corpus as poesias de Charles Simic e de Affonso Romano de Sant’Anna. A base teórica pressupõe estudos acerca da concepção de poesia de teóricos influentes, como Hayden White, Theodor Adorno e Octavio Paz. Durante a análise dos poemas, são privilegiados alguns princípios e conceitos concernentes à “nova história”, mais particularmente os defendidos por historiadores como Jacques le Goff e Michel de Certeau, representantes da terceira geração dessa corrente. Os resultados confirmam que os poemas de Simic e de Sant’Anna ilustram as possibilidades de leitura de uma época histórica, bem como dos fatos e dos personagens nela inseridos. Os poetas trazem a história para dentro de seus poemas para salientar o compromisso da literatura com as realidades que os cercam. / This dissertation explores the connections between history and poetry. It investigates the representations of war or social-political conflicts in contemporary lyrical poetry. The corpus of the work is comprised of poems by Charles Simic and by Affonso Romano de Sant’Anna. The theoretical support comes from the studies about the conceptions of poetry by influential theorists such as Hayden White, Theodor Adorno and Octavio Paz. Along the analyses of the poems, I draw, mainly, upon the principles used by “new history”, more specifically, by historians such as Jacques Le Goff and Michel de Certeau. The results confirm that Simic’s and Sant’Anna’s poetry demonstrate the possibilities of a reading of a historical moment, as well as its facts and participants. The two poets incorporate history to their poems to emphasize the commitment of literature with the realities that surround them.
5

"Astúcia da mímese"

Fumaneri, Maria Luísa Carneiro, 1984- 08 March 2012 (has links)
Resumo: A obra de José Guilherme Merquior (1944-1991), composta entre as décadas de 1960 e 1990, faz constante uso da ideia de mímese não como recurso exclusivo do drama ou da narrativa, mas como categoria fundamental para o entendimento da natureza do texto literário e, consequentemente, da lírica. Essa escolha teórica, que escapa à tradição dos comentaristas da Poética aristotélica, é o ponto alto da censura a certa tendência formalista em boa parte da crítica do século XX, que ignora as relações entre arte e realidade. Para Merquior, a rejeição da mímese nos estudos literários poderia ser explicada por uma negação do mundo moderno aliada à tendência da estética modernista a voltar-se para a linguagem. Entretanto, a rejeição do real e consequente exaltação da linguagem não devem ser, para o autor, consideradas como a essência da lírica. Este trabalho procura esclarecer o significado da mímese para a obra crítica de Merquior, bem como extrair, de sua crítica da crítica, sugestões teóricas para tratar a questão da dinâmica entre poesia e realidade nos estudos literários.
6

EDIZIONE CRITICA E COMMENTATA DI UN CANZONIERE MILANESE ANONIMO (XV-XVI SEC.)

QUADRELLI, LAURA DANIELA 31 May 2017 (has links)
Il lavoro si propone di dare l’edizione critica e commentata di un breve canzoniere milanese anonimo (quarantanove componimenti). La tesi è strutturata in tre parti: nella prima si ricostruisce la tradizione del testo, tramandato interamente da un solo testimone manoscritto attualmente in collezione privata, e parzialmente dal ms. Basevi 2441 della Biblioteca del Conservatorio “Luigi Cherubini” di Firenze. In questa parte si propone inoltre una datazione del canzoniere (l’ultimo decennio del XV secolo), si attribuisce la scrittura al copista Giovanni Battista Lorenzi e l’unica miniatura presente all’artista noto come “Maestro B. F.”, coppia spesso attiva a Milano tra Quattrocento e Cinquecento nella realizzazione di manoscritti di lusso. La seconda parte si concentra sull’opera, di cui indaga la struttura, i temi, lo stile e la metrica. Il canzoniere viene inoltre contestualizzato nel panorama della lirica cortigiana settentrionale del secondo Quattrocento. La terza parte è costituita dall’edizione critica e commentata, preceduta da una nota linguistica. Ogni lirica è accompagnata da un cappello introduttivo e dal commento ai versi, in cui, attraverso il reperimento di modelli e luoghi paralleli, si mette in luce lo stretto rapporto dell’autore con i poeti cortigiani contemporanei. / The work aims to provide a critical and commented edition of a short anonymous Milanese collection of poems (fourty-nine compositions). The thesis is structured in three parts: the first retraces the tradition of the text, handed down entirely from a single manuscript currently in a private collection, and partially from Florence, Biblioteca del Conservatorio, ms. Basevi 2441. In this part it is also proposed that this work was composed in the last decade of the fifteenth century, the scribe was Giovanni Battista Lorenzi and an artist known as “Maestro B. F.” was the miniaturist. They were active in Milan between the fifteenth and sixteenth centuries and worked in pair in producting luxury manuscripts. The second section focuses on the “canzoniere” and investigates the structure, themes, style, and metric. I try to contextualize this collection in the northern courtly poetry of the second half of the fifteenth century. The third part offers the critical edition, preceded by a linguistic note. Each poem has an introduction and a commentary, that discussing models, sources and loci paralleli, shows the author's close relationship with contemporary courtly poets.
7

Marília de Dirceu: Mimese e alteridade em diálogo na poesia lírica brasileira do século XVIII

Simões, Luís Carlos 29 May 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:59:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luis Simoes.pdf: 768787 bytes, checksum: 7d0e5a20642677af92419244e3fcff21 (MD5) Previous issue date: 2007-05-29 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / This monograph deals with the limits between the literary entity named lyrical self , created by an author, and the real world entity that created the text who is the poet himself. For such a task we chose as an object for this research one of the most popular texts from Brazilian Poetry: Marília de Dirceu written by Tomas Antonio Gonzaga in the late XVIII century. The choice of this work was motivated not only for its popularity among poetry readers, but especially because we believe that in this text the limits or boundaries between the lyrical self and the poet are so fragile that even the autobiographical features of the author are now projected on to the lyrical self in a kind of narcissistic mirror. However, one of the most essential characteristics of Arcadian Poetry (Arcadismo) is the pastoral convention where the poet pretends to be a "shepherd" that gives voice to this fictional entity instead of his true self and his personal biography. That is one of the reason why Gonzaga's text represents a breakthrough from the traditional thinking of Arcadian Poetry. From a methodology of theoretical investigation into the concepts of language, discourse and literature, we try to understand the construction of the poem, its lyricism and how through the literary mimesis the alterities of the poetical text are established. All these are fundamental to the understanding of Arcadian Poetry. With these theoretical considerations and a brief research into the origins of Arcadian Poetry and its manifestations in Portugal and Brazil we tried to verify our hypothesis in the lyric poems created by Gonzaga. The result made us realize that the Arcadian canons were in fact followed in part of the work especially when the lyrical self as the character called Dirceu idealizes a happy world with his beloved Marília. Nevertheless, when Gonzaga is arrested suspected of taking part in Inconfidência Mineira and he has to write in prison, both the poet and the "shepherd" are now intermingled with each other reflecting the mutual dependency that both have and thus making the boundaries between fiction and reality even more delicate / A dissertação que ora apresentamos preocupou-se em averiguar como se estabelecem os limites fronteiriços entre a entidade literária que é o eu lírico , criação de um autor, e a entidade do mundo real, criadora do texto, que é o poeta. Para tanto, escolhemos como objeto de pesquisa um dos textos mais populares da poética brasileira: o livro de poemas líricos Marília de Dirceu, escrito por Tomás Antonio Gonzaga, em finais do século XVIII. A escolha de tal obra foi-nos motivada não só por sua popularidade entre os leitores de poesia, mas também porque acreditamos que nela o limite entre o eu lírico e o poeta se torne bastante tênue, a ponto de traços autobiográficos do autor se projetarem na figura do eu lírico , num espelhamento narcísico. Uma vez que no Arcadismo um dos traços marcantes é a convenção pastoril e o poeta, fingindo-se de pastor , concede voz a uma entidade ficcional em que se apagam a sua identidade e sua biografia pessoal, o texto de Gonzaga representaria uma ruptura aos cânones do período. A partir de uma metodologia de investigação teórica sobre conceitos relativos à linguagem, ao discurso e à literatura, procuramos entender melhor a construção da poesia, do seu lirismo e de como, através da mimese literária, se estabelecem as alteridades no texto poético, conhecimentos fundamentais para trabalharmos com a poesia árcade. Com tais levantamentos teóricos e uma breve pesquisa sobre a formação do Arcadismo e suas manifestações em Portugal e no Brasil, partimos para a verificação de nossas hipóteses nas liras de Gonzaga. O resultado deste trajeto acadêmico, aqui apresentado, nos levou a perceber que os cânones árcades se cumprem em parte na obra, quando o eu lírico , na figura do pastor Dirceu, idealiza um mundo feliz com sua amada Marília. No entanto, quando Gonzaga é preso, como suspeito de participação na Inconfidência Mineira, ao escrever suas liras na masmorra, poeta e pastor se imbricam numa única entidade que passa a refletir relações de mútua dependência, tornando a fronteira entre a literatura e a realidade cada vez mais imprecisa
8

Vozes da literatura luso-brasileira : uma história do improviso poético – dos trovadores medievais aos poetas do Brasil colônia

Aguiar, Rafael Hofmeister de January 2018 (has links)
Este trabalho percorre uma história das vozes poéticas da literatura luso-brasileira impostadas no improviso poético desde os trovadores medievais até os poetas do Brasil Colônia. Dessa maneira, procura responder se é possível identificar uma continuidade histórica do improviso na poesia lusófona, tendo como objetivo reconstruir historicamente a tradição do improviso poético luso-brasileiro. Essencialmente bibliográfica, a exposição da pesquisa encontra-se dividida em quatro capítulos. O primeiro aborda os princípios epistemológicos para a integração das poéticas orais e populares no interior da literatura luso-brasileira, constituindose como base epistêmica para o desenvolvimento da pesquisa; o segundo, intitulado E se os trovadores medievais fossem repentistas..., volta-se para os trovadores galego-portugueses, enfocando, sobretudo, as cantigas em desafio denominadas de tenções; o terceiro trata das relações entre a poesia popular e tradicional e os poetas cultos do renascimento ibérico com destaque a Camões; o quarto, por fim, versa, a partir das contribuições do capítulo Poetas repentistas da inacabada História da literatura brasileira, de Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), do uso da viola como importante elemento de sociabilização no período colonial brasileiro, em que avultam as práticas poéticas improvisatórias de Gregório de Matos e Domingos Caldas Barbosa Nesses capítulos, o elo de ligação se constituiu na reconstrução histórica do improviso poético, sem apregoar uma origem no sentido etnocêntrico que situa uma cultura como superior a outra, ou em que o improviso, a oralidade e a poesia popular aparecem como resquícios de uma sociedade mais evoluída que as abandonou. Ademais, segue-se o princípio de construir uma análise comparatista e historicizante, procurando observar algumas produções poéticas do passado que hoje só existem em papel e outrora poderiam ter sido compostas e executadas em performance através de experiências contemporâneas como a poesia popular e a cantoria nordestina. Entre referências, destacam-se Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen e Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) e Zumthor (1993, 2010). / This papper tries to make a history of the poetic voices of Luso-Brazilian literature imposed in the poetic improvisation from the medieval troubadours to the poets of Brazil Colony. In this way, we try to answer if it is possible to identify a historical continuity of improvisation in lusophone poetry, with the objective of reconstructing historically the Luso-Brazilian poetic improvisation tradition. Essentially bibliographic, the exposition of the research is divided into four chapters. The first one deals with epistemological principles for the integration of oral and popular poetics within the Luso-Brazilian literature, constituting itself as an epistemic basis for the development of research; the second, entitled And if the medieval troubadours were repentistas ..., turns to the Galician-Portuguese troubadours, focusing, above all, the ditties in challenge called tenções; the third deals with the relations between popular and traditional poetry and the educated poets of the Iberian Renaissance, with a special mention of Camões; the fourth, finally, is based on the contributions of the chapter Improvisational Poets (Repentistas) on the unfinished History of Brazilian Literature by Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), highlighting the viola as an important element of socialization in the Brazilian colonial period, in which the improvisatory poetic practices of Gregório de Matos and Domingos Caldas Barbosa increase In these chapters, the linkage was constituted in the historical reconstruction of poetic improvisation, but without proclaiming an origin in the ethnocentric sense that places one culture as superior to another, in which improvisation, orality and popular poetry appear as remnants of a society more evolved that abandoned them. In addition, it follows the principle of constructing a comparative and historicizing analysis, looking for to observe some poetic productions of the past that now only exist in paper and could once have been composed in performance through contemporary experiences like the popular poetry and the northeastern cantor. Among references, we highlight Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen; Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) and Zumthor (1993, 2010). / Este estudio busca hacer una historia de las voces poéticas de la literatura luso-brasileña impostadas en el improviso poético, desde los trovadores medievales hasta los poetas de Brasil Colonia. Con ello, se procura responder si es posible identificar una continuidad histórica del improviso en la poesía lusófona, cuyo objetivo es reconstruir históricamente la tradición del improviso luso-brasileño. Esencialmente bibliográfica, la exposición de la pesquisa se encuentra dividida en cuatro capítulos. Lo primero, aborda los principios epistemológicos para la integración de las poeticas orales y populares en interior de la literatura luso-brasileña, constituyéndose como base epistémica para el desarrollo de la pesquisa; lo segundo, intitulado “Y si los trovadores medievales fueran repentistas…”, se vuelve hacía los trovadores gallego-portugueses, enfocando, además, las cantigas en desafío denominadas de tenciones; lo tercero trata de las relaciones entre la poesía popular y tradicional y los poetas cultos del renacimiento ibérico con destaque a Camões; lo cuarto, finalmente, versa, a partir de las contribuciones del capítulo Poetas repentistas de la inacabada Historia de la Literatura Brasileña, de Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), destacando la viola como importante elemento de sociabilización en el periodo colonial brasileño, en que se abultan las practicas poético-improvisatorias de Gregório de Matos y de Domingos Caldas Barbosa En esos capítulos, el eslabón se constituye en reconstrucción histórica del improviso poético, pero sin propalar un origen en el sentido etnocéntrico que sitúa una cultura como superior a otra, en que el improviso, la oralidad y la poesía popular aparecen como resquicios de una sociedad más evolucionada que las ha abandonado. Además, se sigue el principio de construir un análisis comparatista e historicizante, procurando observar algunas producciones poéticas del pasado que hoy solo existen en papel y otrora podrían haber sido compuestas en performance por medio de experiencias contemporáneas como la poesía popular y la cantoría nordestina. Entre las referencias, se destacan Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen; Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) y Zumthor (1993, 2010).
9

Vozes da literatura luso-brasileira : uma história do improviso poético – dos trovadores medievais aos poetas do Brasil colônia

Aguiar, Rafael Hofmeister de January 2018 (has links)
Este trabalho percorre uma história das vozes poéticas da literatura luso-brasileira impostadas no improviso poético desde os trovadores medievais até os poetas do Brasil Colônia. Dessa maneira, procura responder se é possível identificar uma continuidade histórica do improviso na poesia lusófona, tendo como objetivo reconstruir historicamente a tradição do improviso poético luso-brasileiro. Essencialmente bibliográfica, a exposição da pesquisa encontra-se dividida em quatro capítulos. O primeiro aborda os princípios epistemológicos para a integração das poéticas orais e populares no interior da literatura luso-brasileira, constituindose como base epistêmica para o desenvolvimento da pesquisa; o segundo, intitulado E se os trovadores medievais fossem repentistas..., volta-se para os trovadores galego-portugueses, enfocando, sobretudo, as cantigas em desafio denominadas de tenções; o terceiro trata das relações entre a poesia popular e tradicional e os poetas cultos do renascimento ibérico com destaque a Camões; o quarto, por fim, versa, a partir das contribuições do capítulo Poetas repentistas da inacabada História da literatura brasileira, de Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), do uso da viola como importante elemento de sociabilização no período colonial brasileiro, em que avultam as práticas poéticas improvisatórias de Gregório de Matos e Domingos Caldas Barbosa Nesses capítulos, o elo de ligação se constituiu na reconstrução histórica do improviso poético, sem apregoar uma origem no sentido etnocêntrico que situa uma cultura como superior a outra, ou em que o improviso, a oralidade e a poesia popular aparecem como resquícios de uma sociedade mais evoluída que as abandonou. Ademais, segue-se o princípio de construir uma análise comparatista e historicizante, procurando observar algumas produções poéticas do passado que hoje só existem em papel e outrora poderiam ter sido compostas e executadas em performance através de experiências contemporâneas como a poesia popular e a cantoria nordestina. Entre referências, destacam-se Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen e Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) e Zumthor (1993, 2010). / This papper tries to make a history of the poetic voices of Luso-Brazilian literature imposed in the poetic improvisation from the medieval troubadours to the poets of Brazil Colony. In this way, we try to answer if it is possible to identify a historical continuity of improvisation in lusophone poetry, with the objective of reconstructing historically the Luso-Brazilian poetic improvisation tradition. Essentially bibliographic, the exposition of the research is divided into four chapters. The first one deals with epistemological principles for the integration of oral and popular poetics within the Luso-Brazilian literature, constituting itself as an epistemic basis for the development of research; the second, entitled And if the medieval troubadours were repentistas ..., turns to the Galician-Portuguese troubadours, focusing, above all, the ditties in challenge called tenções; the third deals with the relations between popular and traditional poetry and the educated poets of the Iberian Renaissance, with a special mention of Camões; the fourth, finally, is based on the contributions of the chapter Improvisational Poets (Repentistas) on the unfinished History of Brazilian Literature by Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), highlighting the viola as an important element of socialization in the Brazilian colonial period, in which the improvisatory poetic practices of Gregório de Matos and Domingos Caldas Barbosa increase In these chapters, the linkage was constituted in the historical reconstruction of poetic improvisation, but without proclaiming an origin in the ethnocentric sense that places one culture as superior to another, in which improvisation, orality and popular poetry appear as remnants of a society more evolved that abandoned them. In addition, it follows the principle of constructing a comparative and historicizing analysis, looking for to observe some poetic productions of the past that now only exist in paper and could once have been composed in performance through contemporary experiences like the popular poetry and the northeastern cantor. Among references, we highlight Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen; Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) and Zumthor (1993, 2010). / Este estudio busca hacer una historia de las voces poéticas de la literatura luso-brasileña impostadas en el improviso poético, desde los trovadores medievales hasta los poetas de Brasil Colonia. Con ello, se procura responder si es posible identificar una continuidad histórica del improviso en la poesía lusófona, cuyo objetivo es reconstruir históricamente la tradición del improviso luso-brasileño. Esencialmente bibliográfica, la exposición de la pesquisa se encuentra dividida en cuatro capítulos. Lo primero, aborda los principios epistemológicos para la integración de las poeticas orales y populares en interior de la literatura luso-brasileña, constituyéndose como base epistémica para el desarrollo de la pesquisa; lo segundo, intitulado “Y si los trovadores medievales fueran repentistas…”, se vuelve hacía los trovadores gallego-portugueses, enfocando, además, las cantigas en desafío denominadas de tenciones; lo tercero trata de las relaciones entre la poesía popular y tradicional y los poetas cultos del renacimiento ibérico con destaque a Camões; lo cuarto, finalmente, versa, a partir de las contribuciones del capítulo Poetas repentistas de la inacabada Historia de la Literatura Brasileña, de Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), destacando la viola como importante elemento de sociabilización en el periodo colonial brasileño, en que se abultan las practicas poético-improvisatorias de Gregório de Matos y de Domingos Caldas Barbosa En esos capítulos, el eslabón se constituye en reconstrucción histórica del improviso poético, pero sin propalar un origen en el sentido etnocéntrico que sitúa una cultura como superior a otra, en que el improviso, la oralidad y la poesía popular aparecen como resquicios de una sociedad más evolucionada que las ha abandonado. Además, se sigue el principio de construir un análisis comparatista e historicizante, procurando observar algunas producciones poéticas del pasado que hoy solo existen en papel y otrora podrían haber sido compuestas en performance por medio de experiencias contemporáneas como la poesía popular y la cantoría nordestina. Entre las referencias, se destacan Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen; Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) y Zumthor (1993, 2010).
10

Vozes da literatura luso-brasileira : uma história do improviso poético – dos trovadores medievais aos poetas do Brasil colônia

Aguiar, Rafael Hofmeister de January 2018 (has links)
Este trabalho percorre uma história das vozes poéticas da literatura luso-brasileira impostadas no improviso poético desde os trovadores medievais até os poetas do Brasil Colônia. Dessa maneira, procura responder se é possível identificar uma continuidade histórica do improviso na poesia lusófona, tendo como objetivo reconstruir historicamente a tradição do improviso poético luso-brasileiro. Essencialmente bibliográfica, a exposição da pesquisa encontra-se dividida em quatro capítulos. O primeiro aborda os princípios epistemológicos para a integração das poéticas orais e populares no interior da literatura luso-brasileira, constituindose como base epistêmica para o desenvolvimento da pesquisa; o segundo, intitulado E se os trovadores medievais fossem repentistas..., volta-se para os trovadores galego-portugueses, enfocando, sobretudo, as cantigas em desafio denominadas de tenções; o terceiro trata das relações entre a poesia popular e tradicional e os poetas cultos do renascimento ibérico com destaque a Camões; o quarto, por fim, versa, a partir das contribuições do capítulo Poetas repentistas da inacabada História da literatura brasileira, de Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), do uso da viola como importante elemento de sociabilização no período colonial brasileiro, em que avultam as práticas poéticas improvisatórias de Gregório de Matos e Domingos Caldas Barbosa Nesses capítulos, o elo de ligação se constituiu na reconstrução histórica do improviso poético, sem apregoar uma origem no sentido etnocêntrico que situa uma cultura como superior a outra, ou em que o improviso, a oralidade e a poesia popular aparecem como resquícios de uma sociedade mais evoluída que as abandonou. Ademais, segue-se o princípio de construir uma análise comparatista e historicizante, procurando observar algumas produções poéticas do passado que hoje só existem em papel e outrora poderiam ter sido compostas e executadas em performance através de experiências contemporâneas como a poesia popular e a cantoria nordestina. Entre referências, destacam-se Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen e Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) e Zumthor (1993, 2010). / This papper tries to make a history of the poetic voices of Luso-Brazilian literature imposed in the poetic improvisation from the medieval troubadours to the poets of Brazil Colony. In this way, we try to answer if it is possible to identify a historical continuity of improvisation in lusophone poetry, with the objective of reconstructing historically the Luso-Brazilian poetic improvisation tradition. Essentially bibliographic, the exposition of the research is divided into four chapters. The first one deals with epistemological principles for the integration of oral and popular poetics within the Luso-Brazilian literature, constituting itself as an epistemic basis for the development of research; the second, entitled And if the medieval troubadours were repentistas ..., turns to the Galician-Portuguese troubadours, focusing, above all, the ditties in challenge called tenções; the third deals with the relations between popular and traditional poetry and the educated poets of the Iberian Renaissance, with a special mention of Camões; the fourth, finally, is based on the contributions of the chapter Improvisational Poets (Repentistas) on the unfinished History of Brazilian Literature by Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), highlighting the viola as an important element of socialization in the Brazilian colonial period, in which the improvisatory poetic practices of Gregório de Matos and Domingos Caldas Barbosa increase In these chapters, the linkage was constituted in the historical reconstruction of poetic improvisation, but without proclaiming an origin in the ethnocentric sense that places one culture as superior to another, in which improvisation, orality and popular poetry appear as remnants of a society more evolved that abandoned them. In addition, it follows the principle of constructing a comparative and historicizing analysis, looking for to observe some poetic productions of the past that now only exist in paper and could once have been composed in performance through contemporary experiences like the popular poetry and the northeastern cantor. Among references, we highlight Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen; Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) and Zumthor (1993, 2010). / Este estudio busca hacer una historia de las voces poéticas de la literatura luso-brasileña impostadas en el improviso poético, desde los trovadores medievales hasta los poetas de Brasil Colonia. Con ello, se procura responder si es posible identificar una continuidad histórica del improviso en la poesía lusófona, cuyo objetivo es reconstruir históricamente la tradición del improviso luso-brasileño. Esencialmente bibliográfica, la exposición de la pesquisa se encuentra dividida en cuatro capítulos. Lo primero, aborda los principios epistemológicos para la integración de las poeticas orales y populares en interior de la literatura luso-brasileña, constituyéndose como base epistémica para el desarrollo de la pesquisa; lo segundo, intitulado “Y si los trovadores medievales fueran repentistas…”, se vuelve hacía los trovadores gallego-portugueses, enfocando, además, las cantigas en desafío denominadas de tenciones; lo tercero trata de las relaciones entre la poesía popular y tradicional y los poetas cultos del renacimiento ibérico con destaque a Camões; lo cuarto, finalmente, versa, a partir de las contribuciones del capítulo Poetas repentistas de la inacabada Historia de la Literatura Brasileña, de Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), destacando la viola como importante elemento de sociabilización en el periodo colonial brasileño, en que se abultan las practicas poético-improvisatorias de Gregório de Matos y de Domingos Caldas Barbosa En esos capítulos, el eslabón se constituye en reconstrucción histórica del improviso poético, pero sin propalar un origen en el sentido etnocéntrico que sitúa una cultura como superior a otra, en que el improviso, la oralidad y la poesía popular aparecen como resquicios de una sociedad más evolucionada que las ha abandonado. Además, se sigue el principio de construir un análisis comparatista e historicizante, procurando observar algunas producciones poéticas del pasado que hoy solo existen en papel y otrora podrían haber sido compuestas en performance por medio de experiencias contemporáneas como la poesía popular y la cantoría nordestina. Entre las referencias, se destacan Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen; Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) y Zumthor (1993, 2010).

Page generated in 0.0665 seconds