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Geologia, petrologia e sensoriamento remoto integrados no estudo dos depósitos de ouro do maciço granítico Gollon, Peru

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2008. / Submitted by Thaíza da Silva Santos (thaiza28@hotmail.com) on 2010-09-13T17:46:11Z
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Previous issue date: 2008-12-12 / O Maciço Gollon faz parte da porção norte do batólito cálcio-alcalino Pataz- Parcoy-Buldibuyo, localizado na Cordilheira Oriental dos Andes Peruanos, no norte do Peru, hospedeiro dos principais depósitos de ouro em veios do Peru. O Maciço Gollon constitui corpo granítico equigranular a porfirítico encaixado em rochas metamórficas do Complexo Marañon que cortam parte da seqüência vulcanosedimentar do paleozóico. A seqüência carbonatada e as seqüências cretáceas são mais jovens que as rochas intrusivas. As rochas graníticas do maciço são granodiorito e monzogranito com hornblenda e biotita. Magnetita, ilmenita, zircão e apatita são os minerais acessórios. Diques máficos e aplíticos cortam o maciço Gollon. O Maciço Gollon é cálcio-alcalino, metaluminoso a peraluminoso, semelhante aos granitos do tipo I, com SiO2 entre 59 e 68%, elevada razão MgO/TiO2 (entre 2,6 e 3,9), K2O/Na2O < 1,13; 17% de Al2O3, 2,4-4,6% de CaO, Ba~568 ppm e Sr~168 ppm e valores intermediários de elementos terras raras com média de 135 ppm. Assemelha-se a granitos de arco vulcânico ou pós-colisionais. Sua pressão de cristalização, estimada com base no geobarômetro da hornblenda, situa-se entre 2,04 e 3,18 Kb. Os valores TDM do maciço situam-se entre 1,18 e 3,37 Ga e os de Nd (t) são negativos, entre -3,53 a -6,39, indicando fonte crustal mais antiga para esses magmas. Os dados geocronológicos U-Pb indicam idade de cristalização de 345,7 ± 6,9 Ma para o granodiorito no norte do maciço e de 325 ± 6,9 Ma para o monzogranito situado na porção sul do Maciço Gollon. Os espectros retirados com o PIMA das amostras não hidrotermalizadas de granodiorito e monzogranito do Maciço Gollon não apresentam muita diferença entre si. Ocasionalmente observam-se maiores profundidades na região de absorção da ligação Al-OH no monzogranito quando comparado ao granodiorito. As amostras hidrotermalizadas apresentam pouca diferença quando comparadas às não-hidrotermalizadas. Algumas amostras alteradas apresentam espectros com predominância de alguns minerais de alteração específicos, mas em geral a mistura espectral de minerais primários e de minerais de alteração é predominante. O algoritmo SAM (Spectral Angle Mapper) foi importante para mapear os principais litotipos do Maciço Gollon. Os afloramentos do Complexo Marañon foram mapeados com maior sucesso, devido à grande diferença espectral e mineralógica em relação aos granitos do maciço. A técnica SAM também permitiu identificar algumas áreas mineralizadas, quando utilizadas janelas de amostragem coletadas da própria imagem ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer). Áreas ainda não exploradas e que podem ser consideradas possíveis novos alvos de exploração foram distinguidas por meio da interpretação da imagem ASTER. Os veios mineralizados do Maciço Gollon são constituídos de quartzo, calcita e óxidos de ferro. A alteração hidrotermal está representada por argilominerais na borda dos veios e clorita, calcita, sericita e quartzo secundário. As características geológicas e petrológicas das rochas encaixantes, o tipo de alteração hidrotermal nas áreas mineralizadas e a associação espacial com terrenos metamórficos permitem sugerir que os veios auríferos de Gollon constituem depósitos de ouro orogênicos. Porém, não deve ser descartada a possibilidade de serem depósitos de ouro em veios geneticamente associados a rochas graníticas.
_____________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Gollon Massif is part of the northern portion of the calc-alkaline Pataz- Parcoy-Buldibuyo batholith, located in the Eastern Andes Mountains, north of Peru, which hosts the main gold vein deposits of Peru. The Gollon Massif comprises an equigranular to porphyritic granite intruded in metamorphic rocks of the Marañon complex, which crosscut part of the Paleozoic volcano-sedimentary sequence. The carbonated and the cretaceous sequences are younger than the intrusive rocks. The granitic rocks of the massif are granodiorite and monzogranite with hornblende and biotite. Magnetite, ilmenite, zircon and apatite are accessory minerals. Mafic dikes and aplites crosscut the Gollon massif. The Gollon massif is calc-alkaline, metaluminous to peraluminous, similar to Itype granites, with 59-68 wt.% SiO2, high MgO/TiO2 ratio (2.6-3.9), K2O/Na2O ratio < 1.13, 17 wt% Al2O3, 2.4-4.6 wt% CaO, Ba ~568 ppm, Sr~168 ppm, medium REE (~135 ppm). It is similar to volcanic arc or post-collisional granites. Its crystallization pressure, based on hornblende geobaromether, was 2.04 to 3.18 Kb. TDM values lie between 1.18 and 3.37 Ga and Nd(t) are -3.53 to -6.39, which indicate ancient crustal sources for these magmas. The geochronological U-Pb data indicate crystallization age of 345.7 ± 6.9 Ma for the granodiorite of the north portion of the massif and 325 ± 6.9 Ma for the monzogranite, located in the southern area of the Gollon massif. Data spectra collected with PIMA spectrometer of the non-hydrothermal altered granodiorite and monzogranite are not quite different. Occasionally, there occur more deeps in the band of absorption of the Al-OH bond in the monzogranite when compared with the granodiorite. The altered samples are not much different from the non-altered ones. Some altered samples have spectra where some specific secondary minerals predominate, but generally the spectral mixing predominates. The SAM (Spectral Angle Mapper) algorithm was important to map the main types of rocks of the Gollon massif. Nevertheless, the outcrops of the Marañon complex were mapped with greater success, due to the higher spectral and mineralogical differences in relation to the granites. The SAM technique also allowed identify mineralized areas, when windows of sampling collected from the own ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer) image were used. Areas yet not explored and that can be considered possible new exploration targets were distinguished by the interpretation of ASTER image. The mineralized veins of the Gollon massif are composed of quartz, calcite and iron oxides. The hydrothermal alteration is represented by clay minerals on the veins borders and chlorite, calcite sericite and secondary quartz. The geologic and petrographic characteristics of the wall rocks, the type of hydrothermal alteration in the mineralized areas and the spatial association with metamorphic terrains allow suggest that the gold veins of Gollon comprise orogenic gold deposits. Nevertheless, it can´t be discharged the possibility of been vein deposits genetically related to granitic rocks.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/5547
Date12 December 2008
CreatorsHerrera, Oscar Omar Guevara
ContributorsMoura, Márcia Abrahão, Meneses, Paulo Roberto, Silva, Adalene Moreira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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