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Um percurso psicanalítico pela mística, de Freud a Lacan

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. / Made available in DSpace on 2012-10-23T02:48:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
246832.pdf: 1101341 bytes, checksum: ffa45a158ddda72e39b21e2eb71d7cca (MD5) / A presente pesquisa objetivou explicitar as considerações psicanalíticas sobre a Mística que podem depreender-se da obra de Freud, Lacan e comentadores, tomando-se como diretrizes as incursões dos dois primeiros na temática. Para tanto a investigação orientou-se sobre três eixos temáticos: 1) a discussão entre Freud e Romain Rolland a respeito do "sentimento oceânico", a partir da qual se articularam conceitos como regressão, narcisismo, luto e melancolia; 2) o conceito de gozo feminino, que Lacan relaciona claramente ao gozo dos místicos, para cuja discussão são abordadas outras modalidades de gozo e as fórmulas da sexuação; e 3) a relação entre o misticismo e o não-sentido, na qual discute-se a possibilidade de que certas experiências místicas possam ou não provocar o despertar do âmbito do sentido. Lateralmente, também são analisadas possíveis relações entre a Mística e as estruturas clínicas psicanalíticas, e em especial, a psicose. O conceito de sublimação, de Freud a Lacan, torna-se imprescindível para a apreciação do tema em todas as suas facetas, permitindo concluir que a Mística encontra-se a meio caminho entre o campo da religião e da arte. Por um lado, a Mística aproxima-se da religião, pois produz incessantemente sentidos sobre uma fusão imaginária entre o sujeito e o absoluto. Por outro, a Mística parece atrelar-se à arte enquanto bordejamento da Coisa - objeto perdido do desejo - sendo, portanto, um gozo dos próprios limites da ordem simbólica, por onde toca no real, no não-sentido. Em sua faceta mais radical, a Mística parece realizar a face derradeira da pulsão, aquela de morte, provocando um despertar absoluto do sentido que se assemelha a uma morte subjetiva, mas que, paradoxalmente, não eclipsa completamente o sujeito, o qual permanece amarrado ao mundo simbólico, fazendo laço social.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/89795
Date January 2007
CreatorsTerêncio, Marlos Gonçalves
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Sousa, Fernando Aguiar Brito de
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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