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Estudo comparativo da efetividade de três drogas ansiolíticas em cirurgia de terceiros molares inclusos : ensaio clínico randomizado

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Não informado. / A ansiedade no ambiente odontológico é um dos grandes problemas encontrados e entraves para os tratamentos propostos. O estado emocional ao que o paciente encontra-se é fator decisivo na resposta fisiológica. Entre o fator principal encontra-se a diminuição do limiar de dor. O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar a eficácia de 3 drogas frente a um placebo no controle de ansiedade odontológica em pacientes submetidos a exodontia de terceiros molares inclusos. Foi realizado um ensaio clínico, randomizado, controlado, triplo-cego, paralelo, envolvendo uma amostra de 200 voluntários, após diagnóstico e indicação para exodontia de terceiros molares mandibulares inclusos, assintomáticos e em posições e dificuldades cirúrgicas similares. Foi administrado Passiflora incarnata 500 mg ou Midazolam 15 mg ou Erythrina mulungu 500mg ou placebo, por via oral, 60 minutos antes do início do procedimento cirúrgico, de forma aleatória e paralela. Em todos os casos, para prevenção da hiperalgesia e o controle do edema foi administrado uma única dose de dexametasona 8 mg intramuscular, 30 minutos antes da cirurgia. A avaliação do grau de ansiedade dos sujeitos da amostra foi feita por meio de questionários (escala de ansiedade de Corah) e de parâmetros físicos, como frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e teor de saturação de oxigênio (SpO2), sendo delineada em três fases distintas: Fase I (basal); Fase II (dia da intervenção) e Fase III (consulta de retorno). Não houve diferenças estatisticamente significantes (qui-quadrado, p=0,9703) entre os grupos em relação aos gêneros dos indivíduos e nem em relação às idades. Também não houve diferenças estatisticamente significantes (Qui-quadrado, p=0,6440) entre os grupos com relação a proporção de indivíduos que se declararam “muito pouco” / “levemente” ansiosos com aqueles que se declararam “moderadamente” / “extremamente” ansiosos, previamente ao tratamento. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os diferentes tempos operatórios em nenhum dos grupos (Kruskal-Wallis, p>0.05) considerando a pressão arterial sistólica, diastólica e SpO2. Houve aumento da FC (Kruskal-Wallis, p<0.05) durante a anestesia para todos grupos, sendo que os valores diminuíram após esse período. Os pacientes que utilizaram midazolam e passiflora mostraram menores (Qui-quadrado, p<0,0001) níveis de ansiedade que o placebo e que o mulungum, sendo que não houve diferenças estatisticamente significantes entre o mulungum e placebo (p=0,1585) e nem entre midazolam e passiflora (p=0,7946). Houve mais (p<0,0001) voluntários relatando piora no quadro de ansiedade pelo uso do mulungum ou placebo do que em relação ao midazolam ou passiflora, mas não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos (p=0,31) aqueles que relataram melhora no quadro de ansiedade. Concluiu-se que a Passiflora incarnata apresentou um efeito ansiolítico similar ao Midazolam, sendo segura e eficaz na sedação consciente de pacientes adultos submetidos a exodontias de terceiros molares mandibulares inclusos. Para cirurgia oral, mulungu não se mostrou eficaz no controle ansiolítico sob anestesia local.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/5914
Date26 February 2015
CreatorsCunha, Rafael Soares da
ContributorsSouza, Liane Maciel de Almeida
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Odontologia, UFS, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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