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Conversando com a mãe e com a terapeuta: o lugar da criança surda no diálogo

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Previous issue date: 2008 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho analisou, através dos relatos das mães e das terapeutas, o lugar
atribuído à criança surda no diálogo. Para tanto, foram analisados os relatos de
conversas, de 26 mães de crianças surdas (13 destas crianças estavam
freqüentando terapia fonoaudiológica e 13 não estavam) e seis terapeutas
(fonoaudiólogas ou estagiárias de fonoaudiologia) destas crianças. Para realizar a
coleta dos dados, foi solicitado às participantes que relatassem conversas que
tiveram com a criança. Estas conversas poderiam ser com relação a assuntos ou
então conversas que surgiram em alguma situação do cotidiano. Os dados foram
coletados individualmente e gravados em áudio. Após a transcrição dos dados, os
mesmos foram enquadrados em quatro modalidades diferentes no que se referia ao
grau de engajamento e negociação que os referidos relatos estavam apresentando
com relação às trocas dialógicas dos sujeitos, ou seja, se baseando na perspectiva
dialógica de comunicação, na qual os parceiros devem agir como co-autores das
ações. No presente estudo, este grau de engajamento e negociação seria uma
forma de observarmos se através do que foi relatado pelas participantes, se as
mesmas possibilitavam ou não a criança ser co-autora no processo de comunicação.
Os recursos para se comunicar com a criança também foram analisados de acordo
com as respostas obtidas através do questionário que foi respondido pelas
participantes no fim da coleta dos dados. Os resultados demonstram que as mães
das crianças surdas que já freqüentavam terapia fonoaudiológica obtiveram melhor
desempenho com relação a provável aceitação da criança surda no diálogo. Já as
mães de crianças surdas que não freqüentavam terapia fonoaudiológica, obtiveram
desempenhos menores com relação às demais mães, porém, algumas mães
relataram diálogos com a criança, inferindo-se que, possivelmente, forneceram
espaço para as crianças se posicionarem como parceiros na comunicação.
Confirmando a tendência que as mães possuem em estabelecer comunicação com
seu filho, mesmo ele sendo surdo. Já com relação às terapeutas, de acordo com os
dados obtidos, pode-se sugerir que houve um empate com relação à posição da
criança no diálogo de acordo com os relatos. Pode-se sugerir que a terapia
fonoaudiológica auxilia na comunicação, mas que mesmo sem freqüentar terapia,
possivelmente, as mães podem aceitar a criança como capaz de estabelecer diálogo,
mesmo com o comprometimento auditivo interferindo nesta comunicação. De acordo
com os dados obtidos através da análise das respostas do questionário, pode-se
sugerir que as participantes usufruíam de todos os recursos (gestos, LIBRAS e
outros) que lhes fossem eficazes para poder se "fazerem entender" e impor
significados no outro

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8167
Date31 January 2008
CreatorsCâmara Lima Alves de Souza Pimentel, Natália
Contributorsda Conceição Diniz Pereira de Lyra, Maria
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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