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Conversando com a mãe e com a terapeuta: o lugar da criança surda no diálogoCâmara Lima Alves de Souza Pimentel, Natália 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho analisou, através dos relatos das mães e das terapeutas, o lugar
atribuído à criança surda no diálogo. Para tanto, foram analisados os relatos de
conversas, de 26 mães de crianças surdas (13 destas crianças estavam
freqüentando terapia fonoaudiológica e 13 não estavam) e seis terapeutas
(fonoaudiólogas ou estagiárias de fonoaudiologia) destas crianças. Para realizar a
coleta dos dados, foi solicitado às participantes que relatassem conversas que
tiveram com a criança. Estas conversas poderiam ser com relação a assuntos ou
então conversas que surgiram em alguma situação do cotidiano. Os dados foram
coletados individualmente e gravados em áudio. Após a transcrição dos dados, os
mesmos foram enquadrados em quatro modalidades diferentes no que se referia ao
grau de engajamento e negociação que os referidos relatos estavam apresentando
com relação às trocas dialógicas dos sujeitos, ou seja, se baseando na perspectiva
dialógica de comunicação, na qual os parceiros devem agir como co-autores das
ações. No presente estudo, este grau de engajamento e negociação seria uma
forma de observarmos se através do que foi relatado pelas participantes, se as
mesmas possibilitavam ou não a criança ser co-autora no processo de comunicação.
Os recursos para se comunicar com a criança também foram analisados de acordo
com as respostas obtidas através do questionário que foi respondido pelas
participantes no fim da coleta dos dados. Os resultados demonstram que as mães
das crianças surdas que já freqüentavam terapia fonoaudiológica obtiveram melhor
desempenho com relação a provável aceitação da criança surda no diálogo. Já as
mães de crianças surdas que não freqüentavam terapia fonoaudiológica, obtiveram
desempenhos menores com relação às demais mães, porém, algumas mães
relataram diálogos com a criança, inferindo-se que, possivelmente, forneceram
espaço para as crianças se posicionarem como parceiros na comunicação.
Confirmando a tendência que as mães possuem em estabelecer comunicação com
seu filho, mesmo ele sendo surdo. Já com relação às terapeutas, de acordo com os
dados obtidos, pode-se sugerir que houve um empate com relação à posição da
criança no diálogo de acordo com os relatos. Pode-se sugerir que a terapia
fonoaudiológica auxilia na comunicação, mas que mesmo sem freqüentar terapia,
possivelmente, as mães podem aceitar a criança como capaz de estabelecer diálogo,
mesmo com o comprometimento auditivo interferindo nesta comunicação. De acordo
com os dados obtidos através da análise das respostas do questionário, pode-se
sugerir que as participantes usufruíam de todos os recursos (gestos, LIBRAS e
outros) que lhes fossem eficazes para poder se "fazerem entender" e impor
significados no outro
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Laringectomizados Usuários de Prótese Traqueoesofágica:Princípios e Métodos da Prática FonoaudiológicaGhirardi, Ana Carolina de Assis Moura 13 February 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-02-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of the present study is to analyze the principles and methods present in
Speech Therapy of totally laryngectomized patients who use a tracheoesophageal
prosthesis. Methods: The participants of the study were three speech therapists with
experience in the field of laryngectomy rehabilitation, three head and neck surgeons and
three patients using a vocal prosthesis for a minimum period of one year. The subjects
were divided into three separate groups, according to their role in the study: Speech
therapists (GF), head and neck surgeons (GM) and patients (GU). The speech
therapists were submitted to an open interview, in which they assessed their clinical
practice with such patients, in detailed manner. After reading the material collected from
these interviews, a questionnaire was developed so that the surgeons could consider
their expectations towards speech therapy as well as their ideas on clinical success.
Likewise, a third questionnaire was developed, targeting the patients views on speech
therapy, their recollections on the subject and their references to specific clinical
strategies. After all interviews and questionnaires were collected, the material was
thoroughly read several times, and the content was organized in different categories
which derived from the contents of subjects speech. Speech order was maintained
while organizing the categories. Thus, the data analysis was done considering each
group separately, since not all categories were the same for the three groups. However,
a comparison was made for all groups, with regards to those categories that matched in
all three. Results: The time span of therapy was considered small by GF. The most
common techniques described by the speech therapists were those aiming stoma
occlusion, coordination between occlusion, breathing and speech, speech intelligibility
and pitch and loudness modulations. For this group, the main objective of speech
therapy is to ensure that the vocal prosthesis is the main way of alaryngeal
communication, if the patient so desires. For GM, the main role of speech therapy is to
provide vocal expression resources so that the patient can achieve communicative
independence. They also feel that speech therapy should be a space where the patients
learn to master their prosthesis resources and learn how to care for it effectively. As for
GU, the main gain related to speech therapy was improvement in quality of life, due to
the re-gaining of speech and voice, leading to greater social interaction. All viewed their
time with the speech therapist as a positive one, and do not necessarily consider a short
time-span as a main advantage of the tracheoesophageal prosthesis. As a result of the
combined analysis, the principles of speech therapy with these patients are: to insure
the patients adjustment to their prosthesis, to present them with specific speech
techniques and to promote conditions where the patient is free to express himself and
thus expand the abilities acquired in therapy to his daily life activities. Conclusions:
Therefore, the main goal of speech therapy is a combination of the aspects pointed out
by members of the three groups; that is, to provide the patient with independence to
handle and use his prosthesis not only in a daily manner, but with mastery of all its
resources and expression possibilities, but to promote as well a greater social
interaction of these people with their peers, hence improving their overall quality of life / Objetivo: Analisar os princípios e métodos presentes na terapia fonoaudiológica de
pacientes laringectomizados totais usuários de prótese traqueoesofágica, do ponto
de vista de fonoaudiólogos, médicos e pacientes. Métodos: Os participantes da
pesquisa foram três fonoaudiólogas que atuam na área de reabilitação de
laringectomizados totais (GF), três médicos cirurgiões de cabeça e pescoço (GM) e
três usuários de prótese traqueoesofágica (GU). Os fonoaudiólogos responderam a
uma entrevista contendo uma pergunta de caráter aberto, sobre a sua prática na
reabilitação desses pacientes. A partir da leitura do material coletado, elaborou-se
um questionário para GM, sobre suas expectativas quanto ao processo terapêutico
fonoaudiológico, e outro para GU, que versava sobre técnicas específicas,
expectativas e lembranças do processo de terapia fonoaudiológica. Após a leitura
do material, foram elaborados mapas de associação de idéias, e as falas dos
entrevistados foram alocadas em categorias correspondentes. Dessa forma a
análise foi realizada de forma individual para cada grupo. Em um segundo
momento, as falas dos entrevistados dos três grupos foram comparadas entre si,
com base nas categorias elaboradas. Resultados: O trabalho com os usuários de
prótese traqueoesofágica é descrito pelas fonoaudiólogas como rápido. A atuação
no período pré-operatório consiste de orientações acerca da cirurgia e suas
implicações e sobre os métodos alternativos de comunicação disponíveis. Após a
cirurgia, a terapia fonoaudiológica consiste, predominantemente, de técnicas
específicas para oclusão do estoma, coordenação entre expiração e fonação,
fluência de fala, tempo máximo fonatório, e variação de altura e intensidade vocal.
O caso é considerado bem sucedido quando o paciente utiliza a prótese como
principal forma de comunicação. Para os médicos, a função da terapia
fonoaudiológica é dar ao sujeito autonomia de comunicação, por meio de recursos
expressivos e domínio do uso da prótese. Para os usuários, o contato com a
fonoaudióloga foi positivo e os principais ganhos foram em qualidade de vida, pela
re-integração social e retomada da fala. Assim, os princípios da atuação
fonoaudiológica foram: mediar a adaptação do paciente à PTE, oferecer técnicas
para a fonação e propiciar condições para que ele se expresse. Considerações
Finais: Observa-se que a função do fonoaudiólogo é a combinação entre as
expectativas dos três grupos: propiciar ao paciente um domínio da prótese por meio
da expressão, autonomia no cuidado com a mesma, fazendo com que esse seja
seu principal recurso de comunicação. Dessa forma, a melhora da qualidade de
vida, pela reintegração na sociedade passa a ser o principal objetivo da atuação
com laringectomizados
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A Influência da Cooperação dos Pais no Processo Terapêutico para a aquisição da linguagem.Carneiro, Maria Aparecida Sumã Pedrosa 15 April 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-04-15 / Considering the previous history of success of the use of procedures based on the
Behavioral Approach in the work with children with developmental disabilities, some
procedures of this theoretical approach were combined with techniques of speech
therapy to make it possible the acquisition of mands abilities by two children, 5 and 7
years old with specific language delay. In the intervention were used procedures of
Positive Reinforcement, Shaping, Modeling and Fading. Of the speech therapy
techniques, the most frequently used were those of Phonetic Placement that included
point demonstration and articulating forms of the phonemes that were part of the
trained mands. The study was implemented in two phases, Intervention I and
Intervention II, and in two settings: clinical setting and residential setting. The first
phase of the intervention was conducted only in the clinical setting with the
intervention of the researcher as therapist. In this phase, the parents did not have an
active participation. The second phase of the intervention was conducted in the clinic
as well in the children s residence with the participation of the therapist and of the
parents as co-therapists. The parents began to watch the therapist in action in the
clinical setting and in their residences. The therapist had the opportunity to observe
the parents in action as well. They received orientation about how to encourage and
reinforce the children in all settings they attended to, to favor the acquisition and the
development of language. The two children s performance was measured in terms of
frequency of occurrence of mands present in the verbalizations registered during four
weekly sessions of 30 minutes each. The results show efficiency of the procedures
used in both phases of intervention. In the second phase, the results were even more
evident, suggesting that parents participation as co-therapists resulted in an
acceleration of the therapeutic process. / Considerando-se a história prévia de sucesso do uso de procedimentos baseados na
Abordagem Comportamental no trabalho com crianças com atraso no
desenvolvimento, alguns procedimentos dessa abordagem teórica foram combinados
com técnicas fonoaudiológicas para tornar possível a aquisição de habilidades de
mando por duas crianças, de 5 e 7 anos de idade, com atraso específico de linguagem.
Na intervenção foram utilizados procedimentos de Reforçamento Positivo,
Modelagem, Modelação e Esmaecimento. Das técnicas fonoaudiológicas, as mais
frequentemente usadas foram as de Colocação Fonética que incluem demonstração de
ponto e modo articulatório dos fonemas que faziam parte dos mandos treinados. O
estudo foi implementado em duas fases, Intervenção I e Intervenção II, e em dois
ambientes: ambiente clínico e ambiente residencial. A primeira fase da intervenção
foi conduzido somente no ambiente clínico com a intervenção da pesquisadora como
terapeuta. Nessa fase os pais não tiveram uma participação ativa. A segunda fase de
intervenção foi conduzida tanto na clínica quanto nas residências das crianças com a
participação da terapeuta e dos pais como co-terapêutas. Os pais passaram a assistir a
terapeuta em ação no ambiente clínico e em suas residências. A terapeuta também
teve a oportunidade de observar os pais em ação. Eles receberam orientações sobre
como estimular e reforçar a criança em todos os ambientes freqüentados por elas para
favorecer a aquisição e o desenvolvimento da linguagem. O desempenho das duas
crianças foi medido em termos de freqüência de ocorrência de mandos presentes nas
verbalizações registradas durante quatro sessões semanais de 30 minutos cada. Os
resultados mostram eficácia dos procedimentos utilizados nas duas fases de
intervenção. Na segunda etapa, os resultados foram ainda mais evidentes, sugerindo
que a participação dos pais como co-terapêutas resulta na aceleração do processo
terapêutico.
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