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A música sob o interdito: a ambiguidade da relação entre a Igreja e a polifonia musical no século XIV

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Previous issue date: 2010-05-19 / It intends to analyze the social history of the music, which, around XI e XII centuries, is
aesthetically innovated at the same time that several social changes happen. This new music
(polyphonic) is a technical variation of the Gregorian Chant (monophonic). Its evolution happens
mainly in the church environment, but its relation with the clerics was not always peaceful.
Because it was developed in the urban cathedrals-churches and universities, it did not
totally join with the church tradition, it used to represent a deviation from the church, which, until
that moment, had as its scholars centers, the monastery. This fact was enough to generate doubts
about using or not this music in the churches celebrations. Although these doubts existed, they
had never taken the clerics to any arbitrary actions in relation to the polyphonic music.
During the XII and XIII centuries, a social stability and the church hegemony
contributed for the dialog between clerics and musicians, but the actions of the temporal power
against the church in the XIV century, made it look more carefully to the elements that the
secular society brought to its practices in the celebrations.
This is when Pope John XXII decrees the bull Docta Sanctorum Patrum prohibiting
the practice of polyphonic music, mainly the one that were practiced by new schools and had
secular characteristics, in churches celebration . Studying the reasons that influenced the Pope to
take this action is the principal objective of this study / Tem por objetivo analisar a história social da música que, por volta dos séculos XI e XII,
ganha inovações estéticas contemporâneas a uma série de mudanças sociais ocorridas no período.
A nova música que surge (polifônica) é uma variação técnica do chamado Canto Gregoriano
(monofônico), sua evolução se deu principalmente no âmbito clerical, mas nem sempre sua
relação com a Igreja foi pacífica.
Por ser uma música desenvolvida nas igrejas-catedrais urbanas e nas universidades, ela
tinha elementos externos à sua tradição, representava uma ruptura com a Igreja, que, até então
tinha como centro de aprendizado os mosteiros rurais. Esse fato foi suficiente para que fossem
gerados questionamentos quanto à legitimidade do uso dessa nova música na liturgia, embora
esses questionamentos não tivessem gerado nenhuma atitude arbitrária em relação à prática da
música polifônica em ambiente religioso.
Durante os séculos XII e XIII, uma certa estabilidade social e a hegemonia da Igreja
colaborou para o diálogo, até que um avanço do poder temporal sobre a Igreja no século XIV a
levou-a a rever com mais rigidez os elementos que a sociedade trazia para dentro de suas práticas.
Foi então que uma bula do Papa João XXII (Docta Sanctorum Patrum) proibiu que a
música polifônica, principalmente a que vinha de novas escolas e tinham características estéticas
secularizadas fosse proibida em atos litúrgicos. Estudar os motivos que impeliram o Papa a tomar
tal atitude é o objetivo principal desta pesquisa

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/2138
Date19 May 2010
CreatorsEsperandio, Thiago José
ContributorsVasconcellos, Pedro Lima
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião, PUC-SP, BR, Ciências da Religião
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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