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Conhecimentos e práticas dos profissionais de saúde sobre o manejo da dor no período neonatal

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Previous issue date: 2009 / Apesar do maior conhecimento sobre dor, os recém-nascidos continuam a ser
expostos a procedimentos invasivos, sem a utilização de analgesia, nas Unidades de Terapia
Intensiva Neonatal. Os médicos, em sua maioria, são incapazes de avaliar e tratar a dor do
neonato, devido à não incorporação do saber às ações médicas. As atitudes dos
neonatologistas, muitas vezes, não refletem as atuais evidências estabelecidas sobre dor nesta
faixa etária. Objetivos: 1- Revisar a literatura para avaliar as variáveis que podem influenciar
as ações e atitudes dos profissionais, na sua prática clínica. 2-Comparar as práticas referidas e
utilizadas pelos médicos no manejo d dor nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal.
Métodos: Para a abordagem do tema, foi revista a literatura relacionada, através das bases de
dados MEDLINE, SciElo e LILACS no período de 1995-2008. Utilizados os descritores
Dor , Terapia Intensiva Neonatal e Profissional de Saúde . Para o artigo original foi
realizado um estudo descritivo, transversal, com componente analítico, através de
questionários aplicados aos médicos, diaristas e/ou plantonistas, no período de janeiro a maio
de 2007. Com a finalidade de comparar as informações fornecidas pelos profissionais com a
prática médica na rotina dos serviços, foram utilizados dados de uma pesquisa realizada seis
meses antes, nos mesmos serviços, intitulada: Manejo da dor e uso de analgesia sistêmica em
neonatologia . As duas etapas ocorreram em períodos diferentes para diminuir a influencia do
interrogatório nas condutas dos entrevistados. Resultados: Vários estudos demonstram que o
profissional de saúde mostra-se, quase sempre, incapaz de identificar e tratar a dor do recémnascido.
Os obstáculos para um manejo adequado da dor no neonato são multifatoriais, entre
os quais: o conhecimento e treinamento insuficientes dos profissionais, a falta de
normatização sistemática e fatores subjetivos, como influências pessoais ou experiências
profissionais prévias. No presente estudo, as práticas referidas quanto ao uso de analgésicos
foram maiores do que as realmente utilizadas para o tratamento do recém-nato nas situações
dolorosas, como: enterocolite (p<0,02), pós-operatório (p<0,01), intubação oro-traqueal
(p<0,01) e ventilação mecânica (p<0,01). Diferença semelhante foi observada para o uso dos
fármacos: opioides, benzodiazepínicos e associação, dados estatisticamente significantes. A
pesquisa demonstrou também que, apesar de todos os profissionais referirem que o recémnascido
sente dor, a maior parte desconhece os aspectos clínicos e farmacológicos relativos à
administração de analgésicos, no período neonatal. Conclusão: Os médicos avaliados, neste
estudo, sabem que o recém-nascido sente dor, porém demonstram desconhecimento quanto a
alguns aspectos clínicos e farmacológicos importantes para o manejo adequado da dor no
neonato. Apesar dos avanços no manuseio da dor, os neonatologistas não os incorporam em
suas práticas de rotina. Para diminuir tamanho distanciamento entre o conhecimento e a
prática, é necessária a sensibilização dos profissionais quanto à importância da minimização
dos fenômenos dolorosos neste período de vida. Torna-se necessário o treinamento e a
capacitação dos profissionais de saúde quanto ao manejo da dor e implantação de normas e
protocolos nos serviços estudados, com a finalidade de modificar as práticas de rotina,
esperando fornecer subsídios na busca de uma assistência mais humanizada ao neonato

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9196
Date31 January 2009
CreatorsMAIA, Alessandra Costa de Azevedo
ContributorsCOUTINHO, Sonia Bechara
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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