Este trabalho tem por objetivo provar que, em primeiro lugar, a despeito das críticas dos contemporâneos de Rousseau e das interpretações de alguns estudiosos de seu pensamento, não há qualquer traço de anti-cristianismo em sua obra e nem mesmo a afirmação da existência de uma antinomia entre cristianismo e política. Em segundo lugar, que Rousseau concebe um tipo de religiosidade pessoal peculiar, que pode ser definida como teísmo cristão, pois ao mesmo tempo em que assume parte dos elementos da religião natural aceita a Bíblia e Cristo como fundamentos de sua fé. Em terceiro lugar, que Rousseau apresenta a Religião Civil como solução original para tratar o problema gerado pela intolerância religiosa na Era Moderna, pois este exige uma nova concepção das relações entre religião e política que não poderia ser encontrada na filosofia política anterior. A Religião Civil, portanto, é uma solução, porque atinge os pontos centrais do problema: é preciso que o soberano seja tolerante em matéria de religião, daí a formulação dos dogmas positivos; mas intolerante para com os intolerantes, sejam os fanáticos ateus ou os fanáticos devotos, daí a necessidade do dogma negativo; por fim, assumindo o papel de religião oficial, não deixa as leis relegadas à própria sorte.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-28022011-135845 |
Date | 13 February 2009 |
Creators | José Benedito de Almeida Júnior |
Contributors | Maria das Gracas de Souza, Maria de Fatima Simoes Francisco, Humberto Aparecido de Oliveira Guido, Maria Constança Peres Pissarra, Luiz Felipe Netto de Andrade e Silva Sahd |
Publisher | Universidade de São Paulo, Filosofia, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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