Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-graduação em Enfermagem / Made available in DSpace on 2012-10-22T06:09:59Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Este é um estudo qualitativo do tipo convergente assistencial, que teve como objetivo compreender as representações sociais do "pé diabético" para pessoas com diabetes mellitus tipo 2, inspirado na Teoria das Representações Sociais, proposta por Serge Moscovici (1961). Para chegar a compreensão das representações sociais foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 10 sujeitos com diabetes tipo 2 e a implementação de um grupo de convivência com estes sujeitos, numa proposta de educação participativa, através da qual procuramos identificar as representações sociais sobre o "pé diabético". A análise de conteúdo aconteceu em três etapas: pré-análise, exploração do material e; tratamento dos resultados obtidos e interpretação. Na representação do "pé diabético", surgiram duas categorias, que foram a "doença do pé", que inclui como subcategorias: alterações percebidas e ameaças presentes e; o cuidado com os pés, que inclui as subcategorias: o cuidado como preocupação com o futuro e não cuidado como sentimento de culpa. Estas representações estão ancoradas em informações científicas interpretadas no cotidiano do senso comum, informações dos meios de comunicação, mas, principalmente, na experiência social de convívio com pessoas que desenvolveram a "doença do pé". A representação do "pé diabético" foi objetivada pelas alterações, mas além das alterações físicas surgiu a preocupação muito representativa das ameaças de amputação e morte. Ao deparar-se com a "doença do pé", emergem muitos sentimentos que revelam preocupação com o futuro, medo de perder parte de corpo e parte da vida, há uma sensação de proximidade com a morte. Movidos pelas representações de alterações e ameaças os sujeitos buscam no cuidado uma esperança de não desenvolver "a doença do pé" ou "controlar" a situação já instalada. Quando ocorre o não cuidado, os mesmos sentem-se culpados por terem conhecimentos e não se cuidarem. O não cuidado pode, impulsionado pelo sentimento de culpa, transformar-se em cuidado. As representações sociais contribuíram na busca da compreensão do modo como os sujeitos com diabetes, enquanto grupo social, constroem um conjunto de saberes que expressam sua identidade e fundamentam seus comportamentos, especialmente vinculado ao "pé diabético". A representação da "doença do pé" busca uma reflexão sobre a importância da valorização do sujeito social, ser humano pensante, com paradigmas próprios que influenciam suas interpretações e atitudes de cuidado, conforme sua visão da realidade. A educação em diabetes somente é alcançada se considerarmos este paradigma.Este é um estudo qualitativo do tipo convergente assistencial, que teve como objetivo compreender as representações sociais do "pé diabético" para pessoas com diabetes mellitus tipo 2, inspirado na Teoria das Representações Sociais, proposta por Serge Moscovici (1961). Para chegar a compreensão das representações sociais foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 10 sujeitos com diabetes tipo 2 e a implementação de um grupo de convivência com estes sujeitos, numa proposta de educação participativa, através da qual procuramos identificar as representações sociais sobre o "pé diabético". A análise de conteúdo aconteceu em três etapas: pré-análise, exploração do material e; tratamento dos resultados obtidos e interpretação. Na representação do "pé diabético", surgiram duas categorias, que foram a "doença do pé", que inclui como subcategorias: alterações percebidas e ameaças presentes e; o cuidado com os pés, que inclui as subcategorias: o cuidado como preocupação com o futuro e não cuidado como sentimento de culpa. Estas representações estão ancoradas em informações científicas interpretadas no cotidiano do senso comum, informações dos meios de comunicação, mas, principalmente, na experiência social de convívio com pessoas que desenvolveram a "doença do pé". A representação do "pé diabético" foi objetivada pelas alterações, mas além das alterações físicas surgiu a preocupação muito representativa das ameaças de amputação e morte. Ao deparar-se com a "doença do pé", emergem muitos sentimentos que revelam preocupação com o futuro, medo de perder parte de corpo e parte da vida, há uma sensação de proximidade com a morte. Movidos pelas representações de alterações e ameaças os sujeitos buscam no cuidado uma esperança de não desenvolver "a doença do pé" ou "controlar" a situação já instalada. Quando ocorre o não cuidado, os mesmos sentem-se culpados por terem conhecimentos e não se cuidarem. O não cuidado pode, impulsionado pelo sentimento de culpa, transformar-se em cuidado. As representações sociais contribuíram na busca da compreensão do modo como os sujeitos com diabetes, enquanto grupo social, constroem um conjunto de saberes que expressam sua identidade e fundamentam seus comportamentos, especialmente vinculado ao "pé diabético". A representação da "doença do pé" busca uma reflexão sobre a importância da valorização do sujeito social, ser humano pensante, com paradigmas próprios que influenciam suas interpretações e atitudes de cuidado, conforme sua visão da realidade. A educação em diabetes somente é alcançada se considerarmos este paradigma.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/88162 |
Date | January 2004 |
Creators | Coelho, Maria Seloi |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Silva, Denise Maria Guerreiro Vieira da |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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