Este trabajo tiene como principal objetivo analizar las proyecciones del voseo, principalmente el que Rona (1967) denomina de tipo III, y su relación con otras formas de tratamiento en el discurso humorístico de la revista Hortensia, creada en el año 1971 en la capital de la provincia de Córdoba (Argentina). En función de estudiar ese objeto, en primera instancia, abordamos aspectos sobre las formas de tratamiento en espacios de habla española, abocándonos al de Argentina y, específicamente al de Córdoba Capital para acercarnos a elementos que nos permitan comprender los funcionamientos que aparecen en nuestro corpus. En un segundo momento, nos aproximamos a las condiciones de producción de la referida revista con el objetivo de comprender su especial significación en la producción mediática y humorística del momento. Finalmente, para el análisis que nos proponemos, recortamos una serie de secuencias discursivas correspondientes a la crônica de Negrazon y Chaveta (producción muy expresiva en el marco de la revista Hortensia) con la finalidad de mostrar cómo aparece representado, a partir de un trabajo de autoría, el referido voseo tipo III, fundamentalmente a partir de la presencia de otras formas de tratamiento como la de tú y la de usted en la interlocución de los personajes de la crônica. Las consideraciones de ese análisis son colocadas en relación con una serie de chistes y de publicidades de la revista, donde aparecen el voseo tipo II y el tipo III (RONA, 1967) entre otras formas de tratamiento. El estudio desarrollado nos permite conocer cómo el trabajo de autoría (ORLANDI, [2001] 2012), especialmente el presente en las secciones abordadas en Hortensia, produce un gesto de interpretación que da visibilidad a las formas del voseo, especialmente a las del tipo III, históricamente vinculadas a una memoria de colonización que se materializó en políticas de lengua que han supuesto exclusión y estigmatización, tanto de formas lingüísticas como de hablantes. En ese sentido, el análisis nos lleva a considerar que el gesto de interpretación presente en Hortensia interrumpe la rutina de tal línea en el funcionamiento de la memoria e, incluso, implica un cierto efecto de legitimación. / Este trabalho tem como principal objetivo analisar as projeções do voseo, principalmente aquele que Rona (1967) denomina como voseo de tipo III, e sua relação com outras formas de tratamento no discurso humorístico da revista Hortensia, criada no ano de 1971 na capital do estado de Córdoba (Argentina). Com a função de estudar esse objeto, em uma primeira instância, abordamos aspectos sobre as formas de tratamento em espaços de língua espanhola, concentrando-nos no da Argentina e, especificamente, no espaço da cidade de Córdoba, para nos aproximar dos elementos que nos permitam conhecer os funcionamentos que aparecem em nosso corpus. Em um segundo momento, nos debruçamos sobre as condições de produção da referida revista com o objetivo de compreender sua especial significação na produção midiática e humorística do momento. Finalmente, para a análise que propomos, recortamos uma série de sequências discursivas correspondentes à crônica de Negrazón y Chaveta (produção muito expressiva no espaço da revista Hortensia) com a finalidade de mostrar como aparece representado, a partir de um trabalho de autoria, o referido voseo de tipo III, considerando fundamentalmente a presença de outras formas de tratamento como a de tú e a de usted na interlocução dos personagens da crônica. As considerações desta análise são colocadas em relação com uma série de piadas e de publicidades difundidas na revista e nas quais aparecem o voseo de tipos II e III (RONA, 1967), entre outras formas de tratamento. O estudo desenvolvido nos permite conhecer como o trabalho de autoria (ORLANDI, [2001] 2012), especialmente aquele que está presente nas seções abordadas em Hortensia, produz um gesto de interpretação que proporciona visibilidade às formas de voseo, especialmente o de tipo III, historicamente vinculadas a uma memória de colonização que se materializou em políticas de língua que supuseram a exclusão e a estigmatização tanto de formas linguísticas como de falantes. Nesse sentido, a análise nos leva a falar de que o gesto de interpretação presente em Hortensia interrompe a rotina de tal linha no funcionamento da memória e, também, implica um certo efeito de legitimação.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-26092018-131512 |
Date | 19 March 2018 |
Creators | Jorgelina Liz Angelini Ocaranza |
Contributors | Maria Teresa Celada, Maria Zulma Moriondo Kulikowski, Andrea Cecilia Menegotto, Rosangela Aparecida Dantas de Oliveira |
Publisher | Universidade de São Paulo, Letras (Língua Espanhola e Literaturas Espanholas e Hispano-Americana), USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Spanish |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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