Contexte : le travail réalisé dans cette thèse s'inscrit dans le projet de prévention précoce CAPEDP qui comprenait une intervention longitudinale adressée à une population de grande vulnérabilité psychosociale. Nos objectifs étaient de tester l'efficacité des interventions à domicile sur la qualité de l'attachement chez l'enfant et de comparer longitudinalement les comportements et les représentations d'attachement avec un groupe témoin qui a reçu les soins usuels. Méthodologie : notre travail est divisé en trois études et temps de mesure : 12, 18 et 48 mois de l'enfant. Les comportements d'attachement ont été évalués à travers la Situation Étrange à 12 mois et l'Attachment Q-sort à 18 mois. A 48 mois, nous avons évalué les représentations d'attachement avec l'Attachment Story Completion Task. Résultats : à 12 mois, les différences en termes de sécurité ne sont pas significatives mais nous remarquons plus d'enfants sécures dans le groupe intervention. A 18 mois, le groupe intervention a des scores de sécurité plus élevés. Nous remarquons aussi une amélioration significative entre 12 et 18 en termes de sécurité dans le groupe intervention. A 48 mois, nous retrouvons une amélioration au niveau des facteurs sociodémographiques et un effet de genre, les filles du groupe intervention étaient significativement plus sécures que celles du groupe contrôle. Discussion : l'intervention CAPEDP a eu un effet positif en augmentant la sécurité de l'attachement entre 12 et 18 mois. Les filles du groupe intervention semblent avoir profité plus de l'intervention CAPEDP. Plusieurs limites de l'étude sont discutées ainsi que les ouvertures de recherche, notamment une intervention conjointe psychologue-assistante sociale pour atténuer l'impact des facteurs de risque sur l'efficacité de l'intervention psychologique. / Context: this PhD research fits into the early prevention CAPEDP project: a home-visiting intervention addressing a high-risk population. Our goals were to test the efficiency of the intervention on infant attachment and to longitudinally compare attachment behaviours and representations with a control group that received only usual care. Method: our work is divided into 3 studies with different times and measures: 12, 18 et 48 months. Attachment behaviour was assessed with the Strange Situation at 12 months and with the Attachment Q-sort at 18 months. Attachment representations were assessed with the Attachment Story Completion Task at 48 months. Results: at 12 months, there are more secure infants in the intervention group although these differences are not statistically significant. At 18 months, the intervention group has higher scores of security. Results also show an improvement in terms of security between 12 and 18 months for the intervention group. At 48 months, results point out an improvement in socio-demographic factors and a gender difference: girls from the intervention group showed significantly higher attachment security than the control group. Discussion: the CAPEDP intervention had a positive effect in enhancing attachment security between 12 and 18 months. Girls seem to have profited the most from our intervention. The limitations and future directions are discussed, particularly the interest of a joint intervention between psychologists and social workers to diminish the socio-economic risk impact on the psychological intervention. / Contexto: este trabalho de tese insere-se no projeto de prevenção precoce CAPDP constituído por uma intervenção longitudinal dirigida a uma população com elevado risco psicossocial. Os objetivos eram testar a eficácia da intervenção a domicílio sobre a qualidade da vinculação na criança e comparar longitudinalmente os comportamentos e as representações de vinculação com um grupo controlo que beneficiou apenas do sistema de cuidados já existente. Metodologia: o nosso trabalho é dividido em três estudos ou tempos: 12, 18 e 48 meses da criança. Os comportamentos de vinculação foram avaliados com a Situação Estranha aos 12 meses e com o Attachment Q-sort aos 18. Aos 48 foram avaliadas as representações de vinculação com o Attachement Story Completion Task. Resultados: aos 12 meses, as diferenças em termos de segurança da vinculação não são significativas, mas constatámos a presença de mais crianças seguras no grupo intervenção. Aos 18 meses, o grupo intervenção verifica scores mais elevados de segurança. De notar também uma melhoria significativa entre os 12 e os 18 meses em termos de segurança da vinculação no grupo intervenção. Aos 48 meses, encontrámos melhorias a nível sociodemográfico e um efeito de género, sendo que as meninas do grupo intervenção apresentam scores de segurança das representações mais elevados comparativamente às do grupo controlo. Discussão: a intervenção CAPEDP teve um efeito positivo aumentando a segurança da vinculação entre 12 e 18 meses. As meninas do grupo intervenção parecem ter beneficiado mais da nossa intervenção. Os limites do estudo são discutidos assim como as aberturas para futuras investigações, nomeadamente para uma intervenção conjunta entre psicólogos e assistentes sociais para diminuir o impacto negativo dos factores de risco sobre a intervenção psicológica.
Identifer | oai:union.ndltd.org:theses.fr/2016USPCB192 |
Date | 07 October 2016 |
Creators | Matos, Inês |
Contributors | Sorbonne Paris Cité, Wendland, Jaqueline |
Source Sets | Dépôt national des thèses électroniques françaises |
Language | French |
Detected Language | French |
Type | Electronic Thesis or Dissertation, Text |
Page generated in 0.0023 seconds