[pt] A pesquisa investiga as relações entre percurso, escrita e entropologia presentes na obra do
artista visual norte-americano Robert Smithson. Considerando sua proposição de entropia, que
postula o desgaste inevitável da matéria e a busca de suas evidências in situ, o corpus do estudo
será constituído especialmente por dois trabalhos de texto e fotografias produzidos em
movimento: A tour of the monuments of Passaic (1967), em que Smithson visita o subúrbio de
Nova Iorque onde cresceu rodeado por terrenos em construção em torno do conceito de non-site como ruína ao reverso; e Mirror displacements in the Yucatán (1969), quando o artista
visita o território mexicano, posiciona espelhos na floresta tropical e estabelece um diálogo
especulativo com as divindades maias e astecas. Em ambos, o artista sai em busca de sinais de
ruína, acúmulo e desgaste na paisagem, em um exercício de entropologia – isto é, uma
abordagem artística dos efeitos da entropia na paisagem e na cultura, um desdobramento da
prática proposta por Claude Lévi-Strauss no final de Tristes Trópicos e levada à cabo por
Smithson através de suas obras em deslocamento. Com olhar atento às camadas de produção
textual do artista, a pesquisa examina, de maneira especulativa, as anotações de Smithson sobre
a construção conceitual do non-site e como ele pode ser constituído através de uma escrita
desdobrada em mapas, cartografias e rascunhos que acompanham seus textos, propondo uma
leitura atualizada de determinadas questões estéticas e políticas levantadas pelo artista nos anos
60, tais como o enantiomorfismo, a cristalografia, a cultura como acúmulo e desgaste e o
pensamento científico como ficção. / [en] The research investigates the connections between travelling, writing, and entropy present in
the work of the American visual artist Robert Smithson. Considering his proposition of entropy,
which posits the inevitable wasting away of matter and the search for its evidence in situ, the
corpus of the study will consist especially of two works of text and photographs produced in
movement: A tour of the monuments of Passaic (1967), in which Smithson visits the New York
suburb where he grew up surrounded by building sites revolving around the concept of non-site as ruin in reverse; and Mirror displacements in the Yucatán (1969), when the artist visits
the Mexican territory, places mirrors in the rainforest and establishes a speculative dialogue
with Mayan and Aztec deities. In both, the artist travels in search of signs of ruin, accumulation,
and decay in the landscape, in an active exercise of entropology - that is, an artistic approach
to the effects of entropy on landscape and culture, a development of the practice proposed by
Claude Lévi-Strauss at the end of A World on the Wane and carried on by Smithson through
his works in displacement. With an attentive eye on the layers of the artist s textual production,
the research examines, in a speculative way, Smithson s notes on the conceptual construction
of the non-site and how it can be constituted through an unfolded writing in maps,
cartographies, and drafts that accompany his texts, proposing an updated reading of certain
aesthetic and political issues raised by the artist in the 1960s, such as enantiomorphism,
crystallography, culture as accumulation and decay, and scientific thought as fiction.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:63757 |
Date | 21 August 2023 |
Creators | CONSTANZA DE CORDOVA CONTRUCCI |
Contributors | FREDERICO OLIVEIRA COELHO, FREDERICO OLIVEIRA COELHO, FREDERICO OLIVEIRA COELHO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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