Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. / Made available in DSpace on 2012-10-23T15:32:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
247034.pdf: 500467 bytes, checksum: bd3d9a3384681aa26d3ce0a69db27b5f (MD5) / Este trabalho coloca em discussão o princípio doutrinário do SUS, a Integralidade e o debate do Serviço Social pós Movimento de Reconceituação. Para tanto nos utilizamos de uma pesquisa bibliográfica sobre o debate atual da Integralidade e do Serviço Social. Com o intuito de compreender a gênese da política de saúde no Brasil e seus desdobramentos no decorrer da história, iniciamos o trabalho com uma contextualização desta política, que teve nas primeiras décadas de 1900 seu início, passou por diversos processos e no final do mesmo século teve seu ápice com a promulgação da Constituição Federal e posteriormente a criação do SUS. Destacamos neste âmbito o Movimento da Reforma Sanitária que influenciou a consolidação de um novo paradigma de saúde no país, baseado no direito à saúde e principalmente voltado para a compreensão de que a saúde é resultante de um conjunto de fatores, como a educação, a habitação, o saneamento, o lazer, etc. Neste bojo de discussões e de reivindicações da sociedade civil em conjunto com os militantes da Reforma Sanitária, a política de saúde vai se delineando até alcançar a forma do SUS, que tem seus princípios firmados constitucionalmente. Formam parte destes princípios a Integralidade, a Universalidade e a Equidade. A integralidade, foco de nosso estudo, é compreendida pelos autores como um conceito polissêmico, sendo que o significado constitucional que lhe é atribuído não se faz suficiente para abarcar as implicações teóricas e práticas que este princípio exige. Deste modo destacamos alguns dos sentidos atribuídos à Integralidade em sua interface com a área da saúde, presentes na assistência à saúde, no exercício e na formação profissional. Com relação ao Serviço Social destacamos brevemente sua trajetória no Brasil e a inserção dos profissionais no campo da saúde, considerado desde o início da profissão no país como importante local de atuação, e que se tornou o espaço profissional com maior presença de assistentes sociais. O fato de a Integralidade fazer parte da ação profissional do assistente social em todos os campos de atuação e principalmente na saúde, levou-nos a buscar na teoria crítica dialética o respaldo necessário para encaminhar a discussão. Não poderíamos fazer outra escolha senão pela teoria crítica de Marx, pois esta é a base teórica fundamental do Serviço Social desde o Movimento de Reconceituação. Deste modo entendemos que a mesma é a "bússola" teórico-metodológica norteadora da profissão em conjunto com os preceitos ético-políticos contidos no Código de Ética. Para sedimentar a importância da teoria crítica em nosso trabalho, destacamos o método marxista de compreensão da realidade com ênfase na categoria da totalidade e seu desdobramento na singularidade, particularidade e universalidade. Procuramos com este arcabouço teórico-metodológico contribuir em três aspectos para a discussão da Integralidade em saúde e o Serviço Social; no aspecto da fundamentação teórica, do exercício profissional direcionado para uma prática que privilegia a Integralidade conforme os preceitos estabelecidos na Reforma Sanitária e da formação profissional entendida como preponderante na consolidação dos princípios profissionais.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/90811 |
Date | January 2007 |
Creators | Assumpção, Patrícia Freitas Schemes |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Mioto, Regina Célia Tamaso |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.002 seconds