Esta pesquisa teve por objetivo verificar como as masculinidades e feminilidades são mostradas, cronologicamente, nos manuais do FLE (Francês Língua Estrangeira), analisando sobretudo as visões sexistas da diferença dos sexos e as relações de gênero. Segundo Scott (1999), a visão sexista dominou durante séculos as análises que se propunham refletir sobre a problemática das diferenças sexuais. Na verdade, tratava-se de uma visão estática do que representava ser homem ou ser mulher nas sociedades ocidentais. Somente a partir da revolução sexual proposta pelo Movimento feminista anglo-americano dos anos 1960 que se começou a pensar em gênero como resultado sócio-cultural das diferenças dos corpos masculino e feminino, percebendo que a identidade de gênero é construída para além do corpo biológico e, além do mais, passível de variações no tempo e no espaço. Para a realização desta pesquisa, selecionamos alguns manuais representativos na história do FLE, mais especificamente seis manuais produzidos a partir de 1960, ano da publicação do manual VIF, que coincide com o início movimento feminista. Para tanto, foi feita uma análise descritiva das imagens e textos pertinentes à pesquisa. Nossa hipótese de partida era a de que encontraríamos dentro desses manuais muito mais visões sexistas do que variações das identidades de gênero. Acreditamos que esta pesquisa é promissora no domínio do Ensino de Línguas Estrangeiras, em especial do FLE, pois pode oferecer aos professores de LE outros elementos de análise e de crítica sobre o livro didático e, conseqüentemente, sobre suas práticas pedagógicas. / The object of this research was to check how male and female chracteristics are chronologically presented in the FFL (French as a Foreign Language) manuals, through the analysis of sexist views of the difference between genders and their relations. According to Scott (1999), for centuries the sexist point of view was predominant in the analyses of sexual differences. In fact, it was a stactic view of the representation of what was believed to be a man or a woman in the Western civilization. Just after the sexual revolution resulting from the American Liberation Movement of the 1960s did one start to reflect on gender as a result of social and cultural-based concepts between male and female bodies, and to notice that gender identity is built beyond the biological body, thus subjected to time and space variations. For the sake of this research , we selected some manuals which are benchmarks in the history of FFL, more specifically six manuals produced as of 1960, year of the publication of the VIF, which coincides with the start of the Liberation Movement. We proceeded to make a descriptive analysis of the images and texts which fit the research. We hypothesized finding many more sexist views in these manuals than variations of gender identities. We believe that this research is very promising in the Foreign Language Studies domain, specially in FFL, for it may offer FL teachers other elements of analysis and criticism of the textbook and, consequently, of its pedagogic practices.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-25112009-110827 |
Date | 21 October 2008 |
Creators | Silva, Sergio Luiz Baptista da |
Contributors | Pietraroia, Cristina Moerbeck Casadei |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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