A indústria brasileira de construção naval apresentou, ao longo da presente década, crescimento considerável em seu nível de atividade. Tal fato estilizado guarda relação íntima com a dinâmica da indústria de exploração de petróleo em alto mar, mas está relativamente apartado das variáveis que determinam o nível de atividade da indústria em outras regiões do planeta. Tal soerguimento deu-se sobre os escombros de uma profunda crise na qual a indústria esteve imersa por mais de uma década, período durante o qual o paradigma mundial de construção naval transformou-se sobremaneira. Não obstante, alguns dos estaleiros brasileiros lograram atender à demanda relacionada à atividade petrolífera e suprir o mercado com número considerável de embarcações, em curto período de tempo. A partir de marco teórico neo-schumpeteriano, tenta-se, primeiramente, explicar a atual distinção entre os padrões setoriais nacional e dos países líderes da construção naval, em termos da dinâmica tecnológica e de inovação. Uma vez caracterizada tal distinção, analisam-se, para uma amostra de estaleiros nacionais que participaram do esforço de soerguimento da indústria, as estratégias tecnológicas adotadas por cada uma das firmas para capacitar-se ao atendimento do impulso de demanda por embarcações, esforço analítico inspirado em Freeman (1975) e Vermulm (1994). Conclui-se que, enquanto a construção naval dos países líderes de mercado é uma indústria típica dos setores intensivos em escala, a indústria nacional aproxima-se da categoria dos dominados por fornecedores. No que se refere ao âmbito das firmas individuais, vê-se a emergência de heterogeneidade de estratégias, dependentes das trajetórias pregressas dos estaleiros e de suas decisões estratégicas durante a retomada. Tenta-se, por fim, classificálas através de taxonomia elaborada para este fim. / Brazilian shipbuilding industry has experienced considerable growth during the current decade. This fact is closely attached to the dynamics of offshore oil extraction, but is not related to the variables which determine the level of activity of the industry elsewhere. The uplift emerged from the debris of a crisis in which the industry had been deeply immersed for more than a decade. During the crisis, the international shipbuilding paradigm shifted. Nevertheless, some of the Brazilian shipyards succeeded to produce several ships, in a short period of time. Using neo-Schumpeterian framework, this paper firstly tries to explain the difference between Brazilian technological and innovational sectorial pattern and those of the leader countries. Once settled this distinction, a sample of shipyards which took part on the uplift is analyzed, according to the technological strategies they adopted in order to be able to do so. This effort is inspired by Freeman (1975) and Vermulm (1994). The conclusions are that, while shipbuilding is a scale- intensive industry in the leader countries, it is suppliersdominated in Brazil. In terms of individual firms, there is heterogeneity of strategies, which are path-dependents. At last, there is an attempt to classify the firms on our own taxonomy
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-18122009-104522 |
Date | 30 November 2009 |
Creators | Lima, Guilherme Penin Santos de |
Contributors | Lima, Gilberto Tadeu |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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