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O reforço do sindicalismo de estado com a incorporação das centrais sindicais

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T23:33:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / O presente trabalho tem como objetivo analisar o movimento sindical nos anos 2000 durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), até 2012, desde o processo de conciliação e diálogo social consubstanciados no Fórum Nacional do Trabalho (FNT) que promoveu o debate sobre a reforma sindical, até seus rebatimentos na reconfiguração da estrutura e do movimento sindical. A pesquisa teve como fontes dissertações, teses, artigos e livros, além de reportagens dos meios de comunicação de massa, da imprensa sindical e organismos oficiais, contando com documentos das entidades sindicais e instituições do Estado que constituíram e intervieram nessa dinâmica. Apesar de não promover todas as alterações propostas por esse fórum tripartite ? entre governo, entidades patronais e centrais sindicais ?, a lei de ?reconhecimento? das centrais sindicais, em 2008, constitui-se na transformação central da estrutura sindical corporativa de Estado. Não só foi concedida ?personalidade sindical? a essas entidades, até então livres, como as cúpulas sindicais foram incorporadas na lógica permanente do tripartismo com as comissões e fóruns de diálogo social, passando também a receber parte dos recursos do imposto sindical. Essas medidas rebateram na reconfiguração do movimento sindical nacional, pulverizaram as centrais sindicais de caráter mais pragmático e incidiram sobre as entidades da esquerda combativa, que até o fim desse período não conseguiram se reorganizar em instrumento unitário. Nossa análise também refletirá sobre a perspectiva imperante nessas cúpulas sindicais e em sua relação com os governos do PT. O ?neodesenvolvimentismo?, considerado aqui ?grosseira apologia da ordem? e proposta que oculta o antagonismo central entre capital e trabalho, está presente nos documentos oficiais de todas as centrais ?reconhecidas? e demonstra a incorporação mais abrangente dessas direções ao bloco de poder dominante, recomposto após a crise do poder burguês dos anos 1980. Nos dois primeiros capítulos buscamos apreender o movimento sindical em sua relação com a formação social brasileira. O capitalismo dependente e associado corresponde ao movimento necessário de transformação capitalista no Brasil. A estrutura sindical corporativa de Estado foi resposta fundamental para a dominação burguesa, e desde os seus primórdios, na década de 1930, mantém os seus pilares de controle intactos. Nos anos 2000, ao invés de haver rompimento para com a estrutura corporativa, o que demonstraremos nesta pesquisa é que o arco de controle sobre as entidades sindicais está se ampliando, e as centrais sindicais são as mais recentes entidades sindicais de Estado em sua completude. <br>

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/107228
Date January 2013
CreatorsRibeiro, Rodrigo Fernandes
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Lara, Ricardo
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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