Diante dos avanços que hoje se vive na sociedade tecnológica, globalizada, informatizada e marcada por avanços científicos parece ser uma verdadeira anomalia tratar do tema humanização na saúde. Entretanto, a questão toma assento nas diversas discussões que envolvem a problemática da saúde e, sobretudo, das diretrizes governamentais que a envolvem, enquanto aposta ético-política de Estado. Esta investigação teve como objetivo analisar o processo de humanização no campo da saúde a partir das construções simbólicas produzidas e das experiências vivenciadas por profissionais de saúde. O estudo teve como campo um hospital universitário federal, com a Política Nacional de Humanização implantada e, como sujeitos, profissionais de saúde que desenvolviam suas atividades laborais nesse mesmo campo. O desenho da pesquisa foi qualitativo, do tipo exploratório-descritivo, assumindo como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais e também se amparando numa perspectiva filosófica. A coleta dos dados foi realizada utilizando as técnicas de questionário para caracterização dos sujeitos (n=24); e entrevista em profundidade (n=24). Os dados foram submetidos às análises de conteúdo e hermenêutica. Nos resultados destacam-se quatro eixos temáticos: atributos teóricos do conceito de humanização; atributos práticos do conceito de humanização; atributos práticos reais e ideais do processo de humanização e; fatores determinantes do processo de humanização. As representações sociais sobre a humanização no campo da saúde apreendidas neste trabalho encontram-se definidas a partir de dois conceitos: a humanização como a assistência voltada para o ser humano de forma integral/singular e; a tríade processo de humanização-estratégias para a humanização-facilidades versus dificuldades para a humanização. Destaca-se no significado da humanização a perspectiva humanista e naturalista e os fatores sociopolíticos, humanos e relacionados à gestão, como dimensões que interferem na promoção da humanização da assistência. Conclui-se que o grupo de trabalhadores da saúde estudado concebe a humanização de forma transcendente, a despeito dos próprios limites, possibilidades, fragilidades, desigualdades, mas que, ainda assim, preserva a capacidade de idealizar e, quiçá, sonhar / Given the advances we experience today in our technological, globalized, computerized society marked by scientific advances, it seems to be a real anomaly addressing the issue humanization of health. However, the question has its place in the various discussions involving health problems and, above all, the guidelines that involve it as an ethical and political bet of the government. This research aimed to analyze the humanization process in the health field produced from the symbolic constructions and experiences lived by health professionals. The study scenario was a federal university hospital with the implanted National Humanization Policy, and as subjects the health professionals who developed their work activities in this field. The research design was qualitative, exploratory and descriptive, assuming as a theoretical reference the Theory of Social Representations and also a philosophical perspective. Data collection was conducted using the questionnaire techniques to characterize the subjects (n = 24); and in-depth interviews (n = 24). The data were subjected to content analysis and hermeneutics. The results highlights four themes: theoretical attributes of the concept of humanization; practical attributes of the concept of humanization; ideal and real practical attributes of the humanization process and; determinants of the humanization process. Social representations on humanization in health seized in this work are defined from two concepts: the humanization as the focused assistance for humans in full/singular way and; the triad of humanization process, humanization strategies, and humanization problems versus facilitators. The humanistic and naturalistic perspective, as well as socio-political, human and management-related factors, stand out on the meaning of humanization as dimensions that interfere with its promotion in healthcare. We conclude that the group of health workers studied conceives humanization in a transcendent way, despite their own limitations, possibilities, weaknesses, inequalities, and still preserves the ability to devise and perhaps dream
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:5843 |
Date | 31 March 2015 |
Creators | Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva |
Contributors | Denize Cristina de Oliveira, Antonio Marcos Tosoli Gomes, Benedita Maria Rêgo Deusdará Rodrigues, Eliane Ramos Pereira, Aline Miranda da Fonseca Marins |
Publisher | Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, UERJ, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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